MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Greve nas escolas de Petrópolis: ato hoje reuniu mais de tres mil profissionais de educação e servidores na prefeitura

Data: 19/05/2010

Os profissionais das escolas municipais de Petrópolis, em greve desde o dia 13/5, juntamente com outros servidores municipais estão na porta da prefeitura tentando audiência com o prefeito, que convocou uma guarnição do Batalhão de Choque. O clima está bastante tenso no local, com ameaças da PM contra os manifestantes

Os profissionais de educação das escolas municipais de Petrópolis, juntamente com outros segmentos do funcionalismo municipal (guarda municipal, saúde, limpeza pública e conservação), estão fazendo uma grande manifestação na porta da prefeitura nesta tarde. Neste momento, cerca de três mil servidores estão cercando a prefeitura e exigem uma audiência com o prefeito para iniciar as negociações, mas a prefeitura convocou o Batalhão de Choque, para tentar intimidar os manifestantes. Desde as 16h, uma comissão de negociação está reunida com representantes do prefeito, que se recusou a receber as categorias em luta.

Sobre as Crianças e Segurança Alimentar

                 O prefeito, Paulo Mustrangi, divulga pela imprensa que está muito preocupado com a alimentação das crianças petropolitanas.  Afinal, argumenta ele, com as escolas fechadas, muitas delas deixam de se alimentar adequadamente.  Até aqui, concordamos com o prefeito: de fato, muitas crianças dependem da merenda para ter uma alimentação saudável.
                Mas, afirmar que os educadores devem suspender a paralisação por causa disso é ignorar a função social da escola.  Os estabelecimentos de ensino não podem ser tratados como depósito de criança, muito menos como restaurantes.  Tem por obrigação, antes, zelar por sua função educadora.  No entanto, a realidade da escola pública brasileira é muito triste, e Petrópolis não é exceção.  Não há condições físicas, financeiras ou de recursos humanos adequados para que a atribuição primária da escola - que é educar - ocorra com qualidade equivalente à taxa de impostos que pagamos.
                Além disso, parece que a Educação é o setor preferido pelos gestores desonestos para desviar verbas públicas. Um estudo desenvolvido por economistas da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), Universidade de Berckley e do Banco Mundial, e publicado pelo jornal Estadão (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091012/not_imp449404,0.php) aponta que o desempenho de estudantes de municípios onde há desvio ou má gestão de verbas é, em média, 15 pontos menor.  O desvio e a má gestão dos recursos repassados para as escolas públicas brasileiras têm gerado efeitos colaterais danosos para alunos e professores, além de prejudicar diretamente o potencial de crescimento econômico do País.
                A escola pública participa do Programa Nacional de Segurança Alimentar, com verbas federais destinadas especificamente para esse fim.  Contudo, ela não é a única expressão desse programa.  Juntamente com a merenda, outras políticas públicas buscam garantir que cada brasileiro tenha diariamente alimentação suficiente – entre elas, o Bolsa Família e os Restaurantes Populares.
                Fica aqui nossa proposta ao Prefeito:  se ele está, realmente, preocupado com a fome das crianças da rede municipal, que tal dar gratuidade a elas no Restaurante Popular da cidade.  Basta condicionar a gratuidade a apresentação das cadernetas escolares.  O prefeito preocupado certamente atenderá nossa indicação.

Abraços da “Liga”

GREVE da EDUCAÇÂO – ESTADO de GREVE dos demais SERVIDORES do MUNICÍPIO

A LUTA CONTINUA – ATÉ a VITÓRIA

Na Assembléia realizada em 18 de maio de 2010 em frente a Câmara Municipal  os  mais de 3500  servidores municipais, puxados pela greve da educação tomaram uma decisão inédita:  construíram o MOVIMENTO UNIFICADO dos SERVIDORES MUNICIPAIS e delegaram a este movimento a representação para negociar as pertinentes e prementes reivindicações dos Servidores Públicos Municipais.
O servidor não agüenta mais, não consegue com seu salário manter sua família, sobrevivência ou dignidade. O achatamento salarial é assustador, em especial num governo que disse que veio para governar para os trabalhadores. O último “ganho” (segundo o jornal do SISEP) da categoria foi de 0% conseguido pelo SISEP. Na assembléia do dia 19 foi aprovada uma moção de repúdio a esse sindicato, e o Movimento Unificado dos Servidores do Município foi referendado como o representante da nossa categoria.
Decidimos, desde a assembléia do dia 18, a necessidade de unificação da luta. Portanto, A EDUCAÇÃO MANTÉM A GREVE com apoio de TODOS, e os servidores da SAÚDE, SETRAC, GUARDA MUNICIPAL, CONDEP entrarão em ESTADO de GREVE. Enfim, todos os setores começam a se organizar. Nossa pauta unificada é:
-  Reajuste de 20 %
- Plano de cargos e Salário
- Incorporação do abono
- melhoria das condições de trabalho
O que significa estar em estado de greve ? Significa que estaremos nos organizando para, se for necessário, entrarmos em greve. É um tempo em que estaremos conversando sobre o que é uma greve, falar e enumerar as necessidades que temos para ter condições de trabalho, é o tempo que estaremos esclarecendo e informando aos usuários dos serviços que prestamos quais são nossas condições de trabalho e nosso salário, é o tempo para discutirmos verbas públicas e seus destinos, é o tempo que estaremos organizando para as mobilizações.
Em estado de greve o serviço não para, só usaremos um tempo de nossa carga horária para nos reunirmos (no local de trabalho), e um tempo para estarmos nas inúmeras atividades de mobilização coletivas de rua, atividades públicas.
É importante informar que estamos prontos para negociar, assim que o governo decidir nos receber, mas que manteremos a mobilização e organização até a conquista de nossas reivindicações.
Estado de Greve: é um momento de preparação para uma possível greve. Então, vamos às tarefas:
TAREFA DOS SERVIDORES EM ESTADO DE GREVE
1.       Reunião Diárias por local de trabalho
2.     Discutir e enumerar as reivindicações específicas de cada setor
3.     Discutir as condições de trabalho
4.     No caso específico da saúde planejar o que deve ou não funcionar em situação de greve ( definir o que é essencial )
5.     Esclarecer a população usuária os motivos do movimento – quais sejam arrocho salarial, anos sem nenhum reajuste e pelo menos 2 sem reposição, falta de condições de trabalho, afirmando que a culpa será do prefeito se tivermos que parar os serviços.
6.     Entrar em contato com outros servidores para aderirem ao movimento e entrarem em estado de greve
7.     Lembrar aos poucos servidores da educação que ainda não aderiram que a greve foi reconhecida como legal pela justiça, justa por inúmeras entidades da sociedade ( que já se pronunciaram) e com certeza vitoriosa pela enorme mobilização que está sendo feita.
8.     Pedir que usuários e a população em geral do município se pronunciem através de um abaixo assinado onde reconhecem nosso justo direito, apóiam o movimento e exigem que o prefeito negocie o que é justo para os servidores.
9.      Comparecer em massa às manifestações coletivas
10.  Fazer Assembléias setoriais para aprovar pauta específica e decidir o melhor momento para decretar a greve.
11.   ASSEMBLÉIAS MARCADAS:
- SETRAC: nesta quinta às 12:30 h
- SAÚDE: dia 21 de maio, sexta feira, às 19 h, a princípio no Sindicato dos Metalúrgicos na Rua Floriano Peixoto (pouco depois da Praça da Inconfidência)
12- Comparecer em massa às ASSEMBLEIAS UNIFICADAS
13 –MOBILIZAR LUTAR MOBILIZAR LUTAR MOBILIZAR LUTAR - VENCER
 
COMANDO do MOVIMENTO UNIFICADO dos SERVIDORES MUNICIPAIS
SEPE : (24) 2231-4575   - Rua do Imperador 866