MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Avaliando e Planejando


 
                 Após 25 (vinte e cinco) dias de recesso, os membros da “Liga dos Servidores Petropolitanos” se reuniram, novamente, em sua sede - na sala dos profes... digo, na “Sala da Justiça”- para avaliar os efeitos do veneno anti-monotonia disseminado pela cidade.  E, se não fosse por Nelson Rodrigues, poderíamos todos disser que os efeitos são irreversíveis.  As pessoas apresentam sintomatologia inequívoca de cidadania aguda, e o prognóstico (graças a Deus!) indica evolução para cidadania crônica – o que tornaria as seqüelas permanentes.
                Logo no início da reunião, palavras de ordem foram emitidas pelo rádio:
                “– Qual a paz que eu não quero conservar para  tentar ser feliz?
                Paz sem voz, não é paz - é medo! É pela paz que eu não quero seguir admitindo.” 
                                                                                                                    Minha Alma – O Rappa
                
                 Ficou claro, naquele instante, que a nossa luta está só no começo.
                As vitórias desses últimos dias, serviram para nos encher de garra e renovar as esperanças.  Voltamos a acreditar que a mobilização popular e a união dos servidores, podem interferir na elaboração de políticas públicas.  Mas, nossas dádivas são traidoras e nos fazem esquecer o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.
                Algumas lutas trazem paz de espírito.  O combate que gera justiça, faz o guerreiro dormir com a consciência tranqüila, com a sensação do dever cumprido.  Ao contrário, algumas vezes, a paz é resultante de um conflito interior, que paralisa e provoca desesperança.
                Amanhã (08/06/2010), tem reunião com a comunidade na escola.  As pessoas têm o direito de saber e, nós temos o dever de explicar,  porque a escola paralisou suas atividades.  Ninguém melhor do que o servidor engajado para explicar nosso ponto de vista sobre a greve.  Devemos receber a comunidade na escola e tratá-la com respeito; ouvindo, inclusive, suas críticas e reclamações.  Devemos atender às pessoas como gostaríamos que o prefeito nos atendesse – olho no olho.
                Depois, na quarta-feira (09/06/2010), estaremos em frente à Câmara de Vereadores para nossa Assembléia – que esperamos ser a última a tratar da greve – pois esperamos, sinceramente, uma proposta satisfatória do prefeito.  E, se você é contrário a greve, também, deve ir a assembléia defender seu ponto de vista e votar.  Não se abstenha dessa participação.
                No entanto, para a “Liga dos Servidores Petropolitanos”, não importa o resultado da assembléia: com ou sem greve, estaremos alertas.  Divulgando informações e emitindo opiniões.  Mobilizando os servidores para ações públicas.  Rechaçando medidas autoritárias.  Criticando, e até negando-se a executar, ordens que não tragam melhorias ao serviço público.
                No blog da “Liga” você não lerá informações produzidas na “Central de Boatos Petropolitanos”, ao contrário, combatemos essa prática de disseminação do medo.  Assim, a “Liga”, desde sua formação, se propõe a auxiliar o servidor público petropolitano na busca de informações confiáveis.  E, nesses dias de luta, a “Liga” conseguiu conquistar credibilidade, se consolidando como uma fonte segura de informação para o servidor.
                Felizmente, o movimento dos servidores se ampliou e atingiu vários segmentos.  Esse fenômeno, no entanto, dificulta a pesquisa e o acesso à fonte da informação.  Por isso, de agora em diante, nosso foco de atenção será, ainda que não exclusivamente,  às questões da educação.  Isto não significa segmentação, pois estamos todos no mesmo barco, mas, pretendemos, deve significar aprofundamento.
                Gratos, de agora em diante: Liga dos Educadores Petropolitanos
ligadosservidorespetropolitanos@bol.com.br

Carta Aberta ao Governador Sergio Cabral


Sr Governador do estado e prefeito de Petrópolis,

      Não mobilizamos “galerona” de servidores para ir no lançamento da pedra fundamental da Bohemia, nem na entrega do lap top nem nos demais eventos de governo porque  achamos importante para Petrópolis essas iniciativas, significa mais emprego, acesso a comunicação...com relação a esses projetos, apoiamos e lembramos  vamos ficar de olho nas verbas públicas, quanto cada parceiro está investindo, quais contrapartidas...
    Quero parabenizar a Fundação Municipal de Cultura que tem feito um trabalho de resgate histórico e ampliado a  possibilidades de crescimento da economia de Petrópolis através do turismo.
    Quero aproveitar e perguntar a secretária de educação o que fez para garantir a formação de mão de obra qualificada para este novo mercado ?
    Precisamos garantir que a mão de obra utilizada para cervejaria, e outros investimentos seja de moradores de Petrópolis. A Cidade não tem por onde crescer, precisamos respeitar os morros, rios,  natureza, somos mais de 300 mil habitantes  e estamos com alto índice de desemprego. Precisamos de uma política que impeça a migração. Então governo tenha uma política que qualifique nossos cidadãos.
    Sr governador decidimos por uma pequena comissão para fazer chegar em suas mãos nossa carta onde solicitamos sua interferência junto ao governo municipal. O senhor é um homem informado - sabe a crise que está acontecendo em Petrópolis, e inteligente para perceber a dimensão da sequela de uma intransigência, nós servidores públicos vivemos o maior arrocho salarial de todos os tempos, para ter uma idéia em 2009 nosso reajuste foi zero, não possuímos um plano de cargos e salário e queremos fazer parte de sua elaboração, em nossos vencimentos chegam um pouco acima do salário mínimo devido aos abonos (aliás o desembargador falou: - “ abono não é salário”), as condições de trabalho são precárias o que nos impossibilita de aplicarmos políticas públicas de qualidade e durante toda a nossa luta temos tido diversos ataques e ameaças do governo.
    Então, Sr Governador, queremos que interceda junto ao Prefeito para que receba a Comissão de Negociação, representante do MOVIMENTO UNIFICADO dos SERVIDORES PÚBLICOS eleita em assembléia de mais de 3500 servidores nesta quarta dia 9 de junho, e que apresente uma proposta que seja justa e atenda aos servidores públicos do município de Petrópolis em luta, e que  desta forma governe para normalizar os serviços de educação e saúde tão necessários a população que já pena com sua carência e questionável qualidade.

Ester Mendonça
Servidora pública concursada da Saúde.