MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Saiu na Mídia 10:



http://www.tnonline.com.br/noticias/brasil/33,23559,20,05,greve-de-professores-continua-e-deixa-50-mil-sem-aulas.shtml

Saiu na Mídia 9:

Paralisação na rede escolar

Professores de Petrópolis mantêm greve

Acabou neste momento a assembleia geral dos profissionais de educação das escolas municipais de Petrópolis. Eles decidiram continuar a greve, iniciada no último dia 13. A continuidade será por tempo indeterminado. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) quer que o prefeito Paulo Mustrangi (PT) apresente uma contraproposta para as reivindicações da categoria.
As reivindicações dos profissionais das escolas municipais de Petrópolis são as seguintes: implementação imediata de um plano de carreira unificado (englobando professores e funcionários); reajuste de 20% para recomposição das perdas salariais dos últimos anos; incorporação dos abonos; e redução da jornada de trabalho dos funcionários administrativos de 40 horas para 30 horas.

http://extra.globo.com/geral/casosdecidade/posts/2010/05/21/professores-de-petropolis-mantem-greve-293674.asp

Saiu na Mídia 8:

Servidores da educação ganham menos de 1 salário mínimo em Petrópolis

Camila Elias | Estado do Rio | 20/05/2010 12:29
Mais de 50 mil alunos estão sem aula em Petrópolis. Desde o dia 13 de maio, os funcionários da rede municipal de ensino estão em greve. Os demais servidores do município decretaram estado de greve na sexta-feira. O protesto é para reivindicar melhores condições salariais e de trabalho.

"Estamos há dois anos sem aumento. Tem funcionário que ganha menos de um salário mínimo. Auxiliar de serviços gerais ganha R$ 415, zeladores e inspetores recebem R$ 456, por exemplo. Já vi contra-cheque com valor líquido de R$ 271. Além disso, as merendas precisam melhorar. Muitos alimentos chegam com a validade vencida, duros e faltam ingredientes para a preparação da refeição. A falta de estrutura atrapalha. Não somos bons educadores quando não tem material", argumenta a professora e diretora do sindicato de Educação.

A proposta dos servidores é reajuste de 20%, incorporação dos abonos salariais, contratação de mais funcionários, participação em Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e melhores condições de trabalho.

Nesta quinta-feira, a comissão de greve participa de assembleia com a prefeitura, às 15h. Após a reunião, a categoria irá avaliar se mantém ou não a paralisação.

http://www.sidneyrezende.com/noticia/87074+servidores+ganham+menos+de+1+salario+minimo+e+fazem+greve+em+petropolis

Saiu na Mídia 7:

Educação: Justiça decretou legalidade da greve da rede municipal de Petrópolis

Nesta segunda-feira, dia 17 de maio, a juíza Christiane Ferrari Diniz, da  4ª Vara Cível da Comarca de Petrópolis, julgou e negou um pedido do prefeito Paulo Mustrangi de decretação da ilegalidade da greve dos educadores das escolas municipais de Petrópolis, em greve desde o dia 13 de maio.
Como a greve foi considerada legal pela Justiça, a Prefeitura não poderá cortar o ponto da categoria que, nesta terça (18/5) dará uma aula pública na Praça D. Pedro e, a partir das 18h, realizará uma nova assembleia geral na praça da Câmara dos Vereadores para decidir os rumos da paralisação. Esta assembleia será unificada, reunindo servidores municipais de Petrópolis, que também ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado.
As reivindicações dos profissionais das escolas municipais de Petrópolis são as seguintes: implementação imediata de um plano de carreira unificado (englobando professores e funcionários); reajuste de 20% para recomposição das perdas salariais dos últimos anos; incorporação dos abonos; e redução da jornada de trabalho dos funcionários administrativos de 40 horas para 30 horas.

http://www.serjusrj.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=378&Itemid=140

Saiu na mídia 6:

Greve de professores continua e deixa 50 mil sem aulas em Petrópolis - RJ

Entre as reivindicações dos docentes estão reajuste de 20% e plano de cargos e salários

Uma greve de professores e servidores da rede municipal de educação de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, deixa 50 mil alunos sem aulas desde a última quinta-feira (13). Os servidores apresentaram uma pauta com 20 reivindicações, entre elas reajuste de 20% nos salários, incorporação de gratificações e a criação de um plano de cargos e salários.

A prefeitura prometeu receber os representantes dos professores na tarde desta quinta-feira (20), quando deve apresentar uma contraproposta para os grevistas, que têm assembleia marcada para a sexta-feira (21) para decidir se continuam ou não o movimento.

O sindicato da categoria denuncia que há profissionais recebendo um salário menor que o mínimo nacional, enquanto o prefeito diz que a falta de diálogo com os grevistas foi uma falha da secretaria de Educação.

http://guiame.com.br/v4/43532-1728-Greve-de-professores-continua-e-deixa-50-mil-sem-aulas-em-Petr-polis-RJ.html

Saiu na Mídia 5:

Publicado em 19/05/2010 - 15:13:52
Greve dos servidores da educação em Petrópolis já prejudica pais de alunos

Pais de alunos que precisam trabalhar não têm com quem deixar os filhos


A greve dos servidores municipais da educação em Petrópolis já se arrasta desde quinta-feira passada. Agora, os pais de alunos estão sofrendo com a proporção do problema. É que sem aulas, os pais que precisam trabalhar ficam sem ter com quem deixar os filhos.

Os servidores municipais pedem reajuste salarial e um plano de carreira, cargos e salários. Ontem o prefeito de Petrópolis, Paulo Mustrangi, decidiu abrir a negociação com os professores, mas procurou apenas aqueles que já voltaram ao trabalho. O resultado é que a situação continua a mesma: as escolas permanecem fechadas e os alunos sem aula.

Segundo a Prefeitura são 100 escolas paralisadas, 55% do total. Já o sindicato da categoria diz que são 160 escolas fechadas, 90% da rede.

Nesta tarde, os servidores da educação se reúnem na praça Dom Pedro e depois farão uma passeata pelas ruas do Centro de Petrópolis.

http://intertvonline.globo.com/rj/noticias.php?id=9282

Saiu na Mídia 4:

Greve nas escolas de Petrópolis e as lutas dos profissionais de Educação



Brasil - Laboral/Economia
 
220510_petropolis Sindicalismo militante - Os professores e funcionários da rede municipal de Petrópolis estão em greve, lutando por melhores salários e plano de carreira.
Todos sabemos que eles têm impacto direto sobre a própria qualidade da educação pública: quanto melhores são os salários e as condições de trabalho do profissional de educação, mais tempo e empenho (resultado da valorização) ele tem para dedicar-se à escola e ao ensino.
O exemplo dos profissionais de Educação de Petrópolis serve para professores e funcionários das outras redes: somente a organização e luta pode transformar a realidade de arrocho salarial enfrentada na maior parte das redes públicas do estado. É por isso que nós do Sindicalismo Militante sempre insistimos: é necessário que os professores e funcionários se organizem para a atuação sindical, pois esse é o caminho concreto para aqueles que desejam modificar profunda e coletivamente o cenário atual da educação pública.
A organização dos professores e funcionários precisa acontecer no próprio espaço da escola, nos locais de trabalho, reconhecendo esse espaço como o chão necessário do Sindicato, a raiz da atuação sindical. Ou seja, precisamos ter em mente que a escola deve ser, em certa medida, parte do Sindicato. Não podemos mais compartilhar a concepção distanciada do Sindicato em relação aos trabalhadores, "eles lá e eu aqui". Isso só reforça a burocratização e não contribui para a organização da classe trabalhadora no sentido das lutas pelas transformações sociais necessárias, já que não cria raízes sólidas do Sindicato entre os professores e funcionários.
Outro aspecto interessante da situação de Petrópolis, mas que se verifica, também, em diversos outros municípios: a atuação do PT no governo. O PT no governo municipal, seja em Petrópolis ou Nova Iguaçu, ou como parte do governo, como no Rio de Janeiro ou Cabo Frio, é tão maléfico para a Educação quanto os governos dirigidos pelos partidos que tradicionalmente representam os interesses da elite econômica brasileira (PSDB, DEM/PFL, PMDB etc.). Além de apresentar o mesmo projeto de Educação dos partidos que sempre representaram os interesses da elite, reagem da mesma forma à organização dos trabalhadores: por meio da repressão aos movimentos. Não deve assustar a ninguém um prefeito do PT chamando a Tropa de Choque; basta lembrar da determinação nacional do presidente Lula: que se corte o ponto de todos os grevistas e declare as greves ilegais (http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/05/lula-pede-que-ministros-endurecam-com-servidores-em-greve.html).
Viva a luta dos profissionais de educação de Petrópolis!
Que sirva de exemplo aos professores e funcionários das outras redes!

http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=3034:greve-nas-escolas-de-petropolis-e-as-lutas-dos-profissionais-de-educacao&catid=58:laboraleconomia&Itemid=69

Saiu na Mídia 3:

Em greve, servidores de Petrópolis esperam proposta
 
20 de maio de 2010 • 13h53 • atualizado às 13h53


Servidores municipais estão há uma semana em greve
Servidores municipais estão há uma semana em greve
20 de maio de 2010
Marcelo Gonçalves/vc repórter

Uma reunião às 15h desta quinta-feira deve discutir a pauta de reivindicações dos servidores municipais de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, com a prefeitura. Em greve desde o dia 13, eles pedem reajuste de 20%, incorporação dos abonos, plano de carreira discutido com os servidores e melhores condições de trabalho.
De acordo com os Patrícia Mafra, diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-Núcleo Petrópolis) é esperado por todos os servidores que nesta reunião sejam apresentadas propostas concretas às reivindicações dos trabalhadores.
A reunião foi agendada durante um encontro entre o secretário Chefe de Gabinete, Carlos Abenza, acompanhado de alguns secretários de governo, e uma comissão de servidores, no Palácio Sérgio Fadel, na tarde esta quarta-feira. Será a quarta reunião desde o início da greve.
Segundo dados da Secretaria de Educação do município, 54% das escolas estavam em greve, 30% da rede funcionou plenamente e 16% de forma parcial.
As propostas devem ser apresentadas às 16h em frente à Câmara dos Vereadores da cidade.

http://noticias.terra.com.br/interna/0,,OI4441104-EI11491,00.html

Saiu na Mídia 2:

Greve de professores continua e deixa
50 mil sem aulas em Petrópolis (RJ)

Entre as reivindicações dos docentes estão reajuste de 20% e plano de cargos e salários

Uma greve de professores e servidores da rede municipal de educação de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, deixa 50 mil alunos sem aulas desde a última quinta-feira (13). Os servidores apresentaram uma pauta com 20 reivindicações, entre elas reajuste de 20% nos salários, incorporação de gratificações e a criação de um plano de cargos e salários.

A prefeitura prometeu receber os representantes dos professores na tarde desta quinta-feira (20), quando deve apresentar uma contraproposta para os grevistas, que têm assembleia marcada para a sexta-feira (21) para decidir se continuam ou não o movimento.

O sindicato da categoria denuncia que há profissionais recebendo um salário menor que o mínimo nacional, enquanto o prefeito diz que a falta de diálogo com os grevistas foi uma falha da secretaria de Educação.

http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/greve-de-professores-continua-e-deixa-50-mil-sem-aulas-em-petropolis-rj-20100520.html

Saiu na Mídia 1:

Greve deixa 50 mil sem aulas em Petrópolis

Publicada em 19/05/2010 às 23h33m
Jaqueline Ribeiro

RIO - Um impasse nas negociações entre a Prefeitura de Petrópolis e servidores da rede municipal de educação, em greve desde o dia 13, prejudica mais de 50 mil alunos de escolas e creches municipais. Um ato nesta quarta-feira reuniu mais de dois mil e quinhentos manifestantes, entre funcionários em greve e servidores de demais setores, em estado de greve.
Desde quinta-feira, grevistas fazem protestos no Centro Histórico. Segundo o sindicato da categoria, a pauta de reivindicações é composta por 20 itens, sendo os mais importantes: o reajuste de 20% nos salários, a incorporação dos abonos, a redução na jornada de trabalho e a elaboração de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).
- Temos servidores que têm piso salarial de R$ 457, abaixo do salário mínimo - disse o diretor do sindicato Jorge César Gomes Maia.
O prefeito Paulo Mustrangi atribui a paralisação à falta de diálogo entre e categoria e a Secretaria de Educação:
- Uma das questões mais importantes para os servidores é a implantação do PCCS do magistério, que resolve grande parte das reivindicações da categoria. Pelo que constatei com as professoras com quem conversei, essa informação não foi repassada ao magistério. Falha da secretaria, das diretoras.

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/05/19/greve-deixa-50-mil-sem-aulas-em-petropolis-916635029.asp

Assembléia geral dos educadores municipais de Petrópolis acaba de votar pela continuidade da greve




Os profissionais das escolas municipais de Petrópolis acabam de realizar uma assembléia geral na tarde desta sexta-feira (dia 21/5) e decidiram continuar em greve por tempo indeterminado até que o prefeito Paulo Mustrangi (PT) apresente uma contraproposta para as reivindicações da categoria.
Na próxima segunda-feira (dia 24/5), a categoria fará uma nova assembléia geral para avaliar os rumos da greve, iniciada no último dia 13 de maio. A assembléia será realizada na Praça da Câmara de Vereadores, a partir das 15h. Logo após o encontro, os profissionais de educação sairão em passeata pelas ruas do centro do município.
O prefeito Paulo  Mustrangi não apresentou, até o presente momento, qualquer proposta concreta para as reivindicações dos professores e funcionários, a não ser a de condicionar a abertura das negociações ao fim da greve na Educação.
As reivindicações dos profissionais das escolas municipais de Petrópolis são as seguintes: implementação imediata de um plano de carreira unificado (englobando professores e funcionários); reajuste de 20% para recomposição das perdas salariais dos últimos anos; incorporação dos abonos; e redução da jornada de trabalho dos funcionários administrativos de 40 horas para 30 horas.


http://www.seperj.org.br/site/informativos/index.php?id=1297

Alerta!

Porque tanta lentidão nas negociações ?!?!

Precisamos entender porque o poder público municipal de Petrópolis vem adiando e tratando em “banho-maria” as reivindicações dos servidores, principalmente as que se referem a aumento salarial e à implementação do PCCS. Será por total incompetência como dizem, ou por muita competência?? Vocês acreditam que sindicalistas profissionais como nosso governante e muitos de seus secretários não entendem disso?? Seria o mesmo que acreditar em duendes e Papai Noel, acreditem.
A lei do Orçamento para 2011, ou seja, a “grana” que deverá ser destinada para as despesas da prefeitura deverá ser definida agora, até junho!!! Portanto, se não ficarmos “espertos” a grande desculpa será a de que os recursos financeiros não foram comprometidos para o nosso aumento !!!
Porque será que o PCCS está sendo “empurrado com a barriga”?? A aprovação no 2º semestre de 2010 e, portanto, somente no orçamento de 2012 ?!?!  Que tal? É isso que queremos??
E no último ano de gestão tudo pode acontecer, inclusive não termos os salários pagos em dia e o não pagamento do PCCS.  Parece terrorismo, mas é a pura verdade !!!
Vejam o edital abaixo da CMP e verifiquem os prazos “apertados” abaixo e vamos à luta !
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!!!!                    
Algumas servidoras da Educação

                                        EDITAL nº 022/10 (DSL)
A Presidência da Câmara Municipal de Petrópolis e a Comissão de Finanças e Orçamento COMUNICAM que está aberto o prazo de 15 (quinze) dias, para a apresentação de emendas ao Projeto de Lei GP-150-CMP-07/2010 que “Dispõe sobre as diretrizes para elaboração da Lei Orçamentária de 2011 e dá outras providências”, dos Senhores Vereadores e da Comunidade, a partir de 19 de maio em curso até 02 de junho de 2010, com base no que dispõe o art. 124 e seus parágrafos do Regimento Interno. As emendas deverão ser protocoladas na Secretaria Legislativa da Câmara Municipal de Petrópolis, das segundas às sextas-feiras, das 13:00 às 18:00 horas.
Outrossim, informa-se que a AUDIÊNCIA PÚBLICA para a defesa das propostas apresentadas será realizada no dia 07 de junho de 2010, a partir das 18:00 horas, no Plenário da Câmara de Petrópolis, sito à Praça Visconde de cMauá, 89 – Centro, Petrópolis/RJ.     Petrópolis, 18 de maio de 2010-05-21  Bernardo Rossi – presidente da CMP
Jorge Martins – Jorginho BANERJ - presidente da Comissão de Finanças e Orçamento

EM TEMPOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA...


Em tempos de gestão democrática, e lá se vão 13 anos da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação que no seu artigo 3º nos aponta como um dos princípios da educação em nosso país a gestão democrática do ensino público, o tempo do “sabe com que está falando” ou “manda quem pode e obedece quem tem juízo” na esfera educacional já não existe mais.

A democracia brasileira, conquistada a duras penas por muitos que vieram antes de nós, não condiz mais com práticas autoritárias e conservadoras na gestão pública. Portanto, a falta de diálogo, de participação, de transparência e de decisão coletiva nos vários setores (administrativo, pedagógico e financeiro) da gestão da educação pública, principalmente na instância municipal onde estas práticas democráticas se tornam ainda mais viáveis diante da proximidade do órgão central com as escolas de sua rede, gera situações de conflito e intolerância como as que estamos vivenciando nestes últimos dias em nossa cidade.

É preciso compreender este momento como inevitável, ou seja, decorrente de uma prática de gestão não democrática, que não se fez atenta às insatisfações que há décadas afetam os servidores da educação e aos problemas diversos vivenciados por nossas escolas públicas municipais. 

É urgente que se instaure o diálogo e a negociação entre poder público e os servidores públicos em greve, pois as reivindicações, além de serem justíssimas, só revelam o estado precário das condições de trabalho nas escolas públicas municipais e os salários indignos recebidos pelos profissionais da educação, em particular a aviltante remuneração do pessoal de apoio abaixo do salário mínimo.

As péssimas condições de trabalho se referem principalmente: aos exíguos recursos financeiros recebidos mensalmente pelas unidades escolares para a manutenção das mesmas com boa qualidade; ao déficit de recursos humanos para o trabalho necessário a ser realizado nas escolas a fim de garantir um atendimento digno à comunidade escolar que paga através de seus impostos por essa educação pública; e à baixa qualidade dos produtos recebidos para a elaboração da alimentação escolar.

É inadiável, portanto, que o poder público sinalize sua preocupação com a normalização do atendimento escolar à população com propostas concretas que possam fazer com que os servidores reconheçam o respeito merecido e vejam atendidas minimamente suas reivindicações. 

Algumas servidoras da Educação

Sem receber qualquer proposta, os professores decidem manter greve



Centenas de profissionais da Educação aguardaram, sob chuva, na praça da Câmara, o resultado da reunião entre secretários e líderes do movimento sindical. / ROQUE NAVARRO


MARIANNY MESQUITA
Redação Tribuna de Petrópolis 21/05/2010


A comissão de secretariado do governo municipal não apresentou contraproposta às reivindicações apresentadas pelo Comando Unificado dos Servidores Municipais, durante as três horas de reunião fechada no Palácio Sérgio Fadel, sede da prefeitura. Os profissionais da Educação mantêm a paralisação e as secretarias de Saúde, Obras, Trabalho, Assistência Social e Cidadania, Habitação, Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis e Guarda Municipal continuam em estado de greve. Hoje, os servidores da Saúde farão assembleia para votar pelo início ou não da paralisação, às 18h no Sindicato dos Metalúrgicos, na Rua Floriano Peixoto, no Centro.
                Com o frio e chuva de ontem, a manifestação na Praça Visconde de Mauá, em frente à Câmara Municipal, contou com cerca de 500 servidores. O grupo, que aguardava a contraproposta do governo, ficou desapontado ao receber apenas um calendário de pautas dos assuntos que serão discutidos nas próximas semanas. “A reunião não foi satisfatória porque esperávamos poder negociar e, sem contraproposta, não foi possível. Os secretários ficaram falando da dívida de mais de R$ 200 milhões deixada pelo governo passado e alegaram que, por isso, não tinham condições de atender aos nossos pedidos. No ano passado, enrolaram durante todo o ano e não houve reajuste salarial na data base. Agora, fixaram um calendário de reuniões. Querem fazer o mesmo! O governo não acredita em nosso movimento, por isso temos que mostrar ainda mais força”, afirmou o diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/RJ), Jorge Cézar Gomes.


           Em estado de greve desde a última quarta-feira, uma comissão de servidores municipais da saúde fará visitas nos hospitais e postos de saúde da cidade para mobilizar os demais funcionários da área. “Os profissionais não aguentam mais trabalhar com o teto caindo em suas cabeças. Esperamos melhorias nas condições de trabalho há mais de um ano. Hoje, percebemos que o governo não quer negociar. Por isso temos que votar pela paralisação das atividades na assembleia de amanhã”, disse a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio de Janeiro, Mônica Maia.
            De acordo com a diretor do Sepe, as reivindicações por reajuste salarial de 20%, incorporação dos abonos, Plano de Cargos, Carreira e Salários e melhoria nas condições de trabalho são as pautas para o início das negociações. Além disso, o grupo quer garantias de que não haverá punição para quem aderiu à greve. “Estes pedidos são de todo o funcionalismo, e não apenas dos profissionais da Educação. Nos próximos dias, cada categoria vai fazer a sua assembleia e apresentar pontos mais específicos a serem negociados com o governo.
             Queríamos que o governo fizesse sua contraproposta para podermos, então, dar início a uma negociação. Não queremos marcar novas reuniões. Não é o que esperamos”, completou o diretor do Sepe.

Especialista fala sobre direitos dos servidores


O servidor não estável (o que ainda está em estágio probatório) pode aderir à greve sem qualquer preocupação de exoneração, informou o advogado Márcio Tesch, presidente do Instituto Nacional de Defesa do Cidadão Consumidor (Indeccon). Apesar de a Constituição não especificar a participação do estagiário em greves, o Supremo Tribunal Federal não considera a adesão falta grave.

“Muitos servidores ainda em estágio probatório entraram em contato com o Indeccon desde o início da greve, que, agora, alcança também outras categorias do funcionalismo, além dos professores. Eles querem saber se é possível aderir à greve sem que sejam prejudicados ao final do estágio com uma possível exoneração. A adesão ao movimento grevista de qualquer servidor é legal, seja ele estável ou mesmo o não estável, ainda em estágio probatório”, esclarece.

Segundo o advogado, a diferença entre servidor efetivo estável e efetivo não estável é quase nenhuma. “Isto porque o efetivo, ainda que não seja detentor de estabilidade, estando no estágio probatório, só pode ser dispensado através de inquérito administrativo. Ainda assim, nele é preciso comprovar a existência de motivo ensejador de dispensa, com garantia de direito de defesa, que compreende apresentação de provas, assistência e eventual contradição a todos os depoimentos prestados e contestação de toda documentação apresentada pela administração”, explicou.

Para Tesch, participar dos movimentos sindicais, seja em greves, paralisações ou reuniões não é motivo para demissão de servidores no estágio probatório. “A Constituição garante ao servidor o direito de greve, mas não esclarece se o servidor em estágio probatório teria também esse direito sem que lhe fosse imputada a adesão como uma falta grave para fins de exoneração ao fim do estágio. Mas é certo que o servidor não pode ser punido pela simples participação na greve, até porque o próprio Supremo Tribunal Federal considera que a simples adesão à greve não constitui falta grave”.


Dias parados não podem ser descontados do servidor

Ainda de acordo com o advogado, os dias parados não podem ser descontados do servidor, como ameaçou o prefeito Paulo Mustrangi. “Sempre existe o risco de que uma determinada autoridade, insensível à justiça das reivindicações dos servidores e numa atitude nitidamente repressiva, determinar o desconto dos dias parados. Normalmente, quando ocorrem, tais descontos são feitos a título de “faltas injustificadas”, mas o Supremo Tribunal Federal tem se direcionado de forma contrária a esse entendimento. A greve do servidor petropolitano já foi considerada legal pela Justiça, o que confirma que tais faltas não são injustificadas”, finalizou. 

Tribuna de Petrópolis 21/05/2010

Governo propôs (apenas) calendário para as discussões


Os secretários de Fazenda, Hélio Volgari; de Administração, Leônidas Sampaio; de Segurança, Hélio Moura; além dos presidentes da Comdep, Anderson Juliano, e do Impas, Claudinei Portugal, representaram o prefeito Paulo Mustrangi na reunião com o Comando Unificado dos Servidores Municipais para discussão das reivindicações da categoria. Após três horas, tudo o que os grevistas conseguiram foi o agendamento de novas reuniões. No dia 25 de maio, a Prefeitura quer discutir com o grupo as melhorias das condições de trabalho. No dia 27 de maio, o assunto será o Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Já no dia 1º de junho, a discussão será sobre a incorporação dos abonos. Segundo o calendário proposto pela Prefeitura, só no dia 3 de junho o tema da reunião será a proposta de reajuste salarial e, no dia 8, as propostas serão finalmente fechadas.
Segundo nota enviada pela assessoria de imprensa da prefeitura, de acordo com o secretário de Fazenda, Hélio Volgari, a apresentação de um calendário para negociação com os servidores, nesta que seria a quarta reunião realizada entre o governo e a comissão indicada pela categoria, é mais uma demonstração de que o governo quer dialogar e negociar com os servidores.
“Desde a última quinta-feira, dia 13, quando foi iniciada a greve dos funcionários da Educação, nos mostramos abertos ao diálogo. Infelizmente, o Sepe não aceitou a negociação na última sexta-feira. Depois da reunião de quarta-feira, esta negociação finalmente começou a ser encaminhada e, hoje (ontem), apresentamos um calendário. Tenho certeza de que este diálogo e esta proposta de negociação para a discussão dos assuntos que hoje mais preocupam os servidores será fundamental para a busca de um consenso entre as partes. Este, certamente, é o caminho certo tanto para o governo quanto para o funcionalismo”, declarou o secretário. 

Tribuna de Petrópolis 21/05/2010

Tribuna de Petropólis 21/05/2010

Le Partisans

Eles são bons mesmo! I
Com uma só afirmação – a de que o governo Rubens Bomtempo teria desviado R$ 25 milhões da Educação para as empresas de ônibus como forma de custear a gratuidade no transporte dos estudantes – as cabeças coroadas do governo Paulo Mustrangi conseguiram muitos feitos.

Eles são bons mesmo! II
Conseguiram de uma só vez que o procurador Charles Estevan, do Ministério Público Federal, pegue no pé deles sobre a denúncia que, aliás, nunca chegou ao MP. Agora, vai ter de chegar de qualquer jeito. Conseguiram também que o ex-prefeito Rubens Bomtempo abrisse mais um processo – por injúria e difamação – contra Paulo Mustrangi.

Eles são bons mesmo! III
E, pior de tudo, conseguiram ainda que todo mundo lembrasse - por conta desta denúncia - que o Ministério Público investiga, em processo criminal, o ex-prefeito Leandro Sampaio, por supostos desvios no Fundef para a compra do terreno do Parque da Ipiranga.


Eles são bons mesmo! IV
A trapalhada toda ainda nos faz lembrar que nos idos de 2002, o então presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Mustrangi, assinou embaixo na CPI pedida pelo também vereador Renato Freixiela – com o apoio do também vereador Rubens Bomtempo – que investigou supostos desvios de verba do Fundeb no governo de (hoje aliado de Mustrangi!) Leandro Sampaio. E o processo segue até hoje na Polícia Federal.

Eles são bons mesmo! V
De um Partisans sobre os últimos feitos da administração municipal: “Se tudo der certo no governo Paulo Mustrangi, já vai ter dado tudo errado”.