MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Puxão de orelha na Adonai

Boa noite a todos os companheiros de luta.  Hoje chegamos num ponto crucial de nossa caminhada e, tenho certeza q fizemos o mais acertado, votando para o retorno ao trabalho em ESTADO DE GREVE.  Somos realmente vitoriosos, pois desta vez não calaram nossa voz e nem conseguiram nos intimidar.  Somos fortes e unidos conseguiremos muito além daquilo q esperamos.  Parabéns ao comando de greve da saúde, q tem se colocado de forma clara e responsável a frente das nossas negociações.

Gostaria somente q a mídia e que os governantes dessem uma importância maior ao nosso movimento, pois só se fala na educação.  Não somos melhores nem piores, mas, assistindo aos telejornais locais me parece q estão dando uma colocação como se só a educação estivesse lutando por dias melhores.  Acabei de assistir ao jornal Primeira Página da rede Adonai e a notícia dada foi que a "educação aceitou retornar ao trabalho até dia 09/06, mas q a saúde continua em greve e que fez mais uma manifestação no centro da cidade."

Será q alguém pode informar a rede Adonai q também aceitamos voltar ao trabalho, aguardando a negociação de quarta-feira? 
Um abraço,
 Ana

Carta ao Prefeito Paulo Mustrangi

Caro Sr. Prefeito Paulo Mustrangi

Tomei a liberdade de escrever-lhe para demonstrar meu descontentamento com tudo o que está acontecendo nos últimos dias.

Sou professora há 17 anos e nunca passei por um momento tão tenso e tão constrangedor.

Eu, depois de tanto trabalho, tanta luta, ter que reivindicar por uma mísera incorporação de abono...  Por reajuste salarial que é questão de direito... 

Desde que a nossa Secretária de Educação entrou, muita coisa mudou na escola.  Fui aluna dela e reconheço sua imensa capacidade pedagógica e seu comprometimento com a educação, só que ela começou a pecar quando quis colocar ordem na casa...  Para isso, teria que mexer com política...  E como política, Sandra La Cava não é muito democrática... 

Estou trabalhando mais burocraticamente, minha carga horária aumentou...  E meu salário?  Ihhhh  Ela esqueceu disso!  Que pena...

Sabe, Sr. prefeito, eu não vim aqui simplesmente para criticá-lo.  Sei que é complicado ceder à pressões, porque serviria de modelo para outras classes, e outras seriam as consequências...  Mas chega um momento em que é necessário um diálogo franco.  Se não dá para atender à todas as reivindicações, por que não negociar a mais importante delas com urgência para mostrar que está preocu pado com o servidor? Falar que a prefeitura tem uma dívida milionária do governo anterior, apesar da lei de Responsabilidade Fiscal existente no país, não adianta para nós...  Se eu compro uma casa, e a Águas do Imperador me cobra dívida do antigo morador, eu tenho que pagar...  Se eu não pago, fico sem!  É assim que o povo pensa, é assim que eu penso!

Não está na hora de questionar  a representatividade do SEPE.  Ele está atendendo à demanda que há muito queria se articular, mas não encontrava ponto de apoio para tal.  A pior coisa que existe é ter um sindicato que vive de administrar cartões de crédito, porque acaba se tornando simplesmesnte uma instituição financeira alheia ao que realmente se necessita. O SISEP nunca me deu uma boa notícia...  Não tem uma história de conquistas...  De lutas, ao menos! Eu estou muito satisfeita em ter o SEPE  do meu lado, Sr. Prefeito.  Graças à ele eu vi que sou cidadã, e que posso lutar p elo que tenho direito, e posso ter voz...  Consigo ver que tenho representantes!!!  Antes dessa movimentação toda, eu desconhecia 3/4 dos meus vereadores!!!  Agora conheço cada um deles.  Trocamos e-mails.  Fui recebida...  E não sou nem um pouquinho encantada pela política-partidária, embora sempre tenha tido "uma queda" pelo PT.  Que crescimento político o meu!

A gente cresce, sabe, Sr. Prefeito?... Às vezes achamos que não temos saída...  Criança se sente muito assim!  Mas temos sim, e ela está bem mais perto do que imaginamos...  Basta não entrarmos no próprio discurso, e vermos o outro lado.  Será que seria tão ruim se fosse diferente?  Será que seria possível ser diferente? 

Há um tempo atrás eu vi que o legislativo votou para o aumento salarial dos profissionais que lá trabalham.  Não me recordo bem do percentual, mas sei que não foi muito aquém do que reivindico hoje...  Por que para eles foi tão rápi do, e para mim é tão árduo?

Eu também tenho filhos.  Mais precisamente 3 meninos.  Um de 12, um de 10 e um de 3 anos.  Leciono em três turnos para conseguir mantê-los.  E estamos em casa... Nas manifestações...  Nós 4 não somos de esquerda!  Somos cidadãos afetados, tanto pelo meu dia-a-dia de professora que ganha uma miséria, quanto por uma greve que não nos permite usufruir ao direito da educação.  Não sei se o Sr. sabe exatamente quanto uma professora que trabalha das 7 horas da manhã até às 10 horas da noite recebe, mas nós poderíamos conversar a respeito.  Ahhh...  Atualmente não dá nem mais para pagar a faxineira, para não precisar passar o final de semana cuidando dos serviços do lar...  Da roupa, da limpeza, alimentação, atenção aos filhos...  (isso porque o marido já fugiu! hahauah) 

Amo o que faço? Com certeza!  Trabalho com muito prazer e com muita paixão!  Mas meus filhos querem ter uma mãe ... Acredito na minha competência e na minha profissionalidade, mas vamos convir que o dinheiro movimenta nossa rotina.

Enfim, prefeito, vamos ser mais humanos e menos demagogos.  A emoção às vezes é tão importante quanto à razão...  O que eu espero, de verdade, é que tudo termine bem para mim, enquanto servidora, para meus filhos, enquanto alunos, e para o Sr., enquanto governante.  Reconheço que não é fácil levar a culpa pelas mazelas do mundo inteiro, sendo apenas um prefeito, mas tenho certeza que o pouco que o Sr. tem nas mãos é o suficiente para fazer o bem pela vida de muita gente!

Agradeço pela atenção e estarei sempre disponível ao diálogo

Ana Heinen

Carta à população de Petrópolis:

 
Escolas municipais interrompem a greve, mas a mobilização continua! Prefeito Mustrangi, faça uma proposta digna à categoria!

Os profissionais de educação da rede municipal de Petrópolis decidiram no dia 2 de junho interromper a greve da categoria, iniciada no dia 13 de maio, e retornar ao trabalho na segunda-feira, dia 6.

A categoria decidiu interromper a greve para que o prefeito Paulo Mustrangi (PT), cumprindo determinação da Justiça, apresente uma proposta digna para a educação – até agora o prefeito propôs um reajuste de míseros 3%. No dia 9 de junho, ocorrerá uma audiência com o governo municipal, conforme determinação do desembargador Luiz Felipe Haddad.

No mesmo dia 9/6, a categoria realizará uma assembleia para discutir o resultado das negociações. Cabe ao prefeito decidir se as escolas continuarão funcionando ou se haverá uma nova greve.

A população de Petrópolis tem que saber que nossas reivindicações não são absurdas ou impossíveis de serem atendidas. Pelo contrário! Repare:
1)       Implementação imediata de um plano de carreira unificado (englobando professores e funcionários);
2)       reajuste de 20% para recomposição das perdas salariais dos últimos anos;
3)       Incorporação dos abonos;
4)       Redução da jornada de trabalho dos funcionários administrativos de 40 horas para 30 horas.

Desde o início da mobilização dos educadores municipais, que redundou na greve, o governo e a Secretaria Municipal de Educação não se preocuparam em abrir negociações, nem apresentar uma contraproposta decente para as nossas reivindicações. Por sinal, em Petrópolis, não são apenas os educadores que se encontram em situação difícil por causa da falta de implementação pela prefeitura de uma política salarial e de valorização dos servidores públicos. O pessoal da Saúde, por exemplo, também está em greve. Assim, o movimento unificado dos servidores municipais de Petrópolis está cada dia mais forte.

Desde o dia 13 de maio, quando foi deflagrada a greve da educação municipal, os atos públicos e as assembléias promovidas pelos educadores e o conjunto dos servidores municipais em luta reuniram milhares de pessoas nas ruas da cidade. Em todos os atos promovidos até aqui, os educadores e as demais categorias têm recebido o total apoio da população petropolitana, que considera justas as nossas reivindicações.

Dessa forma, interrompemos a greve, mas a mobilização continua forte. Cabe agora ao prefeito Mustrangi se pronunciar, apresentando uma proposta digna para a categoria. Se ele mantiver sua intransigência, não teremos outro caminho a não ser retomar a greve.

Com a palavra, o prefeito.

Educação municipal de Petrópolis suspende greve e aguarda audiência com prefeito

INFORMATIVOS
Data: 02/06/2010


Os profissionais de educação da rede municipal de Petrópolis decidiram essa tarde, em assembleia realizada no Clube Petropolitano, suspender a greve da categoria, iniciada no dia 13 de maio. A categoria decidiu suspender a greve e aguardar o resultado da audiência com o prefeito Paulo Mustrangi, que será realizada na quarta-feira, dia 9, às 13h, na prefeitura. Essa audiência foi ordenada pela Justiça, já que o prefeito Mustrangi, até agora, vinha se recusando a negociar. Também no dia 9, a categoria realizará uma assembleia na Câmara de Vereadores, às 18h, para discutir o resultado das negociações.

Cabe agora ao prefeito abrir negociações com os servidores municipais, o que ele vem recusando desde o início do movimento. As reivindicações dos profissionais das escolas municipais de Petropolis são as seguintes: implementação imediata de um plano de carreira unificado (englobando professores e funcionários); reajuste de 20% para recomposição das perdas salariais dos últimos anos; incorporação dos abonos; e redução da jornada de trabalho dos funcionários administrativos de 40 horas para 30 horas.

Justiça do Trabalho ordena que prefeito negocie:

Em audiência realizada ontem, terça-feira, dia 1º, o desembargador Luiz Felipe Haddad do Tribunal de Justiça do Rio reconheceu a legitimidade do Sepe para realizar negociações com a prefeitura e concedeu um prazo de 20 dias, a partir de ontem, dia 7, para que a categoria, a prefeitura e o Sindicato dos Servidores Públicos (Sisep) possam discutir a pauta de reivindicações dos professores e funcionários das escolas.

O desembargador recusou as alegações dos representantes da prefeitura e do Sisep de que o Sepe não teria legitimidade para representar os educadores municipais de Petrópolis. Segundo Luiz Felipe Haddad, o histórico de 30 anos de lutas do sindicato é uma prova inconteste desta representatividade do Sepe.

Enquanto isso, na Sala da Injustiça do Palácio da Incompetência...



… O Procurador do Município, por sugestão do Secretário de Fazenda, pensa em processar a Policia Militar - presente no local -, que desmentiu a “notícia” que houve invasão e cárcere privado na Secretaria de Educação no dia 26/05/2010.

… A Secretária de Educação incluiu em sua dieta diária remédios contra pressão alta.

… A Diretora do Departamento de Educação pretende implantar no calendário letivo das escolas municipais a festa tipicamente americana do “Halloween”. O projeto será iniciado logo depois que a greve terminar, com uma gincana de caça às bruxas. Diz-se que a detentora do cargo, também professora, passa horas na internet pesquisando sobre a Santa Inquisição e a Idade Média.

… O novo assessor de comunicação da Prefeitura, sr. Joaquim Santos, pretende sugerir aos vereadores a criação no calendário municipal do dia de São Baba Ovo.

… O SISEP está solicitando aos laboratórios da UFF/RJ o exame de paternidade pelo DNA da conquista do aumento de 3%. Segundo o seu presidente: “agente fomos que conseguiu esta conquista”!

… Uma das metas da Secretaria de Educação é o novo organograma do órgão. Segundo informações ainda não confirmadas, a titular da pasta pensa em criar uma nova categoria de cargos comissionados ou funções gratificadas. Esses funcionários serão enquadrados no nível X9.

… Nos salões do Palácio corre a história que o Prefeito já tentou seguir vários credos religiosos. Suas maiores decepções aconteceram no espiritismo, pois não conseguia incorporar nada.

... Há um burburinho ainda rouco nos corredores palacianos que os cargos comissionados pretendem se juntar aos grevistas. Eles reivindicam pelo menos os 3% de aumento.

... Dizem que faz sucesso um quadro na TV em que um senhor de meia idade, sem cabelos, um pouco acima do peso, vestindo terno e gravata segura uma marionete. O nome do boneco é Paulinho. O nome do artista que manipula a marionete é mantido em segredo. O manipulador em determinado momento dá a seguinte ordem: “Finge de morto, Paulinho!!” “Finge, Paulinho!”. O boneco fica deitado no chão. Depois o manipulador ordena: “Levanta, Paulinho! Levanta!”. Mas o boneco não levanta. O manipulador resignado então finaliza: “Ahhhh, o Paulinho morreu! Morreu de verdade!”. Estranhamente o Prefeito não gostou do quadro.

... No último governo, comentava-se que o Palácio da Incompetência não tinha faxineiras e por isso as mesas viviam cheias de pó. Hoje em dia a despensa do palácio está abarrotada de óleo de peroba. Funcionários da limpeza que trabalham lá dizem que a sujeira é mesma, mas eles percebem que principalmente o pessoal do primeiro e segundo escalão, sai dos banheiros com os rostos brilhando. Alegam que por causa do aquecimento global o óleo serve como protetor solar. ncionargue a sujeira viam cheias de pula los, vestindo terno e gravata segura um fantoche.

Professora contesta informação de que piso salarial é de R$ 936,12

JANAINA DO CARMO
Redação Tribuna



O anúncio do governo municipal de que o piso salarial dos professores da rede é de R$ 936 causou indignação entre alguns profissionais. De acordo com eles, a PMP calculou o valor junto com a regência (que é um adicional no salário, assim como o abono). Para as educadoras, há uma diferença no piso salarial entre os professores recém concursados e os que trabalham há mais de 14 anos em relação a outros profissionais. A professora Patrícia Hammes, que trabalha na rede desde 1998, é uma das educadoras indignadas com a diferença nas remunerações.Em seu contracheque, consta o piso salarial de R$ 780,10. O adicional pela regência é de R$ 230. “Eu recebo 30% de regência. Tem professores que recebem 20%.
Depende do nível de cada profissional”, explica. Patrícia conta que desde 2005 os educadores que ganham menos estão tentando na Justiça a equiparação salarial. De acordo com ela, a diferença de salário entre professores nível I e II chega a R$ 500. “Todos somos educadores. Não entendo por que os rendimentos são diferenciados. O que queremos é que o piso salarial seja o mesmo”, disse.
Patrícia conta que o pedido de equiparação salarial só poderá ser feito a partir da criação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, que asseguraria a todos os educadores o mesmo piso salarial. “O enquadramento não foi considerado legal. Obtivemos esta informação do Indeccon. Para que a nossa reivindicação seja aceita é preciso que o PCCS seja feito”, contou.
“Tem um disparate no piso salarial entre professores nível 1 e 2. O que queremos é um piso igualado. Não estamos falando de regências, abonos, triênios ou outros adicionais, mas do piso salarial. Um salário igual para todos já será um grande avanço”, concluiu Patrícia.

Audiência não teve a participação do Sisep

Mais de 500 servidores em greve saíram de Petrópolis para participar de manifestação nas escadarias da Assembleia Legislativa (Alerj), enquanto aguardavam o resultado da reunião. A proposta de 3% de reajuste salarial, feita pelo prefeito Paulo Mustrangi na última sexta-feira, continua sendo negada pelos servidores. “A audiência serviu para que seja iniciado o calendário de negociações entre o governo e o Movimento Unificado dos Servidores Públicos. Ficou claro que não aceitamos o que foi proposto na semana passada e que a pauta deve ser negociada junto com o movimento, a partir dos nossos pedidos. São eles: 20% de reajuste salarial, incorporação dos abonos, Plano de Cargos, Carreiras e Salários, melhores condições de trabalho e não descontar os dias parados de quem aderiu à greve”, afirmou a representante no comando unificado, Ester Mendonça.
Apesar do desembargador ter convocado um membro do Sindicado dos Servidores Públicos de Petrópolis (Sisep), nenhum representante da instituição compareceu. O presidente do Sisep, Oswaldo Magalhães, justificou a ausência argumentando que não houve intimação formal exigindo o comparecimento. “Não fui à audiência porque não quero me envolver em briga política. Além disso, não recebemos nenhuma intimação oficial, senão teria ido. O Sisep não participará de atos que alimentam o debate partidário, por isso não entramos com nenhuma ação judicial contra o Sepe, contestando a sua representatividade”, falou. Oswaldo ainda criticou a postura do Sepe durante as assembleias. “Vamos fazer os servidores enxergarem que isso tudo é campanha política, com oratória para iludir. O Sisep não olha o bolso dos servidores, mas trabalha em sua defesa. Se tem gente se desfiliando, também temos demonstrações de apoio e novas filiações de funcionários contrários à greve”, completou o presidente do Sisep. Além da advogada do Sepe, participaram da audiência a coordenadora geral do Sepe, Vera Nepomuceno, o secretário municipal de Fazenda, Hélio Volgari, o procurador do Município, Henry Grazinoli, e dois representantes da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos. O desembargador manteve ainda a suspensão da liminar que questionava a legalidade do Sepe para representar a categoria e cancelou a multa de R$ 10 mil por dia por causa da paralisação.

Tribuna de Petrópolis 02/6/2010

NOTA DO SEPE:

Data: 01/06/2010

TJ confirma legitimidade do Sepe para negociar com a prefeitura de Petrópolis e dá um prazo de 20 dias para a realização de negociações entre governo e sindicatos


     Desembargador Luiz Felipe Haddad disse que legitimidade do sindicato para representar a categoria fica mais do que clara pela luta de mais de 30 anos em defesa da educação pública e na mobilização de milhares de pessoas em Petrópolis na luta por melhores salários e condições de trabalho

     Numa audiência de conciliação realizada na tarde desta terça-feira (dia 01 de junho), para tratar da greve nas escolas municipais de Petrópolis, o desembargador Luiz Felipe Haddad reconheceu a legitimidade do Sepe para realizar negociações com a prefeitura em nome dos profissionais da rede municipal e concedeu um prazo de 20 dias, a partir da próxima segunda-feira (dia 7 de junho), para que a categoria, a prefeitura e o Sindicato dos Servidores Públicos (Sisep) possam discutir a pauta de reivindicações dos professores e funcionários das escolas e solucionem o impasse que está provocando a greve por tempo indeterminado, desde o dia 13 de maio. A primeira rodada de negociações com o poder público municipal já foi marcado para o dia 9 de junho.

     O desembargador recusou as alegações dos representantes da prefeitura e do Sisep de que o Sepe não teria legitimidade para representar os educadores municipais de Petrópolis. Segundo Luiz Felipe Haddad, o histórico de 30 anos de lutas do sindicato em defesa da educação e as assembléias e manifestações em Petrópolis, que estão reunindo milhares de pessoas nas ruas é uma prova inconteste desta representatividade do Sepe.
Por fim, o desembargador manteve os efeitos suspensivos de uma liminar concedida por ele próprio contra uma ação da prefeitura de Petrópolis na Justiça da Capital, que questionava a legalidade do Sepe para representar a categoria e instituía uma multa de R$ 10 mil por dia de paralisação nas escolas após a concessão da liminar.

     Nesta quarta-feira (dia 02 de junho), os profissionais de educação farão uma assembleia, a partir das 14h, no Clube Petropolitano (Avenida Roberto Silveira, 82 – Centro de Petrópolis), para debater os resultados da audiência de conciliação e decidir pela continuidade da greve ou não. Pela manhã, a partir das 10h, o Sepe promoverá um encontro com os representantes das escolas municipais para preparar a assembléia da tarde.

Boletim Movimento Unificado dos Servidores Municipais - dia 1° DE JUNHO de 2010


Virou o mês e o Governo Municipal continua deixando os servidores sem uma proposta concreta e a população da Cidade sem serviços de educação e saúde. Perguntamos onde está o compromisso deste Governo ? Governo do PT que deveria estar defendendo os interesses dos trabalhadores.

Nós não desistimos da luta, ela é justa, é legal, tem a adesão dos servidores e o apoio da população.

Hoje fizemos um movimento mais amplo, denunciamos no Rio de Janeiro o que está acontecendo em Petrópolis, mais de 400 servidores desceram a Serra e se colocaram em frente a Assembléia Legislativa do Rio – Centro e lá TODOS os deputados estaduais escutaram nossa história, alguns se pronunciaram no microfone, lamentaram a intransigência do Governo e se colocaram a disposição da luta inclusive se comprometendo a interceder para que o Prefeito resolva o impasse.

E o mais importante milhares de pessoas que lá passavam souberam como são tratados os servidores públicos de Petrópolis e a quantas anda as políticas públicas desta Cidade Imperial.

Foi uma linda vigília, faixas, carro de som potente, e muito povo enquanto aguardava a audiência convocada pelo desembargador Luis Haddad.

O desembargador convocou a Prefeitura (o prefeito não foi mandou seu procurador e o secretário de fazenda), o SISEP (que não se fez presente mas mandou como representante uma Federação, que nunca
ouvimos falar e nada sabe da situação dos servidores de Petrópolis) e representante do nosso movimento através do SEPE.

Na audiência o desembargador não discutiu a representatividade do SEPE, nem a legalidade da greve, como queria a Prefeitura, o desembargador chamou a responsabilidade do governo à uma saída negociada, reconheceu que a luta e o movimento são legítimos e de certa forma disse que o que foi oferecido pelo Governo não foi suficiente pois os trabalhadores a rejeitaram e se mantiveram na greve, além de reconhecer que abono não é salário.

Rearfimou que há um impasse, que precisa ser resolvido entendemos que ele aposta que a saída é a negociação. E agendou um prazo para o fim do impasse.

Foi a intransigência do Governo que levou a necessidade de uma GREVE da EDUCAÇÂO e depois da SAÚDE, além de outros servidores que vem se preparando, o que tem trazido prejuízo direto ao estado de direito da população.

Sua interferência foi no sentido de indicar a necessidade de encontrar uma saída justa e negociada. Deste encontro ficou decidido e registrado em ata uma mesa de negociação entre a Prefeitura e representantes de TODOS os servidores para dia 9 de junho de 2010, onde honestamente esperamos que o Governo apresente uma proposta concreta e justa.

Neste encontro o desembargador não exigiu o fim da greve (considera legítimo essa forma de luta), no entanto fez uma indicação da suspensão da greve e ficou também registrado em ata que não cabe ao
comando essa decisão mas sim aos servidores reunidos democraticamente em assembléia.

Outro ponto de pauta da reunião foi a repressão e ameaças e o Governo disse na frente do juiz que não haverá retaliações, esperamos que cumpra a palavra e mais importante estarmos atentos para denunciar
qualquer investida neste sentido.

Nós servidores em luta o que ,mais queremos é negociar, mas deixamos claro que não abriremos mão de nossa armas que é a mobilização, organização e o povo na rua.

Nossa tarefa é avaliar nosso vitorioso movimento e decidir os próximos passos.

Obs: Nesta terça também uma comissão de servidores foi ao encontro do governador Sergio Cabral, que veio a Petrópolis fazer inaugurações, e entregamos uma carta onde solicitamos que interceda pedindo ao
prefeito que negocie.


Movimento Unificado dos Servidores Municipais

Tribuna de Petrópolis 02/6/2010

Le Partisans

Greve geral I
Para justificar os minguados 3% de reajuste que ofereceu aos servidores, a prefeitura divulgou o piso salarial de várias categorias. Assim, ficamos sabendo que o salário base dos comerciários é de R$ 582,00. As domésticas ganham R$ 581,88 e os metalúrgicos R$ 563,00. O salário dos porteiros é de R$ 562,12 e de zeladores R$ 510,00.

Greve geral II

Logo, os Partisans concluem que não são só os professores que ganham mal, meu Deus! Tá todo mundo ganhando uma miséria. Vamos fazer o seguinte: é greve geral!

Greve geral III

Se a prefeitura aceitar o desafio do Instituto Civis e divulgar os salários dos cargos em comissão o negócio vai piorar bastante.

Segredo I

No início do governo Mustrangi os Partisans, inocentemente, passaram adiante o apelido de um trio de secretários chamados – pelas costas, evidentemente – de Moe, Curly e Larry. Deu-se um sururu daqueles.

Segredo II

É por isso que os Partisans juram, solenemente, neste momento, que não vamos entregar os nomes dos integrantes do quarteto apelidado de Dedé, Didi, Mussum e Zacarias.


Mal na foto
Agora tá explicado o descontentamento do governador Sérgio Cabral com o prefeito Paulo Mustrangi por causa da greve dos professores de Petrópolis. Ele tinha agenda na cidade para entregar laptops para os professores e alunos da rede estadual e para inaugurar uma nova unidade de segurança, em Itaipava. Dar de cara com um movimento grevista ia estragar a foto.