MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Atenção: Nova Programação na Bauernfest

Buscando melhorar ainda mais a qualidade das atrações para a festa mais importante da cidade, a "Liga" sugere alterações na programação da Bauernfest.

25 / 6 – Sexta-feira – 19h - Solenidade de abertura
Com a presença do Exmo Sr. Prefeito Paulo Mustrangi e autoridades, hasteamento de bandeiras, apresentação do Coral Municipal de Petrópolis, Banda do 32º Batalhão de Infantaria Motorizada de Petrópolis, a Banda Germânica de Blumenau e Orquestra de Vuvuzelas dos Servidores em Greve (estamos treinando deste o dia 13 / 5).

27 / 06 – Domingo – 10h - Desfile dos Grupos Folclóricos
Saindo pela Rua Nilo Peçanha, seguindo pela Rua da Imperatriz, Av. Koeler, Rua Roberto Silveira com término na Rua Alfredo Pachá (Cervejaria Bohemia) e atrás vai a Passeata dos Servidores Municipais em Greve (já viramos atração turística).

29 / 6 – Terça-feira – 10h - 1º Corrida Bauernfest
Largada em frente ao Mausoléu Major Júlio Frederico Koeler e chegada no Palácio de Cristal, com Participação Especial da Equipe “Pe-de-Vencimentos” de Servidores em Greve (nosso preparo físico melhorou muito durante a greve).

A programação dos servidores esta sujeito a mudanças, se a Prefeitura mudar o calendário.

Será que vivemos uma Fábula?


Enquanto isso no Castelo da Arrogância e da Prepotência, muito perto do Palácio da Incompetência:
… A diretora play mobil - para os íntimos bonequinha de louça -, quando ouve o som do apito de um agente de trânsito, liga desesperada para o 192 pedindo uma ambulância, achando que o povo rebelde vai invadir o castelo.
… Primeiro lugar na rádio FM 101, 5% dos corredores do Castelo: “Sai Lacraia! Sai Lacraia!”, funk do DJ Serginho Zelador.
… Musiquinha que a supermandatária do Castelo, D. Maria I – a louca -, cantarola sem parar: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira.”

Curiosidades do Castelo:
… Você sabia que no Castelo alguns membros agraciados da corte têm dias de folga para tratar de assuntos pessoais? Quarta é sempre um dia concorrido para a folga.
… Você sabia que alguns “trabalhadores” do Castelo “trabalham” 20 horas semanais e recebem como se trabalhassem 30 horas ou 40 horas semanais, há outros que “trabalham” 25 horas semanais e recebem como se trabalhassem 60 horas semanais, outros ainda que “trabalham” 30 horas semanais e recebem como se trabalhassem 40 horas semanais, e que, nenhum desses “trabalhadores” faz parte do seleto grupo dos agraciados da corte. 
… Você sabia que D. Maria I nomeou uma das tomadoras de conta de sesmaria com 3 ocupações públicas e impediu que outras tomadoras com 2 ocupações públicas trabalhassem na mesma sesmaria.

Nos arredores do Castelo:
… Algumas das sesmarias que estão sob a égide do Castelo receberam equipamentos tecnológicos do Ministério Central. Esses equipamentos foram doados pelo Ministério. A contrapartida dos senhorios do Castelo e do Palácio da Incompetência, conforme termo assinado entre as partes, era oferecer local apropriado à instalação e utilização dos equipamentos e segurança para que os mesmos não fossem roubados. Pois bem, muitas das sesmarias não têm a estrutura mínima para receber os equipamentos e quase todas receberam a partir de um questionário respondido pelo pessoal do Castelo informando as condições de cada sesmaria. Com isso, alguns tomadores de conta das sesmarias estão recebendo os equipamentos e levando-os para casa, pois não há local apropriado e seguro nas cercanias; outros colocam em locais não apropriados da sesmaria e, a última notícia que tivemos, é que sesmarias tiveram alguns desses equipamentos roubados. O interessante é que o termo de compromisso entre o Império da Incompetência e o Ministério Central foi assinado cerca de 20 meses antes da chegada dos equipamentos.

… Você sabia que alguns tomadores de conta das sesmarias ligadas ao Castelo estão contratando pessoas para trabalharem como ensinadores, com a assinatura da “carta de trabalho” e que esses trabalhadores irão receber M$ 510,00 (quinhentos e dez merrecas),  por 20 horas de trabalho semanais. A chamada é feita sem conhecimento da população, através de contato telefônico feito pelo pessoal do Castelo.

Incompetência do Governo força servidor a retomar greve


Cerca de mil servidores municipais da Educação e da Saúde votaram ontem pelo retorno à greve, interrompida no dia 9 para negociação entre funcionários e o governo. A decisão, anunciada ontem à noite depois de assembléia realizada na Praça Visconde de Mauá, em frente à Câmara de Vereadores, deve atingir mais de 50 mil alunos. A paralisação foi motivada por um impasse na terceira rodada de negociações entre a comissão do secretariado do município, sem a presença do prefeito Paulo Mustrangi, e o Comando Unificado dos Servidores Municipais.
Em reunião durante a tarde, no Palácio Sérgio Fadel, não houve contraproposta governista para as reivindicações de 15% de reajuste salarial, a partir do piso de R$ 510, incorporação de dois abonos e Planos de Cargos, Carreiras e Salários das categorias. Hoje ocorrerá assembleia unificada, às 18h, no Clube Petropolitano, na Avenida Roberto Silveira, no Centro.
Antes mesmo da reunião com representantes do governo municipal, os funcionários públicos fizeram um ato na Praça da Inconfidência, de onde saíram às 17h30, em passeata até a frente da sede Prefeitura. A intenção era para pressionar os governistas para a abertura de uma nova negociação. Durante o encontro, que não contou com a presença do prefeito Paulo Mustrangi, gritos de greve aceleraram o encerramento das negociações. Secretários justificaram dizendo que não havia acordo sob pressão. “O governo é intransigente e afirma não ter como melhorar a proposta dos 5% de reajuste. Durante a reunião, pediram um intervalo, por volta das 17h, que durou quase uma hora. Depois disso, os servidores vieram em passeata, e o secretário de Fazenda, Hélio Volgari, voltou à sala e disse que não haveria negociação sob pressão. Informou que entrará em contato conosco para marcar um novo encontro, mas não há previsão. Nós trabalhamos constantemente sob pressão e ainda somos mal remunerados. Pela falta de diálogo, a categoria quer a greve”, explicou a representante da Saúde no comando e presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio de Janeiro, Mônica Maia. No encontro da última sexta-feira, o governo pediu quatro dias para estudar o pedido de reajuste de 15% feito pelos servidores. Durante a reunião de ontem, a oferta de 5% mais a incorporação de um abono foi mantida pelo governo. “A Prefeitura já previa uma despesa de mais de R$ 200 milhões (somente na administração direta) para este ano, apenas com a folha de pagamento. Com a nossa proposta da de 5%, mais a incorporação do abono, teremos um impacto de mais R$ 16 milhões nesta mesma folha. Teremos que cortar gastos e até investimentos previstos no município para este ano, para honrar com o pagamento de salários do funcionalismo. Diante disso, não temos condições de oferecer um índice maior que o que já foi anunciado. Não podemos oferecer um índice maior, mas continuamos abertos ao diálogo sobre o PCCS e as melhorias reivindicadas pela categoria”, declarou o secretário de Fazenda, completando que com o reajuste proposto pela Prefeitura nenhum servidor ganhará menos que R$ 600.
De acordo com presidente da Câmara dos Vereadores, Bernardo Rossi, o principal problema, e que resultou na volta da greve, é a falta de diálogo do poder Executivo. “Volto a me comprometer que nada será aprovado nesta casa sem o aval dos servidores. Sei que nem o prefeito e nem a categoria querem a greve, mas não há diálogo com o governo e os profissionais da Educação e Saúde têm o direito de reivindicar por uma proposta justa. É precisa haver conversa”, disse Rossi. 


Cerca de 4,5 mil servidores municipais da Educação e Saúde aderiram à paralisação de 24 horas que deixou cerca de 50 mil alunos sem aulas durante todo o dia de ontem. Houve adesão da greve em 85% das 182 escolas e 32 Centros de Educação Infantil. 51 postos de saúde ficaram sem atendimento. Os estudantes dos dois campi do Liceu Municipal Prefeito Codolino Ambrósio, no Centro, tiveram as atividades interrompidas. “Se o prefeito Paulo Mustrangi estivesse realmente preocupado com a nossa situação, já teria negociado um aumento justo para os professores. Se não houvesse verba para isso, não teria dinheiro para oferecer nem 3% de reajuste salarial”, afirmou a aluna do 3º ano Taiane Borba. Na Escola Municipal Salvador Kling, na Mosela, apenas 29 estudantes, do total de 400, tiveram aula. Dos 28 professores da instituição, somente dois não aderiram à greve.

MARIANNY MESQUITA
Redação Tribuna de Petrópolis 17/06/2010

"Hit" da Greve em Petrópolis invade o Youtube

Assistam ao vídeo: "Roubolation"

http://www.youtube.com/watch?v=hZAKQtqXQAI&feature=related

A Surpreendente reunião “SURPRESA” de 15 / 6

Nossas diretoras nos repassaram as informações recebidas pela secretária e pelo prefeito na reunião do dia 15/06 e diante de algumas pérolas de autoritarismo e de outras que beiram o nonsense, não pudemos deixar de compartilhar com vocês, principalmente neste momento crucial de nossa luta por dignidade e por democracia, antes de qualquer coisa.
A reunião teve início com apelos repetitivos da secretária de Educação para que não se permitisse a paralisação do dia 16/06, enfatizando o corte do ponto do dia de quem faltasse, o compromisso da diretora com a comunidade etc e tal. Complementou suas recomendações dizendo que quem não quisesse informar corretamente o que ocorria na escola deveria entregar a carta de demissão.
Suas orientações se repetiram até a chegada “inesperada” do prefeito e sua comitiva (ou vocês acham que alguém acreditou que a reunião não foi encomendada e agendada com a secretária?)
O prefeito afirmou mais uma vez que foi pego de surpresa com a paralisação de 13/05 e com a posterior greve. Isso só demonstra a sua total falta de sensibilidade.
O que será que ele vinha esperando após o reajuste de 0% em julho de 2009? Será que ninguém o informou do movimento dos professores realizado em outubro de 2009 na praça D. Pedro?  O que ele achava que aconteceria após seu pronunciamento no início de maio/2010 sobre a possibilidade de não conceder novamente nenhum reajuste salarial aos servidores municipais?
Portanto sua surpresa representa que sua assessoria é bem pior do que imaginávamos, pois a previsão de que a situação estava insustentável era totalmente óbvia para qualquer equipe gestora minimamente competente. 
Mas, apesar dessa total desinformação, não compreendemos como após 1 mês e 2 dias o prefeito ainda esteja surpreso. Que demora em absorver uma informação tão previsível e evidente! Incompreensível, inacreditável!!
33 dias são mais do que suficientes para deixar a surpresa de lado e se tornar mais propositivo, não é mesmo?
Mais uma vez o prefeito disse que não tem dinheiro, blá, blá, blá... Mas como as explicações não têm a transparência que seria necessária para justificá-la, o que fica cada vez mais evidente é a “enrolation”, pois sabemos que a historinha de usar 90% do FUNDEB para a folha de pagamento da Educação não é todo mês que acontece. Pode até vir a ocorrer nos períodos de pagamento de 13º. salário ou de férias.
O secretário de Fazenda também explicou que as contas da prefeitura com o reajuste de 5% e a incorporação POSTERIOR de um abono estavam no limite e que nada mais poderia ser concedido. Só não estávamos lá para dizer que quem está no limite somos nós, com salários indignos e sendo totalmente desrespeitados.
Foi comunicado também às diretoras pelo prefeito que o salário mínimo só existe para o setor privado que para o serviço público essa exigência não existe. Será?!?!?!
O prefeito também mencionou que o reajuste concedido em julho de 2008 foi alto por ter sido ano eleitoral, deixando no ar que então o reajuste em julho de 2009 nem seria mesmo necessário. Dá para acreditar nisso?
O prefeito também solicitou que as diretoras não permitissem a paralisação, pois isto prejudicaria os alunos e suas famílias. Só esqueceu de dizer como nós, servidores, estamos sendo prejudicados sem termos nossos mínimos direitos respeitados.
Lembrou do PCCS, dizendo que estava quase pronto o da Educação, depois que estava pronto, que iria analisar o impacto na Folha de Pagamento etc. etc. etc. Trocando em miúdos, ninguém entendeu nada e só  mais “enrolation”.
Infelizmente muitas coisas ficaram por dizer, não é senhoras diretoras? Achamos que a principal delas foi a incoerência da cobrança da secretária de Educação pela não paralisação, em nome de uma solicitação/recomendação do desembargador (e não de uma ordem judicial como equivocadamente a secretária afirmou), do prazo de 20 dias para as negociações do Comando Unificado e o poder público municipal.
INCOERÊNCIA porque o prefeito já havia rompido o processo de negociação no sábado (12/06) com a Carta aos Servidores dizendo que sua última proposta era a proposta já rejeitada pela categoria em assembléia.
É extremamente constrangedor para nós, servidores da Educação, sermos informados sobre tais “desorientações” da secretária e sua assessoria.
Estes desatinos aliados ao autoritarismo, à falta de diálogo, à intransigência e à ameaças veladas não conduzirão a soluções de entendimento.
E não adianta depois o prefeito dizer que foi surpreendido, que nada sabia, pois é bom que ele se lembre que até 2012 ele é o prefeito eleito dessa cidade. Portanto, se ele ainda não aprendeu a decidir sobre pressão, está na hora de aprender, porque a DEMOCRACIA tem dessas coisas: TODOS podem se pronunciar sem medo de serem calados ou cassados. E quem decide é a maioria, gostem ou não os poderosos de plantão.
Nossa cidade é imperial, mas, para quem ainda não sabe, o poder moderador já não existe há muito tempo...

Portanto, companheiras e companheiros, a luta continua. Não podemos esmorecer!

Nossa luta é justa!  Até a vitória!

Todos os Servidores EM GREVE !!!

O Analfabeto Político




 O pior analfabeto é o analfabeto político. 

Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.

Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
 
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.

Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.


Berthold Brecht

Carta aos pais de alunos da Rede Municipal



                Caros Senhores(as) Responsáveis por alunos e demais membros da comunidade escola,
                Os(as) Senhores(as) conhecem as dificuldades que enfrentamos diariamente na escola.  A falta de material de higiene, a pouca variedade de merenda, os poucos recursos financeiros que, muitas vezes, nem pagam as contas básicas (água, luz, gás, telefone).  A escola sempre tentou superar esses problemas contando com a ajuda da comunidade.  Juntos, funcionários da escola e comunidade, buscamos construir um lugar melhor para nossas crianças.  O comprometimento da nossa equipe com a educação de seus filhos é algo que a própria comunidade reconhece e elogia.
                  No entanto, grande parte dos servidores de nossa escola está, atualmente, com dificuldades de manter seus compromissos em dia.  Depois de anos com reajustes ridículos e uma política de abonos que desvalorizaram o salário do educador, chegamos a uma situação crítica.  Alguns de nossos amigos, trabalham 40 horas por semana e recebem menos de R$350,00 de salário-líquido.  Para agravar essa situação, ano passado o Prefeito Paulo Mustrangi não deu nenhum reajuste e esse ano ameaçou fazer a mesma coisa.  Por isso começamos uma luta pela valorização salarial do funcionário público do município de Petrópolis.
                Desde o dia 13 de maio, há mais de um mês, estamos reivindicando melhorias nas condições de trabalho, incorporação dos abonos, redução da carga horária e salário digno.  Nos dias em que as aulas são suspensas, vamos as ruas fazer passeatas, assembléias e aulas em praça pública.  Todos vocês devem estar acompanhando esses eventos pelos meios de comunicação.
                O governo municipal, no entanto, tem se mostrado insensível aos nossos apelos.  Negou-se várias vezes a ouvir seus funcionários.  Exigiu que a greve fosse suspensa para poder negociar.  Pois, assim fizemos.  Seguindo recomendação do desembargador Luis Felipe Haddad, no dia 07 de junho, retomamos nossas atividades e as aulas reiniciaram em todo o município. Com o retorno das aulas, imaginamos que o Prefeito fosse cumprir sua palavra e negociar as melhorias que solicitamos.  Duas reuniões foram realizadas entre a comissão dos servidores e os representantes do governo municipal.
                No primeiro encontro a prefeitura propôs igualar o salário do servidor que ganhava menos, ao mínimo nacional – R$ 510,00 e dar 3% de reajuste aos que ganhavam mais do que isso.  Pagar salário mínimo não é proposta é obrigação, por isso não aceitamos. No segundo encontro o governo propôs um reajuste de 5% e a incorporação de um abono de R$100,00 para todos os servidores.  Proposta que, também, foi negada pelos servidores, pois quem ganha pouco continuaria com um salário líquido abaixo do mínimo nacional.
                Veja a simulação das propostas para o menor salário pago pela prefeitura:
Salário base atual
2 Abonos
Inpas / VT / fundo saúde
Total Atual
418,00
200,00
618,00 – 67,98 – 37,08 – 24,72
488,22
Salário base+5%+1 abono
1 Abono
Inpas / VT / fundo saúde
Total Proposto pela Prefeitura
538,90
100,00
638,90 – 70,30 – 38,34 – 25,56
504,70
                       
                Ou seja, a prefeitura propôs um ganho real de R$16,48 para o servidor que ganha abaixo do salário mínimo.  Isso deixou claro que a prefeitura queria alongar ao máximo as negociações. Fizemos, então, uma contraproposta pedindo para o governo municipal igualar o salário do servidor ao mínimo nacional, incorporar dois abonos e dar o reajuste da inflação dos dois últimos anos, aproximadamente, de 15%.  Como quem tem fome tem pressa, marcamos paralisação para hoje, dia 16 de junho – data de outra reunião com o governo.
                No entanto, após iniciada a reunião a prefeitura disse que não haveria mais nenhuma negociação com a categoria.  Infelizmente, não tivemos outro recurso a não ser decretar greve por tempo indeterminado, até que o prefeito volte a negociar com o servidor.
                Destacamos que, ao contrário do prefeito, nós estamos à disposição da comunidade para esclarecer dúvidas e conversar sobre os rumos desse movimento de reconquista da dignidade do servidor.

Servidores Municipais da Educação

REFLEXÃO II



E hoje? O que aconteceu hoje? Acredito que a perplexidade tomou conta de nós. Quando poderíamos imaginar que seríamos colocados porta a fora daquela que é a nossa casa por uma criatura que não pertence à  categoria, que nada tem a ver conosco, com a nossa história, um estrangeiro ( como o próprio governo gosta de rotular os que vêm de fora)? Aliás, esse governo é uma colcha de retalhos podres, que estão se esgarçando e que, insistindo nessa postura,  arrebentarão em muito pouco tempo. Nós, não. Cada dia estamos mais fortes, mais empedernidos, obstinados. Sairemos dessa greve, sabe o prefeito quando, vencedores.  Não adianta mais, Mustrangi.  Entenda , de uma vez por todas, que não vamos desistir. Pode ameaçar, cortar ponto, fazer aparições ridículas - como a  de ontem durante a reunião de diretores - criar clima, boicotar nossas iniciativas. De nada vai adiantar. Estaremos lá, nas praças, nas ruas de Petrópolis dia após dia mostrando a nossa força, reivindicando nossos direitos. Somos muitos e somos fortes.

REFLEXÃO I



Estive refletindo nos últimos dias a respeito do nosso movimento e um fato , realmente , é inegável: o senhor prefeito nos ensinou a lutar. De certa forma, temos que agradecer à sua incompetência, à sua arrogância, à sua desfaçatez, pois foi às custas dessas que nosso espírito cidadão - em estado latente - veio à tona, que nos encorajamos, que nos tornamos fortes e firmes. Muitos de nós entramos no movimento ingênuos, crus e, após um mês já percebemos como amadurecemos, como nos politizamos, como crescemos como cidadãos. Aprendemos a ler "entrelinhas", a interpretar artimanhas , nos alfabetizamos politicamente. Não juntamos mais letrinhas... Adquirimos um discurso consciente, consistente, inteligente. Ganhamos nós, ganharão os alunos e a comunidade. Não somos mais os mesmos. Somos melhores. Já, o senhor prefeito , infelizmente, seguiu caminho inverso. Descaracterizou-se, perdeu sua identidade, esqueceu suas raízes, se igualou a políticos menores. Ele mudou, para pior.

Boletim Movimento Unificado dos Servidores Municipais – dia 16 de junho de 2010



SERVIDOR é obrigado a declarar GREVE

Será que este governo está cego, surdo e ainda acha que servidor é palhaço ? E que pode tratar a população com mentira e descaso ? Que pode privar a cidade e seus cidadãos de direitos básicos como saúde e educação ? Que pode governar com intransigência, sem diálogo, sem  compromisso, sem palavra, sem honra, sem presença, sem olhar nos olhos,

Chegamos ao limite. Semana passada os secretários de governo, (segundo eles representando o prefeito –aliás que pessoalmente pouca presença teve nesse mais de mês de luta), pediram uma contra proposta, e nós oferecemos uma contra proposta: a conversa começa com ninguém com menos que o mínimo, partimos de R$ 510, a partir daí inclui-se os abonos e depois se aplica o índice de 15 % + um PCCS discutido pelo e
com o servidor e lógico as condições de trabalho.

Demonstrando disposição de dar resolutividade, os servidores mais uma vez abriram mão de parte de reposição de perda. Então novamente mobilizamos, o servidor querendo resolver, se fez presente, numa
grande assembléia, debaixo de muita chuva, nas votações não se levantava a mão, mas sim o guarda-chuva - hilário, mas uma linda foto no jornal. Foi uma assembléia muito difícil, um número considerável de servidores
pediam a imediata retomada da greve até atendimento das reivindicações .  O comando encaminhou mais uma vez pela ponderação, mais um crédito, já o “ milésimo “ afinal desde maio tentasse resposta – estamos em 16 de junho de 2010, tempo mais que suficiente. E foi aprovado que aguardaríamos em estado de greve a proposta do dia 16, mas avisando que faríamos – PARALISAÇÃO de ADVERTÊNCIA neste dia 16 para que pudéssemos todos receber juntos a proposta da prefeitura.

Qual não foi nossa surpresa quando soubemos que na reunião marcada pelo governo dia 16 para nos responder na verdade não teve nada a falar. Ou seja, nos fez de bobo, pois nada apresentou e ainda alegou
depois de 2 horas de “ negociação “ sem uma proposta sequer, que estava interrompendo a “ negociação” por que milhares de servidores ocuparam a Koeller, tocaram o hino nacional, cantaram o hino de Petrópolis e falaram: - Governo qual é a sua resposta ? E sabe qual foi a resposta ? – Nenhuma. E ainda queria que o comando impedisse que os servidores estivessem na rua da prefeitura, que isso ? temos direito de ir e vir e o dever de acompanhar de perto os assuntos que a nós diz respeito. O governo do PT reclamou do povo na
rua. É brincadeira.

Ahhhh a atitude do governo foi a gota d`água.
Quis usar a veia das conquistas que é a mobilização, como justificativa para a incapacidade deste governo de resolver conflito, de cumprir acordos, de respeitar os que fazem a prefeitura funcionar. E obrigou ao movimento a mudar sua forma de LUTA e optar pela instalação da GREVE a partir desta quinta dia 17 de junho de 2010. Que coisa feia para quem tem a responsabilidade de hoje o Governar, de fazer os serviços serem executados. Isso não é atitude de um governante.

Então por DECISÃO da ASSEMBLÉIA o COMANDO encaminha:
- GREVE da SAÚDE e EDUCAÇÂO a partir de 17 de junho de 2010.
Tarefas:
- Esclarecer a população sobre o motivo da necessidade de retomar a greve e com eles observar que a responsabilidade do não funcionamento do serviço é do Prefeito e seu governo, que os servidores esperam
desde o início de maio uma proposta deste governo, coisa que ele poderia ter resolvido, tudo que pedimos é viável , basta querer.
-Manter o abaixo assinado da população.
- Que iríamos ampliar a discussão de adesão a outros setores ao movimento.
- Que iríamos intensificar os contatos com TODOS os parlamentares e poderes deste Brasil, em especial os do PTs seus aliados e seus candidatos, informando nossa luta, a postura do governo local do PT e pedindo que interceda para uma negociação a contento.
- Que iremos avançar na organização. Colocar cartaz de greve nos locais de trabalho, avisar aos colegas, eleger representante de unidade para quem não o fez, ampliara filiação ao SEPE e SINDSPREV, pensar propostas para assembléia.
- Começar a pensar na formação de fundo de greve.
- Divulgar para todo o Brasil nossa luta.
- Se fazer presente na festa do colono em Petrópolis, esclarecendo nossa luta.
- Que faríamos mobilizações diárias.

- ASSEMBLÉIA CONJUNTA dia 17 de junho de 2010 – às 18 h no Clube Petropolitano.
Pauta – Analisar resposta do governo se houver e decidir desdobramento da luta.

Reafirmamos que a comunidade pode ajudar:
- Enviando e-mail ao prefeito E-mail: gap@petropolis.rj.gov.br
- telefonando para prefeito tel. 2246-9320 = Pedindo que negocie: no mínimo o mínimo + incorporação de abono + 15%
+ PCCS discutido pelo e com o servidor.
- apresentando queixa ao Ministério Público, conselho tutelar contra a prefeitura pela falta de serviço de saúde e educação.

MOBILIZAR LUTAR MOBILIZAR LUTAR MOBILIZAR LUTAR - VENCER
COMANDO do MOVIMENTO UNIFICADO dos SERVIDORES MUNICIPAIS

Blog:www.movimentounificadodosservidores.blogspot.com
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