MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Carta Aberta aos Deputados Estaduais do RJ

Aos ilustres senhores Deputados e Deputadas,

A "Cidade Imperial" está caminhando, a passos largos, rumo ao abismo.
Desde o dia 13 de Maio, data que os profissionais de educação escolheram para romper os grilhões que os oprimem, a "Cidade das Hortênsias" tem estampado o noticiário com manchetes vergonhosas.
Nossa população não merece ser tratada com desprezo.
Portanto, rogo aos(as) Senhores(as) Deputados(as), aos quais encaminho essa comunicação, que utilizem de sua experiência, prestígio e autoridade reconhecidos pelo povo do Estado do Rio de Janeiro, para auxiliar o povo petropolitano.
Compreendendo, o tempo dos senhores tão escasso, permitam-me resumir os acontecimentos dos últimos 15 dias:
13 de maio -  os servidores da educação, após inúmeras tentativas frustradas de serem recebidos pelo Governo Municipal para negociar reivindicações da categoria, declaram greve.  As principais reivindicações são por reajuste salarial de 20%, incorporação dos abonos, Plano de Cargos, Carreira e Salários e melhoria nas condições de trabalho. O Prefeito, Paulo Mustrangi (PT), via gabinete, anuncia que irá recebê-los no dia seguinte.
14 de maio – O Prefeito, Paulo Mustrangi (PT), notoriamente reconhecido por sua atuação sindical, declara não negociar com grevistas, e não atende os representantes dos servidores.  Além disso, condiciona as negociações ao fim da greve.  O Governo Municipal questiona, na Justiça, a legalidade da greve.
17 de maio – A Juíza Christianne Maria Ferrari Diniz, da 4a Vara Cível, negou o pedido de ilegalidade, julgando, portanto, a greve legal.  Em audiência pública, os vereadores aprovam a CPMI da "Merenda" para investigar possíveis irregularidades.
18 de maio – Os servidores da saúde de Petrópolis, em assembléia, juntamente com os educadores, resolve por estado de greve. O prefeito divulga na imprensa que o governo anterior desviou 25 milhões do Fundeb.
19 de maio – Ato público, em frente a Câmara de Vereadores, reúne 3000 (três mil) servidores de várias categorias (guarda municipal, saúde, limpeza pública e conservação).  Após o ato, os servidores municipais seguirão em passeata até o Palácio Sérgio Fadel (sede da prefeitura), de onde foram expulsos pelo batalhão de choque da PM.
20 de maio – O governo forma uma comissão de secretários (Fazenda, Administração e Segurança) e propõe ao Comando Unificado dos Servidores Municipais agendamento de novas reuniões para discutir as reivindicações. No dia 25 de maio - condições de trabalho. No dia 27 de maio - Plano de Cargos, Carreiras e Salários. No dia 1º de junho - incorporação dos abonos. No dia 3 de junho (feriado nacional) - reajuste salarial.  E, ainda no dia 8, as propostas serão finalmente fechadas.
21 de maio – Em assembléia, os servidores da Secretaria Municipal de Saúde, ainda em estado de greve,  decidiram pela paralisação da categoria a partir da próxima quarta-feira (26/05/2010). Cerca de 1,2 mil funcionários vão interromper as atividades.  Os funcionários das secretarias de Obras, Trabalho, Assistência Social e Cidadania, Habitação, da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis e da Guarda Municipal continuam em estado de greve.
24 de maio – O desembargador Luiz Felipe Haddad, atende pedido da prefeitura, que questiona a representatividade legal do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro) junto aos servidores da educação municipal.  Neste mesmo dia, houve o lançamento do Movimento Unificado dos Servidores.  Logo após,  houve assembléia conjunta para eleição de membros da comissão de negociação.
25 de maio – A comissão eleita para negociar em nome dos servidores, respeitando o calendário proposto em 20/05/2010 pelo governo, compareceu a Prefeitura para negociar.  No entanto, assistiram a uma coletiva de imprensa, na qual o Secretário de Fazenda anunciou que o governo municipal não irá negociar com os servidores enquanto membros do Sepe fizerem parte da comissão.
26 de maio – Assembléia da Educação elege nova comissão, desta vez, sem membros do Sepe. Cerca de 2 mil educadores dirigiram-se até Secretaria Municipal de Educação para solicitar audiência de negociação.  A Secretária, Sandra La Cava, exige cópia da ata da assembléia com a eleição dos novos membros, mas tranca-se em seu gabinete e não recebe ninguém.  Sem contraproposta do governo e nenhum sinal de diálogo, a Saúde dá início a Greve.
27 de maio – Ao analisar medida cautelar impetrada pelo Sepe, o desembargador Luiz Felipe Haddad, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça, reconhece a legalidade da atuação do Sepe. E, também, convoca uma audiência especial de conciliação, que será realizada no gabinete do desembargador, na próxima terça-feira a partir das 13h30m.  Servidores da educação procuram o prefeito no Palácio Sérgio Fadel e, novamente, não são atendidos para iniciar negociação.
Esta é a situação de momento - impasse.  Provocado por um prefeito que não se dispõe a negociar com seus servidores.  Estamos sob o risco de uma Greve Geral do Funcionalismo.  Não merecemos o descaso que sofremos.
Isto sem nos referirmos as perseguições políticas e o assédio moral que os servidores vem sofrendo.  Eventos esses que justificam nosso anonimato.  Mas, em momento oportuno, estes casos, que lembram tempos idos(?), serão encaminhados ao Ministério Público para serem apreciados em âmbito legal.
 Certo de que seremos atendidos prontamente, pela relevância dos fatos.
Atenciosamente.

                                                                              Liga dos Servidores Petropolitanos

Vitória da categoria em Petrópolis: Justiça derrota ataque de Paulo Mustrangi ao Sepe


Medida cautelar impetrada pelo Sepe foi acatada pelo desembargador Luiz Felipe Haddad, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça. Planos do prefeito Paulo Mustrangi de não legitimar a representação do Sepe junto aos profissionais de educação foi por água abaixo. Sentença também cancela multa diária de R$ 10 mil, determinada pela liminar obtida pelo prefeito e que agora foi cassada
O desembargador Luiz Felipe Haddad, relator do Tribunal Pleno do Órgão Especial do Tribunal de Justiça acatou requerimento do Sepe e cassou a liminar concedida na semana passada pela Justiça da Capital para a prefeitura de Petrópolis, que decretava a ilegalidade da greve dos profissionais das escolas municipais, determinava a volta imediata da categoria ao trabalho, além de não reconhecer a representatividade do sindicato no papela de representante dos profissionais e estabelecer uma multa diária de R$ 10 mil para cada dia de paralisação, a partir da data da publicação da liminar. O Departamento Jurídico do Sepe entrou com um recurso e, hoje (dia 27 de maio) conseguiu ganhar uma medida cautelar revogando todas as disposiçoes anteriores.
Na medida cautelar, o desembargador Luiz Felipe Haddad, relator, suspende a multa e reconhece a legalidade da atuação do Sepe à frente da luta dos profissionais de educação de Petrópolis. Também convoca uma audiência especial de conciliação, que será realizada no gabinete do desembargador, na próxima terça-feira (dia 1º de junho), a partir das 13h30m, convocando para a audiência representantes da Procuradoria do Município de Petrópolis, representante do Sepe e representante do SISEP - o sindicato apontado pelo prefeito como único e legítimo representante dos servidores de Petrópolis e que, agora, a sentença do Órgão Especial do TJ acaba de anular. 

Nota do Sepe: Sindicato repudia afirmações do prefeito Mustrangi

Data: 27/05/2010


Sindicato envia nota para toda a imprensa, esclarecendo motivos da greve da educação municipal, que completa hoje 14 dias, e responsabilizando o prefeito Paulo Mustrangi por sua postura autoritária e anti-democrática de tentar cassar na Justiça a representativade do sindicato nas negociações entre governo municipal e categoria.

O Sepe RJ vem a público esclarecer alguns aspectos da greve dos profissionais das escolas municipais de Petrópolis que, hoje, completa 14 dias, sem que, até o presente momento, o prefeito Paulo Mustrangi (PT) tenha feito qualquer esforço no sentido de abrir negociações com a categoria através do sindicato, que é o seu legítimo representante. O direito do Sepe de representar os profissionais de educação da rede municipal de Petrópolis é incontestável e está garantido pela Carta Sindical, conferida pelo Ministério do Trabalho em abril de 2010. No texto do documento, entregue em mãos ao sindicato pelo ministro do Trabalho Carlos Lupi,  o Ministério diz claramente que o sindicato tem o direito de representar os interesses dos profissionais de educação das redes públicas estadual e municipais no Estado do Rio de Janeiro. 

Ministério do trabalho garante representatividade do Sepe
Portanto, quando o prefeito de Petrópolis ajuíza uma ação na Justiça da Capital , na qual contesta a representatividade do Sepe para negociar em nome dos profissionais da Rede Municipal de Petrópolis, ele recai em duplo erro: o primeiro deles é o desconhecimento da lei; o segundo, é o de assumir uma postura autoritária e de descaso para com os educadores da rede municipal que, desde 2009, não tiveram qualquer tipo de reajuste para recomposição salarial.
Desde o início da mobilização dos educadores municipais, que redundou na greve atual, o governo municipal e a Secretaria de Educação não se preocuparam em abrir negociações, nem apresentar uma contraproposta para as reivindicações da categoria. Por sinal, em Petrópolis, não são apenas os educadores que se encontram em situação difícil por causa da falta de implementação pela prefeitura de uma política salarial e de valorização dos servidores públicos.

 Ineficácia de Paulo Mustrangi e do seu secretariado causa rejeição da população e insatisfação dos servidores
Tanto é verdade tal afirmação, que os movimento dos educadores acabou abarcando outros segmentos do funcionalismo, como a guarda municipal, limpeza urbana, obras públicas e saúde, sendo que esta última, completa hoje o segundo dia de greve por conta dos baixos salários e da falta de condições de trabalho.
Desde o dia 13 de maio, quando foi deflagrada a greve da educação municipal, os atos públicos e as assembléias promovidas pelos educadores e o conjunto dos servidores municipais em luta, têm reunido milhares de pessoas nas ruas da cidade e nos locais de concentração dos manifestantes, como a sede da prefeitura, Câmara de Vereadores e Secretaria Municipal de Educação. Em todos os atos promovidos até aqui, os educadores e as demais categorias tem recebido o total apoio da população petropolitana, que considera justas as nossas reivindicações.

Educadores rejeitam Sindicato escolhido pelo prefeito para entabular negociações
Hoje, a prefeitura publicou no site oficial do município uma nota informando que uma comissão formada pelos secretários Hélio Volgari (Fazenda), Leônidas Sampaio (Administração), Anderson Juliano (Comdep), Claudinei Portugal (Inpac) se reuniram ontem (dia 26/5), na prefeitura, com oi presidente do Sindicato de Servidores Públicos de Petrópolis (SISEP), Oswaldo Magalhães e demais representantes da entidade para debater a greve dos profissionais de educação. Segundo o secretário de Fazenda Sergio Volgari, coordenador da comissão do governo, é o SISEP a entidade que legalmente representa os servidores do município. Tal fato é negado veementemente pelos profissionais de educação que, em assembléia, lavraram uma moção de repúdio desconhecendo a delegação de poderes ao SISEP para representa-los e reafirmando o Sepe-RJ como o legítimo representante dos seus interesses.

Prefeitura mente ao denunciar “invasão” da Secretaria de Educação ontem (dia 26/5)
 No site, a prefeitura também afirma que, no dia 26/5, representantes do Sepe e integrantes do movimento grevista invadiram, por volta das 13h30m a sede da Secretaria de Educação, afirmando que não sairiam do local até que a secretária Sandra La Cava os recebesse em audiência. Nesta nota, o secretário Hélio Volgari acusa os servidores de invadir um prédio público e de manter servidores que ali estavam, inclusive a secretária, em cárcere privado.
O Sepe esclarece que o ato na porta da SME aconteceu após a realização de uma passeata pelas ruas do centro do município, depois que os profissionais votaram a continuidade da greve.
Na porta da SME, os profissionais solicitaram uma audiência com a secretária, que se recusou a receber o sindicato, mas aceitou a entrada de um a comissão de oito profissionais (professores, serventes, inspetores e merendeiras) para uma audiência. Como o prefeito proibiu o Sepe de participar das negociações, os dirigentes do sindicato ficaram do lado de fora e não entraram no prédio da secretaria.
A comissão da categoria entrou, mas acabou não sendo recebida por Sandra La Cava que alegou “motivos de saúde”. Este desencontro, no qual que a secretaria aceitou negociar com a comissão e, logo depois, voltou atrás e deixou os profissionais esperando durante horas, criou um mal-estar entre funcionários da SME e os membros da comissão, surgindo daí, os boatos de que a categoria promoveu uma ocupação do espaço para forçar a audiência.

Prefeito e secretário de Administração não sabem o que significa o termo público
 O Sepe gostaria de esclarecer o governo municipal que ninguém “invadiu” o prédio da SME. Até porque o mesmo é um espaço público, mantido com os impostos pagos pela população, que tem todo o direito de ter acesso a ele e a pedir esclarecimentos e satisfação aos servidores que nele trabalham. O sindicato também lamenta que um prefeito, oriundo de um partido com fortes ligações históricas com o movimento dos trabalhadores e eleito por ampla maioria da população, rasgue o seu passado político e, agora, se recuse a negociar com os trabalhadores da educação municipal e até mesmo duvide da representatividade de um sindicato de luta em defesa da educação pública, como o Sepe. Se existe intransigência ou culpa pelo fato da greve já durar 14 dias e, a cada dia, o movimento ganhar mais força junto à população e ao conjunto dos servidores municipais que se integram na luta pela conquista dos seus direitos, estas são todas do prefeito Paulo Mustrangi, que por interesses políticos mesquinhos, virou as costas para os servidores públicos e para a população do município de Petrópolis.

SEPE- RJ – SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

Petrópolis existe? 2

Pois é,  quando escrevi o "Petrópolis existe?" não imaginei que, tão rapidamente, estaria redigindo o Petrópolis existe? 2. Mas, devido a  enxurrada de barbaridades que se sucederam nas últimas doze horas, não tive como me esquivar. Cá estou eu a registrar a sucessão inédita de coisas que só acontecem em Petrópolis. Aquele que se intitula nosso representante - o SISEP- senta com o prefeito em uma audiência e se declara contra a greve da educação -fato previsível, aliás, os seus dirigentes são "previsíveis"- pois nos mais de dez anos que "representa" a categoria nunca moveu uma palha para que os servidores conquistassem alguma coisa. Só em Petrópolis. A senhora secretária de Educação sai da secretaria, acompanhada de sua "incrível" diretora do departamento de educação,  numa ambulância alegando estar passando mal, encenando um circo ridículo só para não atender a comissão de negociação. Ordens, com certeza, de seus superiores. Só em Petrópolis.(Será que , finalmente, ela larga o cargo?) A comissão "Dedo duro", organizada pelo senhor presidente do INPAS, formada por um grupo de servidores constrangidos continua a ir às escolas para , na realidade, saber o quê? Só em Petrópolis. Estamos em greve e ponto. Não precisa gastar gasolina e tempo dos funcionários com essa cretinice. Basta ir às assembléias, às passeatas que vai ver todo mundo lá. A assessora de comunicação da prefeitura ( Uma pessoa pela qual muitos de nós tínhamos respeito e prezávamos  o seu trabalho) vai para a televisão dizer que a senhora secretária de educação estava em cárcere privado criado pelos servidores da educação que estavam em frente à secretaria aguardando , diga-se de passagem, pacientemente, que os recebessem. O "cárcere privado" foi  criado pela própria secretária que se trancou em seu gabinete por horas a fio para não atender ninguém. Só em Petrópolis. Para concluir a edição de hoje: quem é ou quem são os mentores do prefeito? Estou impressionada com a "inteligência", a "sagacidade", a "capacidade" deles. Estão destruindo o pouco que restava do governo, enterrando de vez a carreira política do prefeito e, ainda, tirando milhares de votos da candidata do próprio partido do prefeito, senhora Dilma Roussef. Só em Petrópolis.

Boletim Movimento Unificado dos servidores Municipais

Petrópolis em LUTA - 26 de maio de 2010 – quarta-feira

Mais um dia de ÁRDUA LUTA dos servidores públicos em defesa de direitos mínimos de qualquer trabalhador como reajuste salarial , condições de trabalho e qualidade dos serviços prestados.
Nunca imaginamos que num Governo do Partido dos Trabalhadores tivéssemos que lutar tanto para conseguir dialogar e garantir direitos.

A Educação ás 10h dá início sua assembléia que após ampla discussão decidiu pela continuidade da greve por considerar que o Governo não quis dialogar, em seguida fizeram um enorme passeata pela Avenida, esclarecendo a população os motivos da luta e chamando o Governo a sua responsabilidade, Na passeata flores foram distribuído à população em agradecimento ao apoio que cresce a cada dia , apesar de ser  a maior prejudicada .
O grupo permaneceu em vigília (até ás 20 h) em frente a Secretaria de Educação na tentativa de dialogar com a secretaria, que não os recebeu. São 13 dias de greve, são 13 sem aula, sem merenda, ... e os poucos fura greve perguntamos como fica a qualidade do ensino neste processo , ou a única preocupação é com estatística ?
 Reafirmamos que o único responsável é o Prefeito que tem o poder de dar fim a este impasse, no entanto preferiu recorrer a justiça para “negociar” apenas com o SISEP, sindicato cartorial que existe para se beneficiar do imposto sindical, não para defender os trabalhadores que representa. ( a última vitória do SISEP foi de reajuste 0 % ).
O governo desconsidera a representatividade que milhares de servidores públicos  todos os dias colocando a cara na rua, apesar das ameaças , da opressão e do descaso.

Hoje o movimento teve um reforço importante  recebeu a adesão dos profissionais da SAÚDE que após esperar em vão resposta do Governo as sua justas reivindicações foram obrigados também entrar em greve, lamentando usar seu último recurso – GREVE -  por entender que o único prejudicado com o fechamento dos serviços é a população, mas que esclarece que o Governo não deixou outra alternativa.
Às 14 horas começou a concentração em frente a Secretaria de Saúde ( Rua Piabanha)  profissionais da saúde ( enfermeiros,  sanitaristas, motoristas, pessoal de manutenção, médicos, assistentes sociais, dentistas, pessoal de copa, limpeza, administração, psicólogos .... – TODOS essenciais para o funcionamento do serviço) trabalhadores que cuidam da saúde deste povo apesar das péssimas condições de trabalho.
A primeira providência do comando do Movimento foi tentar um diálogo com a Secretária, que encontrava-se na casa, mas que infelizmente não se dispôs a conversar.
Então ali mesmo na rua iniciamos um ato, e para a abertura os profissionais cantaram o Hino Nacional, pois entendemos que lutar por dignidade é um ato cidadão e cívico.
Em seguida mais de 600 profissionais da Saúde votaram por unanimidade pela continuidade da greve.
E debaixo de uma chuva torrencial realizamos uma passeata (foi incrível a demonstração de disposição da SAÚDE), esclarecendo a população os motivos da luta e reafirmando que o único responsável pela falta de serviço de saúde é do prefeito que insiste em não abrir diálogo e negociação.
Foi emocionante, apesar de ser o maior prejudicado, as manifestações de apoio da população.
Na frente do Palácio Koeler, a passeata parou e clamou ao “ prefeito da saúde” que resolvesse o impasse. Mais uma vez não respondeu.
A luta vai continuar e nesta quinta feira às 10 horas na Praça da Inconfidência os trabalhadores da saúde irão realizar uma nova assembléia, onde irá avaliar a luta, votar as diretrizes e se organizar para ampliação da luta.
Mantemos firme a esperança de não precisarmos ficar mais dias em greve  dependemos apenas de proposta e negociação do Prefeito com a comissão representante do movimento escolhida em assembléia para negociação.

O Movimento Unificado dos Servidores Públicos entrou com um pedido no Ministério público do Trabalho de ilegitimidade do SISEP em representá-lo devido a omissão deste sindicato em defesa dos servidores públicos, e solicitando que seja reconhecido O MUSP ( Movimento Unificado dos Servidores Públicos ) o represente .
Esperamos que a justiça diga ao Prefeito o que sua cegueira não quer enxergar - que o que representa o trabalhadores é o grito de centenas e milhares de servidores que diariamente vem a rua.
A luta continua outros setores apontam sua entrada no movimento, estão se organizando para se necessário fazermos uma GREVE GERAL dos servidores.
Enquanto isso reforçamos que será o povo na rua que demonstrará a esse governo como deve governar e  a que interesse deve defender
Por respeito aos servidores públicos, por atendimento as sua reivindicações, por condições de trabalho, por serviços públicos de qualidade, por transparência nas verbas e políticas públicas.

Reafirmamos que a comunidade pode ajudar:
-  Assinando o abaixo-assinado que está disponível na praça D. Pedro- Centro e nos Bairros c/ A.M.
 - Enviando E-mail ao prefeito E-mail: gap@petropolis.rj.gov.br 
secretaria E-mail: ssa@petropolis.rj.gov.br  e telefonando para prefeito tel 2246-9320 pedindo negocie e apresente propostas concretas para os servidores municipais em luta.

MOVIMENTO UNIFICADO dos SERVIDORES PÚBLICOS

Petrópolis!? Que Petrópolis?

Às vezes me pergunto se Petrópolis existe. Ultimamente- mais especificamente nas últimas duas semanas - essa pergunta não sai da minha cabeça. Como uma cidade tão conhecida, com o título de imperial  ( e com toda a pseudo arrogância e prepotência dos nobres) pode ter políticos tão ruins?  Será que é a herança do império? Isso se tornou atávico nas descendências petropolitanas?  As coisas que acontecem aqui são ímpares. Por exemplo: um prefeito e mais meia dúzia de seus secretários - todos petistas de carteirinha, sindicalistas atuantes- dizem que não negociam com grevistas. Dá para acreditar? Só em Petrópolis. Um sindicato que diz representar o interesse dos servidores e se omite  num momento de greve? Só em Petrópolis. Um governo que se expõe ao ridículo de mandar seus asseclas ( que aceitam essa função medíocre) às escolas da rede para recolher o famigerado ponto dos funcionários para saber quem está em greve? Só em Petrópolis. E tem mais. Quem organiza os roteiros para essa importante tarefa de recolhimento dos pontos ser o presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do município? Só em Petrópolis. Um prefeito que manda entregar merenda às escolas que estão em greve para que a mesma estrague e culpar os funcionários em greve? Só em Petrópolis. Uma secretária de educação - doutora , professora universitária - ser "fritada" pelo próprio governo que a conduziu ao cargo e ainda se manter no posto sem a menor vergonha de estar exposta a tantos ataques? Só em Petrópolis. Um governo que diz estar aberto às negociações mas que não apresenta nenhuma contra-proposta e apresenta um calendário de negociações em que uma das datas é feriado? Só em Petrópolis.  É , gente... Petrópolis existe?

O Último Discurso O Grande Ditador - Charles Chaplin

Que este lindo texto do Chaplin alimente nossa alma, para que
continuemos a ter força, coragem e ânimo nesta luta que é justa e legítima.

Nós, trabalhadores, precisamos ter a certeza de que se nos mantivermos UNIDOS
conquistaremos nossos direitos.
Não podemos ceder a ameaças e pressões.
E não esqueçam que a luta continua. ATÉ A VITÓRIA !!!

              
Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar - se possível - judeus, o gentio ... negros ... brancos. Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades. O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma do homem ... levantou no mundo as muralhas do ódio ... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, emperdenidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem ... um apelo à fraternidade universal ... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora ... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas ... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia ... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem os homens, a liberdade nunca perecerá. Soldados! Não vos entregueis a esses brutais ... que vos desprezam ... que vos escravizam ... que arregimentam as vossas vidas ... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar ... os que não se fazem amar e os inumanos. Soldados! Não batalheis pela escravidão! lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela ... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo ... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice. É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progreso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos. Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergues os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!