MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vamos ajudar o Prefeito? 2


Coitadinho do prefeito sem dinheiro!  Cercado de gente incompetente, como ele mesmo, o Prefeito precisa de ajuda para controlar os gastos com folha de pagamento.
A Liga não se furta a esse trabalho, Prefeito!  Vamos socorrê-lo:
O Senhor alegou, em nota oficial, que possui “fiel obediência” aos princípios da responsabilidade da gestão pública e reafirma, ainda, “que a proposta enviada está no limite das condições financeiras do Município”.
Senhor Prefeito, presta atenção - seu Secretário de Fazendo deve estar te enganando!
Dá uma olhadinha nos números publicados pelo site da própria Prefeitura: http://www.petropolis.rj.gov.br/
Clique nas imagens para ampliá-las.

Item 1 – Lei de Responsabilidade Fiscal: 1º Quadrimestre de 2010
O Sr. respeita tanto a lei de RF, que está muito abaixo do seu limite.  A Prefeitura gasta com pessoal 45,05%, enquanto poderia gastar 54%.  E, querendo ser prudente, poderia aumentar para 51,3% seu gasto com folha de pagamento.  Ainda, temos margem, hein, Prefeito!
   





Item 2 – Demonstrativo de Receita Corrente Líquida:   últimos 12 meses
Vamos notar o FUNDEB: R$ 76.383.001,00, e fazer a conta bem devagar, para todo mundo entender:  R$ 76.383.001,00 dividido por 3.000 (aproximadamente, o número de educadores do Município) dá, mais ou menos, R$  25.461,00 por servidor/ano.  Então, dividimos por 13 pagamentos anuais, e dá R$ 1.958,50 por mês para cada servidor da educação, só com recursos federais.





Item 3 –Notamos que a prefeitura gasta 77,50% do FUNDEB com os educadores, e R$ 16.830.000,00 são gastos com...   Com que mesmo, Prefeito?


De nada, viu, Sr. Prefeito!  Se precisar de ajuda, é só chamar!  Nós, diferentemente de outros, atendemos!

Aplausos!! Muitos aplausos!!!



A palavra GREVE parece ter "pulado" do dicionário no seu real sentido:"interrupção coletiva do trabalho para reivindicar algo". Estamos TODOS nas ruas reivindicando... quase implorando que "alguém" nos receba, nos atenda!... ELES não o fizeram até então.
Dizem que.... pensando bem, não dizem nada; já que nem a oportunidade de falar nos deram!!... Entretanto, a população tem parado para nos ouvir; e mais.. somos APLAUDIDOS pelas ruas por onde passamos; e voltando ao velho dicionário, aplauso significa "manifestação de agrado".
A população petropolitana manifesta seu desagrado ao prefeito que elegeu!!!
A juventude desta cidade, com certeza nunca viu algo parecido; que bom!!! Nossos jovens precisam crescer sabendo de SEUS DIREITOS!!
Pelas ruas da cidade, APLAUSOS!!! MUITOS APLAUSOS a esta multidão que mostra a verdadeira CARA deste governo incompetente e seu secretariado medíocre!!

domingo, 30 de maio de 2010

Vamos ajudar o Prefeito?


Nosso Prefeito e seus Secretários, disseram que não sabem mais de onde tirar dinheiro para oferecer ao servidor.  Então, a Liga dos Servidores vai tentar ajudar.


10/2010
05/05/2010
Processo Administrativo nº 20742/2009. Contrato de Prestação de Serviços que entre si fazem o Município de Petrópolis e de outro, a empresa TROIAKAR DANAREN OFICINA MULTIMARCAS LTDA. ME. O objeto deste contrato é a PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MÃO-DE-OBRA PARA MECÂNICA, LANTERNAGEM, PINTURA, FUNILARIA E ESTOFADOR, COM FORNECIMENTO DE PEÇAS. Este contrato vigorará pelo prazo de 12 meses, contados de sua assinatura. O valor estimado é de R$ 100.000,00, sendo o valor homem-hora de R$ 45,00 e o desconto a ser oferecido sobre a tabela das concessionárias Mercedes-Benz é de 20%. Programa de Trabalho nº 14.01.04.122.1002.2007.3390.39.00 fonte 000 e Nota de Empenho nº 605/2010, no valor de R$ 100.000,00, da Secretaria de Administração e de Recursos Humanos. 



11/2010
10/05/2010
Processo Administrativo nº 5231/2010. Contrato de Prestação de Serviços, que entre si celebram o MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS, como Contratante e SÃO VICENTE VEÍCULOS LTDA, como Contratada. O objeto do presente contrato é a PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA DA FROTA DE CAMINHÕES E VANS DA MARCA MERCEDES-BENZ DESTA MUNICIPALIDADE, COM A SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS GENUÍNAS NECESSÁRIAS. Pela execução dos serviços, o Contratante pagará a quantia de R$ 90,00 a hora, compreendendo um total estimado de R$ 120.000,00. Vigorará pelo prazo de 10 meses, a contar da data de sua assinatura. Programa de Trabalho nº 14.01.04.122.1002.2007.3390.39.00 fonte 000 e Nota de Empenho nº 640/2010, no valor de R$ 120.000,00, da Secretaria de Administração e de Recursos Humanos.



Pergunta 1 - Se a Prefeitura pode contratar serviços de mecânica, pagando entre R$ 45,00 e R$ 90,00 a hora trabalhada, por que não quer pagar melhor seu servidor?

Eu, que sou professor, aceito os R$ 45,00 a hora/aula!





AGENDA DA SEMANA


SEGUNDA: 
- pela manhã continua o trabalho de convencimento nas escolas e serviços de saúde com os servidores que ainda não se conscientizaram da importância de sua decisão para tornar o movimento cada vez mais forte.
- 10 h Reunião do COMANDÃO da SAÚDE para melhor estruturação das equipes e organização das reuniões setoriais para discutir condições de trabalho, pautas específicas. No sindicato da saúde Edíficio Vitrine sala 210
- 15 h Assembléia da Saúde na Praça da Inconfidência
- 15 h Reunião do Conselho de Representantes da educação


TERÇA :
- pela manhã continua o trabalho de convencimento nas escolas e serviços de saúde com os servidores que ainda não se conscientizaram da importância de sua decisão para tornar o movimento cada vez mais forte.
- 10 h saída de uma enorme caravana para irmos ao Rio - Audiência de conciliação


QUARTA:
 - Assembléia da Educação no Club Mont Líbano
- Assembléia da Saúde em local a ser definido

Greve política ou greve dos 40

Tudo que acontece de ruim para o governo atual de Petrópolis é por culpa do prefeito anterior. Afinal, foram eles que sucatearam a saúde, o transporte, a educação, a merenda escolar. Chegaram até a ressuscitar a Caempe, com uma conta fantasia. Enfim, deixaram um rombo de mais de 220 milhões. Fizeram até um orçamento super orçado, só para atrapalhar o sucessor (pode ser até que seja verdade).

Porém decorrida quase a metade do mandato do Sr. Paulo Mustrangi, com orçamento feito por sua equipe de técnicos, tudo continua igual. Para sermos honestos, pior. Saúde sem médicos, transporte sem ônibus e agora, para culminar, educação em greve, alunos sem aula e creches sem crianças, deixando mães aflitas. Até uma CPI, foi criada pela Câmara de Vereadores para investigar as denúncias de comida estragada, além de outras mazelas.

A verdade do passado se tornou pior no presente.

Passeatas gigantescas, todos de preto, igual aos últimos dias do presidente Collor, sendo feitas por funcionários, muitos dos quais com salário inferior a um mínimo, passando necessidades junto com sua família. Todos revoltados, ameaçando uma greve geral de barnabés, mostrando que a visão, “VISÃO”? , do Sr. Prefeito esta totalmente equivocada, ou melhor cega.

Se a passeata fosse organizada pelo Dr. Rubens Bomtempo, o candidato dele teria ganho as eleições, tamanho o apoio popular, e não teria sido derrotado nas urnas.

Os participantes da passeata reivindicatória, foram seus eleitores, Sr. Paulo Mustrangi. Acreditaram nas suas promessas de ser o “PREFEITO DA SAÚDE”, pensaram que teriam os abonos incorporadas ao minúsculo salário, que seria revisto o contrato do Sehac, que haveria auditoria externa nas contas da Prefeitura e muitas outras promessas de campanha, que, infelizmente, caíram no vazio.

Não existe política partidária, quando os funcionários passam fome, quando não se tem médico nos postos de saúde, ou no pronto socorro, remédios nas farmácias gratuitas, vagas no CTI, ou para cirurgias ortopédicas, vacinas para os pobres, quando o transporte é deficiente com ônibus velhos, quebrados e sujos, e, agora, para culminar, educação com mestres insatisfeitos, mal remunerados, destratados e humilhados, além do pessoal de apoio.

Botar a culpa de nossos erros e da nossa incapacidade nos outros, ou no governo passado é muito fácil. Só que é igual a tapar o sol com a peneira. Ninguém acredita.

O nosso querido prefeito, “ex sindicalista”, que já fez greves fechando agências bancárias, sabe que não dá para voltar ao trabalho sem algum ganho, e não se importava com os transtornos das pessoas, deveria é começar a trabalhar duro, como os professores, os médicos, o pessoal de apoio, os funcionários fazem.

Demita os secretários que não o ajudam. Coloque gente competente no lugar, se possível de Petrópolis. Deixe de importar companheiros derrotados de Angra dos Reis e do Rio de Janeiro. Assuma o governo. Enfrente seus eleitores, com humildade. Mostre a real situação. Pare de gastar dinheiro a toa, como o gasto na troca do logotipo da cidade. Procure o diálogo, para seguir em frente em busca de melhorias para todos.

Mudar de opinião é inteligente. Agora mudar de lado, quando se atinge o que se pretendia (eleição), ajudado pelo povo, que agora cobra suas ações, é no mínimo covardia. A história será justa, com quem renega seu passado. 


Mauro Peralta  Presidente do Sindicato dos Médicos

Uma cidade perplexa

Há um sentimento de perplexidade entre os profissionais que atuam no município e a comunidade, de um modo geral. A impressão é que alguns aloprados, no caso seus secretários de Sáude, Educação e alguns outros, continuam a cercar o prefeito Paulo Mustrangi, dizendo: “não negocie com grevistas, são todos do PSOL, PSB, PSTU, ou pagos pelo ex prefeito, para levar a plebe ignara, ou alguns descontentes, por não terem ganho postos no governo a falarem palavras de ordem contra nós”.
Dizem mais, que as milhares de pessoas que saem nas passeatas são alucinações de alguns desavergonhados da imprensa petropolitana. Que não existe necessidade de receber os servidores descontentes. Que, no ano passado, bastou acertar com o sindicato deles umas cestas básicas, e tudo foi resolvido. Que nem aumento foi preciso conceder. E os maus conselhos continuam: “nosso companheiro Lula nada vê, nada ouve, nem mesmo o dinheiro na cueca do irmão do Genoíno, filmado e fotografado pela imprensa marrom, teve consequências. Está com 70 por cento de aprovação. É só esperarmos um pouco e a Copa do Mundo vai começar, e ninguém vai ficar fazendo passeata, na hora dos jogos”.
Continuando a imaginar o diálogo do prefeito com os assessores: “Se ganharmos, daremos um pouco de pão, igualamos o salário mínimo daqueles que ganham menos, já íamos fazer isso mesmo, e incorporamos um abono e fica tudo numa boa. Tudo é fácil, pois só estamos gastando 43 por cento em folha de pagamento. Podemos gastar até 60, ainda vai sobrar dinheiro para propaganda, e de boa qualidade.
“Se a gente perder a copa do mundo, nós colocamos a culpa no Bomtempo, no Sepe, e no Sisep, para disfarçar, e eles ainda vão se ferrar”. Enquanto isso, no mundo real, os abaixo-assinados ganham milhares e milhares de assinaturas de petropolitanos que pedem ao prefeito que governe, demita secretários incompetentes, negocie verbas em Brasília e no Rio de Janeiro e as faça circular a todo vapor pela cidade.
Resta à parte não aloprada do PT, os que realmente amam nossa Cidade, os que criticam como forma de construir pontes seguras, os que não têm medo de falar a verdade, conseguir, nestes poucos dias, que o prefeito encare a realidade, comece a governar, sem ódios, revanchimos ou qualquer mágoa. E que negocie com seus eleitores uma maneira de governar melhor e com mais proveito para todos. “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. 

www.casadomedicodepetropolis.com.br.

Mauro Peralta
Presidente do Sindicato dos Médicos

Sequelas da greve

Le Partisans

Candidatos a deputado ligados ao PT e de partidos coligados, que pretendiam fazer campanha em Petrópolis, estão passando ao largo da cidade. A greve dos servidores estaria derrubando a popularidade do governo petista, que teria virado uma espécie de breve contra voto. O governador Sérgio Cabral encabeçaria a fila dos preocupados/prejudicados.
Como há deputados federais entre os preocupados candidatos, o problema de Petrópolis já teria sido levado a Brasília, diretamente nos ouvidos de figuras poderosas, no Palácio do Planalto. Sem contar com os vídeos de milhares de professores percorrendo as ruas da cidade, justamente das palavras de ordem sobre as relações PT-servidores.
As preocupações e a contrariedade já teriam sido comunicados ao governo municipal. Com toda a ênfase. Aliás, nem mesmo adversários do prefeito Paulo Mustrangi, com uma ou duas exceções, acham que podem tirar partido do que está acontecendo.
Um partido político ligado suspendeu pesquisa eleitoral em Petrópolis. Entende que o resultado seria contaminado pelo clima desfavorável ao governo.

RECORDAR É VIVER...

Lembram-se desta cena rotineira em nossa cidade e no Brasil no mês de setembro?
É a luta justa dos bancários por reajustes salariais e melhores condições de trabalho !!
Essa abaixo é uma reportagem da greve nacional dos bancários em 2009  POR TEMPO INDETERMINADO, pois a categoria reivindicou 10% de reajuste salarial, entre outras exigências, e NÃO ACEITOU a proposta de 4,5% de reajuste.
Portanto, caros dirigentes do poder público petropolitano composto por vários sindicalistas bancários, ACORDEM!!! 
Será que só a categoria de vocês merecem ter salários e condições de trabalho dignos?
Em nome da democracia, não acredito que isso seja verdade, é hora de repensar esta postura autoritária e antidemocrática que vocês estão tendo.
TODOS os impostos que pagamos e que mantém os serviços públicos e os vencimentos dos servidores, dos vereadores, dos assessores, dos secretários e do prefeito tiveram reajuste pelo percentual da inflação ou até mais.
Como explicar então que não haja recursos financeiros para nosso reajuste salarial pelo menos sobre o percentual da inflação acumulada de julho de 2008 a julho de 2009, ou seja, pelo menos de 10%?
Não abriremos mão também de pelo menos um calendário com as incorporações dos abonos! É o mínimo que merecemos!
O sindicalismo bancário sempre foi uma referência de luta por DIGNIDADE. Portanto, sr. Prefeito, srs. Secretários e srs. assessores,
agora entendam que nós, servidores públicos municipais de Petrópolis, passamos a ser essa referência. Aprendemos com vocês que, infelizmente, agora demonstram grave desrespeito com os trabalhadores que servem à população petropolitana e total descompromisso com o partido que elegeu esse governo.
Ainda dá tempo, pois sabemos que realmente não é fácil ser gestor público, sr. Prefeito, por isso é necessário competência para a definição de prioridades no investimento público. E como reza a cartilha dos democratas e de seu partido, os TRABALHADORES SÃO PRIORIDADE !!
Abra as negociações com o Movimento Unificado, não insista com esse SISEP, que como bom sindicalista que sempre foi, o sr. sabe que este sindicato é o campeão dos pelegos!!  Não nos trate como idiotas, pois NÃO SOMOS !
Esperamos boas notícias esta semana para que possamos voltar ao nosso trabalho de cabeça erguida e com a dignidade que merecemos!
  

GREVE DE BANCOS

Postado por cm em setembro - 24 - 2009
Philippe Fernandes/Foto – Alan Alonso
Os bancários entraram em greve em todo o Brasil, por tempo indeterminado, nesta quinta-feira (24). A categoria reivindica aumento salarial de 10%, participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais R$ 3.850, proteção ao emprego, melhores condições de trabalho e aumento de funcionários. Em Petrópolis, os 150 sindicalistas aprovaram a paralisação e onze agências deixaram de funcionar.
            Os bancários não aceitaram as propostas de reajuste de 4,5% e participação menor dos lucros, além do PLR de 1,5 salário reajustado, limitado a R$ 10 mil e a 4% do lucro líquido de 2009, feitas pelos bancos. A categoria entendeu que as propostas não atendem às suas reais necessidades.
            Em Petrópolis, quatro redes (Real, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) fecharam hoje, totalizando onze agências. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Petrópolis, Luiz Cláudio Rocha, a greve é crescente. Segundo ele, é estratégia do sindicato começar a greve pelos bancos Real e Santander porque o presidente do grupo,  Fábio Barbosa, é também o presidente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN).
            A greve foi decidida pelos bancários ontem, em assembleias em todo o país. O sindicato de Petrópolis fará hoje uma reunião às 18h30 para decidir os próximos passos da paralisação. No entanto, o presidente garantiu a continuidade da greve, que tem adesão total do sindicato na cidade.
 Ainda há opções para pagamentos
             Luiz Cláudio afirmou, no entanto, que os pagamentos pendentes dos clientes podem ser feitos nos bancos que ainda estão em funcionamento. Ele ainda disse que os terminais de auto-atendimento funcionam normalmente em todos os bancos, inclusive os paralisados.

sábado, 29 de maio de 2010

POLÍTICOS OU ATORES?


Amigos,
Estamos entrando em uma época onde parece que não vale mais a competência, o comprometimento e nem a palavra dada e assumida. Parece que o que realmente vale é a capacidade de mentir melhor. A cara de pau é tanta que não se tem o menor escrúpulo ou pudor em mentir na TV aberta, a cabo ou nos jornais. Seja onde for o importante é atuar. É aquela história, vai que cola não é?  Mas a atuação tem que ser convincente. Quando o ator (por que neste ponto já deixou de ser político há muito tempo) convence, ele consegue gerar a dúvida em quem assiste o espetáculo (a platéia = nós). Agora, quando o ator é canastrão, como nosso “querido” prefeito, acho que ele não convence nem aquela cambada de asseclas (desculpem atores coadjuvantes no teatro da política) que o seguem nesta grande farsa (modalidade burlesca de peça teatral, caracterizada por personagens e situações caricatas. Difere da comédia e da sátira por não preocupar-se com a verdade).
Queridos amigos, a política está no ponto do: ganha quem mente melhor ou quem engana melhor a platéia. Só que agora é conosco, não é em Brasília, é aqui mesmo em nossa cidade. Eles querem nos convencer de que somos burros e querem que acreditemos. Eles não produzem resultados, não cumprem as metas e não solucionam os graves problemas de nosso município.
 Se a gestão anterior deixou dívidas, TRABALHEM. Não podemos sentar na calçada e chorar, lágrimas e lamentações contínuas, insistentes e até irritantes, não pagam dívidas, não administram a máquina municipal, enfim, não governam. Não seria melhor arregaçar as mangas e produzir? Ficar choramingando é muito fácil. Provaram, até o momento, estas denúncias de que tanto falam? Até agora foi só isso, falar, falar e falar!!!!
E quando achamos que absurdo maior não pode ocorrer, ainda aparece na TV mais uma vez, com cara de coitadinho e injustiçado dizendo: “...a culpa não é minha...” !!!  Se houve alguma corrupção ou algum desvio, pode levar meses e anos para se descobrir, isto é, se for descoberta. Mas a incompetência é vista na hora, a incapacidade de resolver problemas é imediata, não fica para outro futuro gestor provar, pode ser vista agora por nós mesmos.
 Agora BASTA, não dá mais. Não é mais questão de greve, mas sim de “SACO CHEIO”. Eu não quero mais ser governado por este bando de acéfalos. Não suporto mais viver com este nó na garganta, tendo que aguentar tanta abobrinha, tanta arrogância deste secretariado sem personalidade e desse teatro armado por esta política falsa e insípida. Ele já não convence como político há muito tempo, e não me convenceu como ator também. E a vocês???
E este pseudo sindicato  chamado SISEP que já virou chacota há muito tempo? Melhor não emitir comentários por falta de adjetivos apropriados. Eles acham que ainda têm algum direito de representação? De certa forma, somos responsáveis por ainda se sentirem no direito de nos representar. Portanto, você que ainda é filiado, DESFILIE-SE JÁ. Somente assim acabaremos de vez com essa corja de aproveitadores que penduram-se no posto de nossos representantes usufruindo apenas dos benefícios e em nada, nunca nos representaram de fato. Quero ver todos de volta ao trabalho árduo do dia a dia de servidor público de fato, recebendo nossos parcos salários e trabalhando duro.
Quanto a nossos representantes no legislativo e no executivo, nós os colocamos lá, agora temos a responsabilidade de cobrar responsabilidade ou de retirar estes canastrões de nossa política, se necessário for. Vamos continuar nos manifestando, nos mobilizar até conseguirmos nosso objetivo.  Agora que já chegamos até este momento histórico e brilhante, não podemos desanimar ou parar até conseguirmos nosso objetivo maior.
Democracia ("demo+kratos") é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo). Logo amigos, está em nossas mãos o desfecho desta história.
   
“Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira.” (Che Guevara)
 
SEJAMOS A PRIMAVERA INTEIRA ENTÃO!!!

Tribuna de petrópolis 29/05/2010

Le Partisans

De mal
A greve dos servidores não agrada ao meio político petropolitano. Agrada ainda menos ao governador Sérgio Cabral, que recebeu do prefeito Paulo Mustrangi promessa de apoio para sua reeleição. Parece que ele tá meio chateado.

Lááááá longe I
O prefeito Paulo Mustrangi, além da Prefeitura Itinerante, lançou um novo projeto: a Coletiva Itinerante. Ele convoca a imprensa para os locais mais distantes e a poucos minutos do encontro. Foi assim, no início da greve dos servidores, no Sertão do Carangola. Ontem, foi a vez dele convocar a imprensa para encontro em Itaipava dando um prazo de 35 minutos para jornais, rádios e tevês chegarem lá.

Lááááá longe II
Seguindo este ritmo, a próxima coletiva vai ser na localidade Nas Nuvens, no Brejal. Tem nada, não. A gente é brasileiro e não desiste nunca.

Que feio Pegou muito mal para o governo, a Polícia Militar desmentir a informação da prefeitura de que a secretária de Educação, Sandra la Cava, tenha sido mantida em cárcere privado por professores grevistas. O comandante da PM ainda classifica as manifestações dos servidores como pacíficas. 

Comando Unificado quer intervenção no Sindicato


JAQUELINE RIBEIRO
Redação Tribuna


O Comando Unificado dos Servidores Municipais espera para antes do fim da próxima semana uma resposta do Ministério Público do Trabalho ao pedido de “imediata intervenção” no Sindicato dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores em Entidades Paraestatais do Município de Petrópolis (Sisep), encaminhado nesta semana. O documento foi protocolado no dia 26, na Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região, e pede a destituição da diretoria, conselho sindical e conselho fiscal do Sisep, por “absoluto descumprimento de suas obrigações estatutárias”. “Esse pedido não se restringe à situação dos servidores da Educação ou da Saúde, que estão em greve, mas sim a todos os servidores, que hoje não reconhecem mais no Sisep os seus representantes. Essa situação dos professores serviu, na verdade, para deixar claro que o Sisep não defende os interesses coletivos nem individuais dos servidores. O Sisep demorou para se pronunciar, e depois veio a público defendendo a posição do governo, com um discurso da Prefeitura”, criticou o coordenador do Movimento Unificado dos Servidores e ex-presidente do Sisep, Enivaldo Gonçalves, que é servidor público há 32 anos.
Posição semelhante tem a também servidora e integrante do Comando Unificado, Esther Mendonça: “O Sisep teria que ter feito a nossa defesa. Em uma assembléia com mais de 3,5 mil pessoas, os servidores decidiram pelo repúdio ao Sisep. Depois disso, o movimento ingressou com essa representação no Ministério Público do Trabalho. Agora estamos esperando por uma decisão da Justiça”.
Enivaldo frisa que a atual diretoria do Sisep não tem participado do movimento e estaria ignorando as reivindicações da categoria. “O Sisep não poderia ter se omitido, como vem fazendo. Se o presidente discorda do posicionamento do movimento, ele deve participar da assembléia, discutir e defender o seu posicionamento, colocar suas questões em votação, e se os servidores não acatarem suas propostas ele deve aceitar. Isso já aconteceu comigo quando fui presidente do Sisep. Já houve situações em que defendi sozinho o fim de uma greve, mas fui voto vencido e precisei acatar os anseios dos servidores”, contou. No documento, protocolado no MP do Trabalho, o Comando Unificado acusa o Sisep de ignorar o movimento deflagrado espontaneamente pelos servidores. “É público e notório que o Sisep deveria estar representando os servidores municipais, ainda que aliado a outros sindicatos de nossa categoria, mas o Sisep ignorou solenemente todo o movimento deflagrado espontaneamente pelos servidores. Foi omisso, como se não se tratasse da categoria da qual tem obrigação constitucional, legal, estatutária de representar. Após quase 15 dias de manifestações públicas, a diretoria do Sisep optou por rasgar o estatuto do sindicato e a legislação em vigor, fingindo não ter nada a ver com isso”, consta do documento.
A denúncia salienta ainda que os servidores públicos estão mobilizados para “acabar com a humilhante situação de trabalhadores que laboram por menos de um salário mínimo. Estamos mobilizados por melhores condições de salário e de trabalho”, diz o documento. O movimento ressalta ainda que tais situações foram agravadas após o dissídio coletivo, assinado pela diretoria do Sisep, em 2009, sem a aprovação da categoria e com reajuste zero de salários. “Estamos mobilizados pela implantação dos planos de cargos e salários. A omissão do Sisep nos obrigou a buscar outras formas de organização. Assim sendo, solicitamos também que o Ministério defina pelo reconhecimento do Movimento Unificado dos Servidores Municipais, criado em assembléia pública com mais de 3,5 mil trabalhadores, como legítimo representante da categoria para as negociações da pauta de reivindicações entregue ao governo”.

Paralisação até quarta

MARIANNY MESQUITA
Redação Tribuna


Em mais um dia de assembleia, cerca de 800 profissionais da Educação votaram pela permanência da greve da categoria, às 14h de ontem, na Praça Dom Pedro. A paralisação continua na rede municipal de ensino até o próxima encontro dos servidores, na próxima quarta-feira, às 14h, no Clube Monte Líbano, no Centro. Em resposta aos 3% de reajuste salarial, apresentado pelo prefeito Paulo Mustrangi durante a coletiva de imprensa, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/RJ), representante do movimento eleito pelos servidores, ainda não foi notificado oficialmente, mas informou que continuará pressionando o governo para que toda a pauta de reivindicações seja negociada.
“Até o momento, o prefeito disse que não tinha dinheiro nenhum para negociar qualquer aumento. A partir de agora, pelo menos, já fala em números. Vamos continuar pressionando para que uma nova proposta, com reajuste maior e atenção a outros pedidos dos servidores, seja aprovada”, disse o coordenadora do Sepe, Patrícia Mafra.
O zelador José Luiz Vieira, tem um salário de R$ 418, e com o reajuste proposto pelo governo passará a receber R$ 510. “Após duas semanas em greve, o movimento dos profissionais da Educação não enfraquece e deve terminar apenas quando a pauta apresentada pelo governo for compatível com as necessidades de melhorias do funcionário público municipal. Preciso de um reajuste que melhore realmente a minha qualidade de vida”, contou. Durante a assembleia, o vereador Dudu revelou que seguiu a secretária de Educação, Sandra La Cava, após sair de ambulância da secretaria, na última quarta-feira. “La Cava não foi para o Hospital Santa Teresa como falou a prefeitura. Gostaria ainda de pedir o apoio e a presença na Câmara para que a gente consiga abrir a CPI da saúde”, discursou Dudu.
Na próxima terça-feira, os servidores se concentram às 10h na Praça Visconde de Mauá, em frente à Câmara dos Vereadores, onde vão embarcar para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Às 13h30, haverá a audiência especial de conciliação convocada pelo desembargador Luiz Felipe Haddad, com os representantes da Procuradoria do Município, do Sepe e do Sindicato dos Servidores Públicos de Petrópolis (Sisep). “Temos 85% de adesão das escolas à greve. Na terça-feira, o objetivo é parar completamente, chegar aos 100%, para mostrar a força do movimento para o desembargador. A ida ao tribunal é algo inédito na história de luta dos servidores de Petrópolis e precisamos unir forças e fazer muito barulho para garantir a legalidade do nosso ato”, falou a coordenadora geral do Sepe, Vera Nepomuceno.

Câmara só vota aumento com aprovação dos grevistas


ROGERIO TOSTA
Redação Tribuna

O presidente da Câmara, vereador Bernardo Rossi (PMDB) garantiu aos servidores municipais que não vota nenhuma proposta do prefeito Paulo Mustrangi que não tenha sido aprovado pelo Movimento Unificado dos Servidores de Petrópolis, que está liderando a greve e tentando desde o inicio negociar com o Governo. Os servidores do comando de greve disseram que não foram comunicados oficialmente e tomaram conhecimento da proposta de 3% de aumento através da imprensa e da Câmara.
De acordo com assessores do presidente da Câmara, o vereador tentou no inicio da noite de ontem falar com o prefeito, com objetivo de mais uma vez pedir que se reúna com a comissão de servidores. Apesar das tentativas feitas, o vereador informou que não conseguiu encontrar o prefeito e que o celular dele estava fora de área. Por causa do impasse criado, Rossi transmitiu ao comando de greve que a proposta do Governo não será voltada antes dos servidores serem atendidos pelo prefeito e aprovarem a proposta.
O projeto de lei do Executivo concedendo aumento de 3% aos servidores municipais e equiparação salarial dos funcionários que ganham abaixo do salário mínimo, foi protocolado por volta das 17h45 de ontem. No final do expediente, assessores de vereadores buscavam cópia do documento para que pudessem avaliar a mensagem do prefeito e conversar com os servidores para saber se aceitavam ou não o aumento proposto pelo Governo.
Apesar de não terem recebido oficialmente a proposta de aumento, o comando de greve apresentou a mensagem do prefeito, que foi rejeitada pelos servidores em ato público em frente ao prédio da Câmara. O comando de greve ressaltou que não negociou nada com o Governo Municipal e pediu que os vereadores não aceitem nenhum negociação com o prefeito, lembrando que ainda estão abertos ao diálogo.

Inspetora recebe R$ 418,18 mais R$ 200 de abono



Com o contracheque nas mãos, a inspetora Lucia Damazio de Farias lamentou a própria realidade e disse que o movimento vai continuar pressionando a prefeitura e os parlamentares. “Mostrei o meu contracheque de R$ 178,79 durante a nossa visita à Alerj, na última terça-feira, e os deputados que nos receberam ficaram revoltados. Meu salário base é de R$ 418,80 e recebo dois abonos de R$ 100. O problema é que tenho um desconto que soma R$ 519,59. Pago R$ 61,59 ao Inpas, R$ 290 ao Fundo de Saúde e R$ 8,36 à mensalidade e convênio com o Sisep. Também tenho descontados R$ 78,88 do empréstimo que fiz no Banco do Brasil. Com o que eu recebo por mês, vivo tendo que pedir dinheiro emprestado no banco. Não dá para comprar frutas ou dar conforto para as minhas duas filhas. Moro de favor com o meu pai. Ajudo a pagar a conta de luz e o gás e o dinheiro acabou”, lamentou.
Para complementar o salário, a funcionária pública faz horas extras e faxina nos horários de folga. “A minha verdadeira função é auxiliar de serviços gerais. Assim fui aprovada no concurso. Trabalhei nesse cargo até novembro do ano passado, quando fui internada 18 dias por causa de três hérnias na coluna. Agora trabalho como inspetora, mas continuo recebendo a mesma coisa. O nosso reajuste salarial é urgente, não podemos abrir não da greve sem que o governo olhe por nós”, completou.

Será que os nossos Vereadores tem palavra?

ATA DA 44ª REUNIÃO ORDINÁRIA DO 1º PERÍODO LEGISLATIVO DE 2010.
 
Aos 26 (vinte e seis) dias do mês de maio do ano dois mil e dez, no Salão do Plenário, com a presença de todos os Vereadores que assinaram o Livro de Presença e havendo número legal, às 16:14 horas, o Presidente, Vereador Bernardo Rossi, declarou aberta a presente reunião, procedendo pelo 2º Secretário, Vereador Thiago Damaceno, a leitura das Atas da 42ª e 43ª reuniões, que foram aprovadas. A seguir, o 2º Secretário procedeu à leitura do seguinte: 1) CORRESPONDÊNCIA: Telegramas n°s: 540847, 541665, 542588, 542634 e 543459/10, do Ministério da Saúde. 2) EXPEDIENTE: Requerimento de Informação n°: 010/10, do Vereador Paulo Igor. Indicações n°s: 1452, 1453, 1455, 1456, 1457, 1458, 1459, 1460, 1461 e 1462/10, do Vereador Renato Thomé; 1463, 1464, 1465, 1467, 1469, 1471, 1472, 1473 e 1474/10, do Vereador Albano Filho - Baninho; 1454/10, do Vereador Marcio Muniz; 1466, 1468 e 1470/10, do Vereador Paulo Igor. Registre-se que, com a anuência do Plenário, o Presidente suspendeu a sessão para que os Vereadores fizessem a entrega de Moções Congratulatórias aos seus homenageados. Registre-se que o Presidente manteve a reunião suspensa para ouvir dois representantes da área da saúde e, na oportunidade, agendou uma reunião com os representantes da referida área para amanhã, às 15:00 horas. A sessão foi reaberta às 17:20 horas. Franqueada a palavra, assomaram a Tribuna os seguintes Vereadores: 1) ROBERTO NAVAL, LÍDER DO PMDB; Comentou que os Vereadores estão tão ansiosos como os servidores, para que acabe a greve da educação e possam estar nas suas casas cuidando das suas famílias. Registrou que nenhum Vereador desta legislatura está se furtando a abrir uma CPIM ou qualquer investigação. Lembrou que alguns colegas nesta Casa não quiseram acompanhar este Vereador, assinando a CPIM da saúde. Ressaltou que a grande maioria é a favor de abrir essa caixa-preta, até porque o Afonso, da Faculdade de Medicina, manda em Petrópolis, manda na saúde, tanto que as pessoas que não são do SEHAC são perseguidas na saúde, sofrendo grande discriminação, já que uns ganham R$ 1.500,00 / R$ 2.000,00, enquanto quem está na Prefeitura ganha entre R$ 500,00 e R$ 600,00, discriminação que precisa acabar. Disse que o que foi desativado de leito nesse período é brincadeira e também não sabe como os servidores da saúde aguentaram essa situação até hoje. Esclareceu aos manifestantes que tem outro trabalho e já se manifestou a favor dos servidores, mas não adianta ficar fazendo chamada dos Vereadores cobrando posicionamento, já que como ocorreu com os manifestantes da educação, os Vereadores sempre se colocaram do lado dos servidores. O Presidente, Vereador Bernardo Rossi, dirigiu-se aos manifestantes, dizendo que sairão desta Casa com a certeza de que a Câmara de Vereadores está de portas abertas e do lado da população petropolitana. O Vereador Roberto Naval continuou o pronunciamento, dizendo que tem muito orgulho de estar trabalhando nesta Casa com todos os Vereadores, que não são covardes e estão do lado dos servidores. Registre-se que o 2º Secretário, Vereador Thiago Damaceno, assumiu a condução dos trabalhos. 2) GIL MAGNO, PSB; Dirigiu-se aos manifestantes, dizendo que os Vereadores defenderão os servidores. Lembrou que apoia os servidores desde a manifestação que fizeram no ano passado, quando tiveram zero de reajuste salarial. Esclareceu que esta Casa estará ao lado do Prefeito em defesa do servidor, para que possam ter o reajuste. Esclareceu que é possível remanejar, que é possível tirar verba do orçamento municipal para dar aumento aos servidores. Registrou que é inadmissível que os Secretários não abram o diálogo. Salientou que os servidores precisam lutar pelos seus direitos e o Prefeito precisa abrir as portas e conversar com o funcionalismo. Lembrou que esta Casa criou a Comissão Especial de Saúde e, hoje, estamos falando em instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito Municipal. Comentou que o PSC, o PPS e o PMDB estão presentes nesta Comissão, representados por dois Vereadores e aproveitou para reivindicar ao Presidente que o PSB tenha o seu assento, sua voz e suas atitudes dentro da Comissão, seja da CPIM ou da que foi criada ontem, uma vez que seu partido tem a maior bancada nesta Casa. Registrou que faz questão de fazer parte dessa Comissão, pois precisa defender o município e colaborar com os dados que tem para que a saúde de Petrópolis avance. Registrou, ainda, que nunca deixou de solicitar a ajuda dos companheiros desta Casa em Requerimentos de Informações, pois entende que em todos os Requerimentos tem que haver a transparência. Ressaltou que os Vereadores estão nesta Casa para fiscalizar. Salientou que o que os Vereadores estão pedindo não é nada de partidarismo. Disse que para haver a transparência, precisamos sim desses documentos, dando condições de os Vereadores cobrarem e ajudarem os servidores a encontrarem o seu norte. Registrou que está junto nesta causa e irá lutar até o fim pelo êxito dessa causa. Registre-se que o 1º Vice-Presidente, Vereador Gil Magno, assumiu a condução dos trabalhos. 3) ALBANO FILHO - BANINHO, PSB; Registrou que os Vereadores estão de portas abertas, ao lado dos servidores e, com certeza, conseguirão chegar a uma solução. Ressaltou que os Vereadores querem que os servidores tenham um salário digno, compatível para que a cidade caminhe contente, pois só assim teremos uma cidade boa para se viver. Salientou que é o funcionalismo público quem cuida da nossa população, merecendo ter o seu bem-estar. Disse que tem certeza de que o Prefeito chegará a um diálogo, para que possamos melhorar, trazendo o Plano de Cargos e Salários para esta Casa, para ser analisado junto com os servidores. Somou ao Vereador Gil Magno, pedindo que o partido tenha pelo menos um membro nessa Comissão de Saúde ou na CPIM que venha a ser instalada. Destacou a força e a vontade do Presidente, Vereador Bernardo Rossi, de lutar em prol dos servidores públicos. Parabenizou os manifestantes por essa manifestação justíssima. Disse que, no governo anterior, os agentes de saúde tiveram uma vitória, quando a categoria se reuniu com o então prefeito e conseguiu a efetivação e aproveitou para dizer aos servidores que a união é sempre muito importante. Finalizou, registrando que a categoria pode contar com este Vereador. 4) THIAGO DAMACENO, LÍDER DO PV; Destacou a importância do ato e da força dos servidores em prol de mudanças que poderão vir a beneficiar não só os atuais servidores, mas as próximas gerações. Comentou que servidores como a Secretária de Saúde, a Secretária de Educação e o Secretário de Esportes são pessoas nomeadas, empregados de confiança que já deveriam ter ido embora há muito tempo por não estarem fazendo o trabalho correto. Disse que se os Vereadores se mostram ao lado dos servidores, fazendo as investigações que precisam fazer, abrindo as portas desta Casa e não fugindo da responsabilidade é porque a população fez uma boa escolha e talvez, fosse em uma outra Câmara, não teriam o espaço que estão tendo hoje. Destacou a importância do voto e da importância do voto no Vereador, que é um fiscalizador. Lembrou que, ontem, em seu pronunciamento, falou que todas essas situações só estão acontecendo no nosso município porque, infelizmente, esse governo não apresenta diálogo, o que é o básico. Comentou que os Vereadores, como os servidores, estão sentindo falta de diálogo, pois este Vereador desde janeiro do ano passado está tentando ser recebido pela Secretária de Educação e ela nunca o recebeu. Registrou que também tem dificuldades para conversar com a Secretária de Saúde. Esclareceu que não está querendo pedir nada pessoal para ela, apenas repassar as demandas que recebe em seu gabinete. Ressaltou que como é a esta Casa que as pessoas procuram em primeiro lugar, os Vereadores sabem bem as áreas que estão com pior atendimento dentro da cidade, as áreas que estão mais carentes de médicos, e as que estão mais carentes de medicamentos. Lembrou que, há duas semanas, um senhor procurou este Vereador, dizendo que não havia papel higiênico no banheiro do Pronto-Socorro do Alto da Serra. Esclareceu que os Vereadores querem conversar com a Secretária de Saúde para levar essas situações e cobrar um posicionamento, ao passo que não são nem recebidos, situação que também acontece na Secretaria de Educação, na Secretaria de Esportes e em outras secretarias. Reafirmou, como cidadão, que a primeira coisa que quer é que tudo avance, mas para isso o Prefeito precisa dar uma mexida, dar uma sacudida e mandar embora alguns Secretários que estão pendurados nos cargos sem trabalhar seriamente pela nossa cidade, sem honrar o salário que ganham todo mês. Registrou, mais uma vez, que a Câmara está ao lado dos servidores e está aberta sempre. Parabenizou os manifestantes por esse ato de força, de coragem, de comprometimento com a cidade, sacrificando-se em nome de toda uma classe e em nome de toda nossa cidade. Registrou que tem certeza de que essa crise terá um fim e veremos a nossa cidade melhor do que víamos antes. Finalizou, dizendo que os Vereadores estão à disposição de todos. 5) DR. SAMIR YARAK, LÍDER DO PSC; Lembrou o que os Vereadores vêm fazendo nesta Casa pelos servidores da saúde. Lembrou, ainda, que denunciou os salários abaixo do salário mínimo, como dos agentes de saúde e dos agentes de endemias. Esclareceu que o órgão que pode reprovar esses salários é o COMSAÚDE, que é deliberativo e tem mais ação no Executivo que os Vereadores que são fiscalizadores. Esclareceu, ainda, que o que o COMSAÚDE deliberar o Executivo tem de cumprir. Disse que, diariamente, os Vereadores denunciam a falta de médicos, o atendimento precário, que os PSF’s estão vazios, entre outras situações que ocorrem. Comentou que, como médico, está fazendo mais dois horários gratuitamente e, com isso, sua jornada de 20 horas está chegando a quase 40 horas semanais para ver se consegue suprir a necessidade, além de ter colocado no posto médico, o aparelho de ultrassom que tirou da clínica particular, fazendo a sua parte, ao contrário do Prefeito que não está fazendo a sua parte. Lembrou que, no ano passado, esteve na reunião sobre a reivindicação do aumento salarial dos servidores e, na oportunidade, falou para eles que só tinham uma arma, que era a greve, mas o SISEP acabou negociando com o Prefeito. Questionou onde está o SISEP agora... Questionou por que não dão entrada no Ministério Público para destituir esse Sindicato que é o único que poderia representar os servidores do nosso município... Comentou que os servidores precisam eleger as pessoas que querem que os representem, pessoas que trabalham no município, como este Vereador que trabalha na saúde básica e sabe bem o que está acontecendo. 6) JOÃO TOBIAS, LÍDER DO PPS; Parabenizou o Presidente, Vereador Bernardo Rossi, pela medida que tomou de aderir à CPIM iniciando-a desde 2000, até porque o problema da saúde não é de agora. Comentou que, no passado, algumas vezes ficou sem receituário no ambulatório, situações que temos que buscar a fundo, porque senão não seremos justos com essa questão da CPIM. Disse que, hoje, temos um impasse entre os servidores municipais e o governo, situação que é muito preocupante, já que, aos poucos, outros servidores estão aderindo a esse movimento e não se abre o diálogo. Ressaltou que essa situação é muito ruim para o município, principalmente no caso das escolas, onde as crianças não estão sendo bem atendidas e muitas delas precisam da merenda que é servida. Registrou a necessidade de se quebrar esse impasse. Ressaltou que esta Casa está ao lado do funcionalismo público, até porque é funcionário público há mais de trinta anos. Comentou que toda greve tem dois lados, o lado legal e o lado político, sendo que no lado legal, o patrão tem direito de reivindicar na Justiça a legalidade ou não e no lado político é quando a oposição aproveita para externar sua insatisfação com o governo e tenta com isso ampliar o apoio e a revolta contra o governante. Esclareceu que a greve dos professores foi considerada ilegal pela Justiça, porém, não podemos deixar de considerá-la moral, pois os servidores não estão recebendo o que merecem, como as merendeiras que estão ganhando menos que o salário mínimo. Esclareceu que em sua carreira de sindicalista, o Prefeito nunca conversou com os grevistas, o que sempre foi feito com os Secretários que ele nomeia. Pediu, mais uma vez, que se abra um canal de diálogo para conversar com um representante do governo. Concordou com o Vereador Dr. Samir Yarak com relação ao SISEP e é preciso convocar o Presidente desse Sindicato, para dizer o que está fazendo para negociar, já que a Justiça colocou que o representante dos professores é o SISEP. Comentou que, hoje, estamos vendo um misto de reivindicação e um misto político, onde a oposição está tentando ganhar seu espaço. Disse que temos de tentar desvincular um pouco a questão política nesse movimento. Registrou que, como Vereador e cidadão petropolitano, irá lutar para que se abra um canal de diálogo com os professores e com os profissionais da saúde para ver se chegam a um denominador comum. Finalizou, cobrando a presença do SISEP nesta Casa. 7) DUDU, LÍDER DO PSDC; Disse que é muito triste termos que passar por um momento desses. Comentou que, em alguns governos, nós sofremos com fenômenos da natureza, mas o mais triste é ver as nossas crianças sem aula, ou passar no seu bairro e ver que o posto de saúde está em estado de greve. Disse que apelou para os médicos do pronto-socorro continuarem os atendimentos para não termos óbitos na nossa cidade, assim como pediu aos enfermeiros e ao pessoal do apoio. Ressaltou que as pessoas que falam que o movimento é político são pessoas que não têm caráter, que não vivem na pele o que esses servidores passam. Salientou que a hora é de ver o lado do servidor e os Vereadores estão do lado certo, do lado da igualdade, da justiça, da dignidade, até porque o Prefeito não respeita ninguém. Disse que são três ou quatro pessoas que determinam o que será feito em uma cidade grande como a nossa. Lembrou que o Prefeito disse que não iria olhar para o retrovisor e, realmente, ele não olha para quem está atrás dele, não olha para o povo, não olha para os menos favorecidos. Comentou que acreditava nele, pensava que ele tinha sensibilidade para lidar com os servidores, mas enganou a classe, assim como vem fazendo com muito mais gente. Disse que sofre represália, não consegue obras para o seu bairro, mas tem o que mais preza, que é a sua dignidade e o respeito ao cidadão petropolitano. Registrou que 86% da população rejeitam esse governo que veio com o título de governo da esperança. Ressaltou que se o outro governo não era bom, foi por isso que a população trocou e acreditou em uma esperança que vinha passando pela cidade e que ficou decepcionada. Conclamou a Câmara a abrir a CPIM da saúde e uma CPIM da educação e que seja apurado lá de trás, para que os Vereadores possam verificar se há heranças e quais são elas e também para que possam ver os problemas de agora, mostrando tudo para a população. Citou os ex-prefeitos Leandro Sampaio, que ajudou a eleger o Prefeito Paulo Mustrangi, esse governo do desgoverno e o Rubens Bomtempo, que foi prefeito por oito anos e se não tem nada a temer, que olhemos as contas dele. Comentou que a Secretária de Saúde que está no governo de hoje, essa catástrofe, também fazia parte do governo Rubens Bomtempo, onde também deve ter cometido algumas coisas que não agradam ao povo. Registrou que é muito triste ele ficar dizendo que não tem dinheiro, mas ao mesmo tempo aluga outro imóvel para a Secretaria de Meio Ambiente. Ressaltou que o servidor é um patrimônio do município e merece todo carinho e todo respeito. Disse que, como um pouco leigo, entende que a solução é o Impeachment dele. Finalizou, dizendo que quem está de greve há mais tempo é ele, que não veio para trabalhar até hoje. Registre-se que, durante o pronunciamento do Vereador Dudu, o Vereador João Tobias assumiu a condução dos trabalhos. Não havendo mais Vereadores inscritos para fazer uso da palavra, o Presidente em exercício passou à Ordem do Dia. Registre-se que o 1º Vice-Presidente, Vereador Gil Magno, reassumiu a condução dos trabalhos. 1) Colocadas em Discussão e Votação as Indicações nºs: 378, 379, 380, 1388 e 1391/10, do Vereador Dudu; 1039, 1041, 1042, 1044 e 1046/10, do Vereador Gil Magno; 1282, 1283, 1284, 1285 e 1286/10, do Vereador Paulo Igor; 1386, 1390, 1392, 1394 e 1395/10, do Vereador Marcelo Motorista; 1411/10, do Vereador Wagner Silva. Todas as Indicações foram aprovadas. Registre-se que o Vereador Gil Magno pediu vistas do GP nº: 483 / CMP 004/10, do Vereador Wagner Silva. O Plenário aprovou a solicitação. Nada mais havendo a tratar, o Presidente em exercício encerrou a reunião às 18:40 horas, marcando a próxima para o dia 27 do corrente mês, às 16:00 horas, com a Ordem do Dia que foi lida em Plenário. E eu, Fernanda Helena Rocha Giroud, esteno redatora, escrevi esta para constar e assino. Petrópolis, 26 de maio de 2010.

Vereadores, estamos de olho!  Vamos ver quem tem palavra.

PM desmente cárcere privado de secretária

JAQUELINE RIBEIRO
Redação Tribuna


O comandante do 26º Batalhão da PM em Petrópolis, tenente-coronel Antônio Henrique, negou que a secretária de Educação, Sandra la Cava, tenha sido mantida em “cárcere privado” por grevistas durante a tarde e parte da noite de quarta-feira, conforme informou à imprensa o secretário municipal de Fazenda, Helio Volgari, na noite de anteontem. “Cárcere privado é crime. Deve ter sido uma força de expressão de representantes do governo. A secretária estava se sentindo ameaçada e por isso pediu reforço policial”, afirma o comandante da PM.
O comandante explicou que chegando à Secretaria de Educação a PM não verificou a situação de cárcere privado, mas mesmo assim manteve uma equipe no local. Ainda segundo o coronel Antônio Henrique, nenhuma prisão foi efetuada e não se confirmou a denúncia de que uma suposta situação de vandalismo estaria ocorrendo. “Desde o início da greve, a PM tem acompanhado as manifestações e os servidores não têm causado problemas. As manifestações têm sido pacíficas”, afirma o coronel Antônio Henrique. A informação de “cárcere privado” partiu da Prefeitura, em nota oficial emitida pela assessoria de Comunicação.
Ontem, professores exibiram vídeos e fotografias de sua permanência dentro da Secretaria de Educação, aguardando a titular da pasta. Segundo representantes do Sindicato dos Professores do Estado do Rio de Janeiro (SEPE-RJ), em princípio Sandra La Cava teria aceitado receber uma comissão formada por educadores, por isso um grupo pequeno permaneceu dentro do prédio da secretaria. “A Polícia esteve lá o tempo todo e viu que a secretaria não foi invadida e que ninguém foi impedido de entrar ou sair do prédio. Em nenhum momento a secretária foi impedida de sair. Não entendemos por que à noite uma ambulância chegou e ela saiu de lá com escolta policial”, disse o diretor do Sepe-RJ, Jorge César Gomes.
Segundo o diretor, como a Prefeitura anunciou que não negociaria mais com o Sepe, os representantes do sindicato fizeram uma assembléia e formaram uma comissão, composta por 12 educadores, para negociar com a Prefeitura. “Fizemos uma passeata até a Secretaria de Educação. Chegamos lá por volta de 13h. Eles permitiram que a comissão de educadores entrasse, a secretária chegou a pedir que entregássemos uma cópia da ata da assembléia e que o número de integrantes da comissão fosse reduzido, de 12 para oito pessoas. Esse grupo ficou lá dentro esperando no corredor, outro grupo maior ficou na parte de fora, enquanto o restante dos servidores permaneceu do lado de fora da secretaria. Não entendemos quando vimos uma ambulância chegando e a secretária saindo escoltada por policiais. Não havia necessidade disso, em nenhum momento ela foi impedida de sair. Acreditamos que essa foi uma tentativa de jogar a opinião pública contra o movimento, mas as pessoas sabem que nossa manifestação é pacífica”, disse Jorge Cesar Gomes.
Os representantes dos grevistas afirmam que diante do ocorrido vão entrar com uma ação na Justiça contra a Prefeitura por calúnia e difamação. “Vamos processar a Prefeitura, pois eles estão divulgando inverdades, estão nos caluniando. Temos um movimento pacífico. Em nenhum momento a porta da sala da secretária foi forçada e o grupo não teve qualquer atitude violenta. A Polícia esteve lá o tempo todo e verificou que essa informação de que os grevistas tinham invadido a secretaria e estavam quebrando tudo não era verídica. O prefeito tem que ter consciência de que não está lidando com vândalos, como querem fazer a população acreditar. Somos educadores, que estão apenas reivindicando o direito a uma negociação democrática com a Secretaria de Educação”, argumenta a coordenadora do Sepe em Petrópolis, Patrícia Mafra.
A informação passada pela Prefeitura sobre a hospitalização da secretária de Educação, Sandra La Cava, foi confirmada pela Assessoria de Imprensa do Hospital Santa Teresa. De acordo informações do hospital, La Cava deu entrada no setor de emergência, pouco depois das 20h30 de quarta-feira. Ela teve diagnóstico de pressão alta, foi medicada e liberada na mesma noite.

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Petropolitanos declaram apoio às ações dos grevistas

CARLA MAGNO
Redação Tribuna


A greve dos servidores da Educação, que completou ontem duas semanas, e a greve dos servidores da área de Saúde, que começou na última quarta-feira, está dando o que falar. Salário baixo de um lado, alunos sem aula de outro. O atendimento hospitalar encara, a cada dia que passa, uma maior defasagem. A Tribuna foi às ruas perguntar a opinião da população petropolitana sobre as manifestações que se mantêm firmes, alterando a rotina da cidade. De 30 pessoas entrevistadas, entre taxistas, caixas, motoristas, advogados, estudantes, jornaleiros, cabeleireiros, bancários e diversas outras profissões, apenas duas se posicionaram totalmente contra as greves em Petrópolis. Segundo o vendedor Antônio Carlos Andrade, de 68 anos, as manifestações têm realmente que acontecer, já que o prefeito Paulo Mustrangi já foi ele mesmo, por sua vez, um manifestante. “Eu acho a greve uma coisa muito justa porque o salário que eles ganham é irrisório e, além disso, o nosso prefeito está tendo o troco, porque quando ele era bancário era o primeiro a ir para a porta dos bancos. E ele procurava aumento para a classe dele. Hoje ele é prefeito e a turma está querendo aumento, a mesma coisa. Acho uma coisa bem justa. Eu acho que ele está sendo até um pouco covarde, porque ele deveria, como prefeito, enfrentar e realmente decidir a coisa”.
O cabeleireiro Roberto Carlos Coelho Vieira, de 42 anos, concorda e explica que o prefeito prometeu e não cumpriu, e sem negociação as greves muito longas acabam prejudicando a imagem de Petrópolis. “Na campanha, ele disse que era o prefeito da saúde, da educação, que ia melhorar isso e aquilo, e hoje o povo está cobrando dele o que ele prometeu e não cumpriu. E pelo que eu vejo ele não aceita essa greve e não quer entrar em nenhum tipo de acordo com eles. É vergonhoso, porque é uma cidade bonita, conhecida, uma cidade que tem um pólo turístico grande, não só de malhas, confecções, mas também de museus, palácios, e isso deixa a gente muito feio, porque esse tipo de greve já está repercutindo nacionalmente”, comentou.
Por outro lado, algumas pessoas garantem que tem algo estranho por trás da greve, principalmente no movimento dos profissionais da Educação. “Esta greve está irregular, porque estão vindo pessoas de fora de Petrópolis que estão manipulando as pessoas de Petrópolis. São pessoas preparadas para fazer agitação, preparadas já com movimento na CUT no Rio, movimentos que já fizeram na época do governador Leonel Brizola. Eu estou de acordo que as professoras precisam de um reajuste, mas nisso aí está havendo uma articulação que eu não sei quem é que está por trás disso, mas não são as legítimas professoras de Petrópolis”, explicou o empresário Sérgio Baravelli, de 72 anos, que na quarta-feira disse ter ficado durante quatro horas assistindo às manifestações.
Embora grande parte dos entrevistados seja solidário com as greves, um comentário foi comum entre eles. Elas estão longas demais. A falta de negociação está impedindo crianças de ire à escola por muito tempo e pacientes estão sem atendimento. “Prejudica um pouquinho as pessoas que têm crianças na creche, por exemplo. Eu tenho o irmão da minha netinha, eles estão tendo uma dificuldade nesses dias, porque não têm com quem deixar, mas acho que é um direito deles né, eles têm que fazer”, declarou Lourdes Nunes, de 59 anos, auxiliar de serviços gerais no Teatro Santa Cecília.
“Tenho que fazer uma cirurgia e não posso. Está tudo parado. Minha filha também já está parada no colégio há duas semanas. Os dois lados batendo pé e ninguém resolve nada”, disse o porteiro Cristiano Silveira Carvalhais, de 33 anos. 

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Petrópolis existe? 4

Realmente, comemorei cedo. Serei obrigada a colocar, novamente, o ponto de interrogação  no título. Que pena! Ingenuamente, estava começando a acreditar que Petrópolis estaria saindo das trevas. Ledo engano... Bem que comentei que, de mentes insensatas e incompetentes podem , a qualquer momento , surgir sandices. E não é que aconteceu? Os ditadores, caras-de-pau e pseudo governantes, querendo se livrar - com um passe de mágica- do problemão que criaram , ofereceram ao servidor a esmola de 3% de aumento (aumento!?!). Só em Petrópolis. Os caras acham que estamos em greve há quase dezoito dias, nos arrebentando, debaixo de sol e chuva, sendo difamados, expulsos de prédios públicos e acusados de barbaridades(vide caso "cárcere privado") para receber 3% de aumento? Fala sério... Mais do que nunca a greve tem que continuar. Mais do que nunca os servidores deverão estar unidos para rechaçar essa proposta (proposta?) ridícula e cobrar dos vereadores uma posição contundente. Espero, sinceramente, que o legislativo não roa a corda... Confiar nessa "tchurma" é complicado. Quem lembra da greve de 93? Na hora H votaram com o governo. Não esqueçamos que estamos falando de Petrópolis, onde tudo pode acontecer. O governo diz que não pode fazer mais , que 3% é o máximo que pode dar. Repete aos quatro ventos que não tem dinheiro, que herdou uma dívida gigantesca. Não duvido da dívida. Duvido é da capacidade de gerir a coisa. Está tentando resolver a questão da forma mais simplista:  deixando os servidores na miséria e acabando com a cidade.  Assim é fácil! Até eu que não sou economista nem administradora resolvo o problema do município. E, aí eu me pergunto: o governo vai passar os quatro anos de mandato pagando a dívida do 40 (com a poderosa ajuda dos nossos não-salários, da péssima merenda, da inexistente saúde, da sujeira das ruas, da destruição dos jardins, da falência do sistema de transporte, dos votos da Dilma)
para entregar a prefeitura  ao sucessor, certamente de outro partido, ( porque esses não se elegem mais para nada; a não ser que haja um milagre) sem dívidas, com os cofres cheios, às custas de suas carreiras políticas? Vamos combinar: é difícil de entender. Vai entrar para a história sob a alcunha de "governo dos kamikaze". Mas, ao mesmo tempo, ao fazer uma pesquisa, descobri que de janeiro a abril deste ano, o município recebeu quase 29 milhões de Fundeb;do final de março ao início de maio, 894 mil do Programa Nacional de Alimentação Escolar e que em 2009 recebeu só do Fundeb 73 milhões.  Fora  os outros repasses da união , a arrecadação de impostos, os royalties do petróleo e não sei mais o quê.
Será que com todos esses milhões e os outros que não sabemos, o governo não poderia negociar uma contra-proposta decente? Não dá para titubear: a greve tem que continuar.