MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

domingo, 16 de maio de 2010

Greve nas escolas municipais deixa 50 mil alunos sem aula

Publicado em 15/05/2010 - 11:21
Mais de 50 mil alunos permanecem sem aulas em Petrópolis por conta da greve nas escolas municipais. 80% delas estão de portas fechadas desde quinta-feira.

Os professores pedem reajuste salarial e determinação do piso. O Prefeito da cidade, Paulo Mustrangi, falou nesta sexta-feira sobre o assunto.

A direção do Sindicato da categoria disse que desde janeiro vem tentando uma reunião com o Prefeito e que em abril chegou a protocolar um ofício com o pedido, mas não teve retorno. O Sindicato afirmou que a greve vai continuar até segunda-feira.

No mesmo dia, às 10h, irá acontecer um encontro na praça Dom Pedro para esclarecer a população sobre a greve. E às 14h terá uma assembelia para definir os rumos da
paralisação.
http://in360.globo.com/rj/plantao.php?id=12

Nota do Sepe: Informativo aos profissionais de educação de Petrópolis


                                                                                      Petrópolis, 14 /05/2010.
A GREVE CONTINUA!
Nessa sexta-feira, 14 de maio de 2010, a comissão dos educadores foi recebida pela secretária de educação e mais alguns membros da equipe da prefeitura na Fundação Frei Memória. Novamente o prefeito Paulo Mustrangi não nos recebeu. Nessa reunião, mais uma vez falamos dos problemas que os servidores da educação vêm sofrendo, mas o que recebemos como proposta foi: “saiam da greve, que nós abriremos um grupo de trabalho para estudar e apresentar propostas para a categoria.” E deixaram muito clara a diretriz do governo: o prefeito, ex-sindicalista, integrante do Partido dos Trabalhadores, afirmou que não negocia com grevistas.
Quando a comissão saiu, encontrou as mil e quinhentas pessoas que estavam fazendo vigília na porta da fundação, ansiosas por receber propostas concretas para resolver o impasse. Quando foram informadas do que aconteceu na reunião, imediatamente começaram a gritar: Greve!, Greve! Greve!. Colocada em votação, a proposta de continuidade da greve ganhou praticamente por unanimidade.
Nesses dois dias de intensa mobilização, reunimos milhares de pessoas nas ruas de Petrópolis. Pelo que nós levantamos, cerca de 90% das escolas estão paralisadas.
Devemos lembrar que diversas iniciativas de grupos de professores e funcionários para levar a insatisfação da categoria foram ignoradas. As tentativas do Sepe de realizar audiência com o prefeito para apresentar propostas para a categoria foram ignoradas. Só quando a categoria foi para a rua é que foi possível colocar a educação na pauta. Agora temos que exigir que a prefeitura apresente propostas concretas para a categoria. Se ele ignorou as tentativas que fizemos, não pode ignorar milhares de pessoas nas ruas, não pode ignorar dezenas e dezenas de escolas e CEIs paradas.
Por isso, é muito importante que todos os profissionais de educação se somem à luta. Se temos 90% de adesão, queremos atingir os 100%. Sabemos o que a maioria das direções vão falar: “vocês vão ter corte de ponto, vocês podem ser transferidas, quem está em estágio probatório não pode fazer greve, vocês podem ser mandadas embora, vocês vão se prejudicar por causa de um movimento que não é legítimo, e que não vai dar em nada.”
Vamos falar para todos: não, nenhum servidor pode ser mandado embora por fazer greve. Se for transferido, ou sofrer qualquer tipo de abuso de autoritarismo, a direção pode ser processada por assédio moral, motivado por perseguição política. Quem está em estágio probatório tem direito, definido em lei, a fazer greve. Se houver corte de ponto, temos que pensar que perderemos pouco agora para conquistar direitos que nos servirão para a vida toda. Esse movimento não é legítimo? Então eles estão dizendo que a categoria não pode escolher seus representantes nem fazer greve. Esse movimento não vai dar em nada? Nós sabemos que uma greve unida sempre conquista vitórias. E eles sabem disso também, por isso estão alimentando as diretoras e a mídia de mentiras para nos desmobilizar. Essa atitude significa uma coisa só: MEDO! Medo da organização da nossa categoria, medo da nossa luta. O prefeito já foi sindicalista, ele conhece a força que tem os trabalhadores organizados em um sindicato de luta.


Fortaleça seu sindicato! Filie-se!
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro – Núcleo Petrópolis
Rua do Imperador, 866 – sala 202 – Centro – Petrópolis – RJ – CEP 25620-003
Telefone: (24) 2231-4575  – e-mail: sepetropolis@gmail.com

Diretor(a) que constranger funcionário pode ser processado!

Assédio Moral é crime!
Aprenda a reconhecer e combata essa prática abusiva!
Clique na figura para ampliar ou acesse o site do SEPE/RJ





Servidor em estágio probatório tem direito a fazer greve!

Diretores/as,
Decisão recente do STF iguala servidores em estagio probatorio aos estaveis, em relação ao direito de greve.  Esta é importante arma a ser utilizada na defesa de nosso direito de greve, acabando com o receio dos recem ingressos na categoria.

Materia em anexo.


Saudações sindicais, 
Liliana (Secretaria do SEPE/RJ)

Nota do Sepe: Segunda-Feira, é dia de GREVE!

A cada dia fica mais claro o quanto essa prefeitura se baseia na mentira para se dirigir à população e aos seus funcionários. Está se divulgando um email afirmando que a greve acabou. Queremos esclarecer: quem define se a greve acabou ou não é a categoria reunida em assembleia. Como todos sabem, deliberamos na assembleia de sexta-feira que a greve continua e que a nossa próxima assembleia será na segunda-feira, dia 17 de maio, às 14 horas na sede do sindicato dos metalúrgicos. Eles se utilizam da mentira para confundir a categoria. O Sepe age com transparência em relação à categoria. Não há negociações a portas fechadas, não há decisões que não sejam tomadas pela própria categoria.
Eles têm medo, pois sabem que uma greve forte desestabiliza o governo e então eles terão que ceder. Quanto mais unidos estivermos, mais rápido acabará essa greve. E o mais importante: acabará com vitória!
Então, trata-se agora de reforçar nossa mobilização. As deliberações da assembleia são: greve na segunda, aula pública às dez horas na praça Dom Pedro, assembleia às 14 horas na sede dos metalúrgicos.
Vale ressaltar que temos recebido apoios de associação de moradores, sindicatos, funcionários da saúde,que também estão insatisfeitos com toda essa situação que é geral do funcionalismo. Temos recebido ligações na sede do sindicato de pais dizendo que apoiam a nossa luta.
VAMOS ACREDITAR NA NOSSA ORGANIZAÇÃO, E NÃO NA MENTIRA DOS PODEROSOS!
Abraços, e até amanhã, na luta!
Patricia Mafra, pelo Sepe-Petrópolis.
Tel: 2231-4575
(21) 9707-6116

Greve dos professores continua amanhã

MARIANNY MESQUITA
Redação Tribuna



Reunião no Sepe: profissionais de Educação receberam ontem apoio de servidores públicos da área de Saúde e de associações comunitárias. / ALEXANDRE CARIUSalexandre cariusalexandre cariusalexandre cariusalexandre carius



A greve dos profissionais de Educação ganhou apoio dos servidores públicos de Saúde. Também reivindicando reajuste salarial e melhores condições de trabalho, representantes de seis associações de agentes da Saúde e de moradores, junto com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/RJ), se reuniram durante a tarde de ontem na sede do Sepe, no Centro, com o objetivo de ampliar o movimento e unificar as reclamações.
Segundo o membro da Federação da Associação de Moradores e do Conselho de Saúde, Thiago Pires, o objetivo é unir os servidores municipais com o apoio das associações de moradores de todas as áreas que sofrem da mesma carência, para ganhar mais força. “As associações são os usuários dos sistemas de Saúde e Educação públicos porque estamos dentro da comunidade que recebe o serviço, por isso somos os mais atingidos e queremos unir forças”, afirmou Thiago. Estiveram presentes ainda representantes do Fórum da Associação de Moradores, Sindicato dos Empregados dos Estabelecimentos de Saúde, Associação de Moradores do Capitão Paladine e Associação Petropolitana dos Agentes da Educação Infantil e Pessoal de Apoio.
Integrantes do Sepe rebateram declarações do prefeito Paulo Mustrangi, feitas durante a coletiva de imprensa concedida na última sexta-feira, em Carangola. A agente de apoio à educação e integrante do Sepe-Petrópolis, Patrícia Araújo, disse que a população não é prejudicada pelo movimento, como disse Mustrangi, mas por problemas no governo. Ela acusou o município de oferecer aos alunos da rede municipal merenda estragada e de deixar as crianças de algumas creches sem café da manhã, há mais de seis meses. “Já cheguei a levar para a escola onde eu trabalho óleo, biscoito e açúcar. Há também salas de aulas superlotadas e falta de professores e funcionários. Se estamos nesta área é porque amamos e queremos fazer um trabalho de qualidade”, contou Patrícia Araújo.
Um dos argumentos do prefeito para a não negociação com os servidores enquanto estiverem em greve é o de que a greve é ilegal, por não cumprir recomendação do Superior Tribunal Federal do aviso prévio de 48 horas. “Isto não serve para a nossa categoria, que nem data base tem. Além disso, tentamos sem sucesso o diálogo com a secretária de Educação desde 2008. No dia 30 de abril deste ano, a secretária de Educação, Sandra La Cava, nos recebeu, quando apresentamos a pauta com todas as reivindicações e avisamos que na assembleia do dia 13 de maio precisaríamos de uma posição”, contou a coordenadora do Sepe Petrópolis, Patrícia Mafra. 

http://www.e-tribuna.com.br/16/05/2010

Audiência pública reúne governo e grevistas



Em atenção às reivindicações de professores da rede pública municipal, que estão insatisfeitos com a forma como vem sendo conduzida pela Prefeitura a elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, o presidente da Câmara, vereador Bernardo Rossi, realiza amanhã, às 19h, uma audiência pública para tratar da questão da Educação.
Bernardo acompanhou as manifestações de profissionais da rede nesta semana e está sensível aos questionamentos da categoria em relação ao PCCS. No início da semana, antes da greve, a preocupação dos professores já havia sido apresentada ao presidente da Câmara, por professores do Liceu Municipal. Naquele dia, Bernardo Rossi anunciou a realização da audiência pública.
“O projeto ainda está sendo elaborado pela Secretaria de Educação e posteriormente será submetido à votação na Câmara. Entendemos a preocupação dos profissionais da rede, por isso nossa iniciativa de uma audiência pública. É a chance da secretária Sandra La Cava esclarecer dúvidas e debater pontos importantes para professores e demais profissionais da área. Os vereadores também vão ficar mais seguros das propostas que pretendem ser implementadas quando o projeto chegar à Câmara”, explica Bernardo Rossi.
Em seu pronunciamento no plenário da Câmara, na última terça-feira, Rossi chamou a atenção dos vereadores presentes para a importância do Legislativo estar voltado para todos os pontos do PCCS e ajudar a estabelecer o diálogo entre a categoria e o Executivo.
“A casa apóia os profissionais da Educação, e a audiência pública será a oportunidade para que eles apresentem seus anseios. Pregamos um debate franco, objetivo, sem conotação política, principalmente apartidário. O momento é de fazer o melhor para toda uma categoria”, considera o vereador.

http://www.e-tribuna.com.br/16/05/2010

Movimento não é político



Mustrangi acusou o Sepe ainda de inflamar a greve nos profissionais de Educação por estar ao lado da oposição do governo. “O órgão existe há 33 anos, tem credibilidade, ficamos impressionados como o prefeito, enquanto autoridade pública, fala uma coisa absurda dessas. Mais de duas mil pessoas esclarecidas entraram em greve, não tem ninguém ignorante, estão menosprezando a nossa capacidade de raciocínio e capacidade de união. Não temos contato algum com a oposição, ou seja, o governo passado que ele quer dizer, até porque também não era bom para nós”, acrescentou.
O prefeito argumenta ainda que a data base dos servidores é em julho, mais um motivo para a radicalidade da greve, mas a categoria está sem reajuste salarial há dois anos. De acordo com inspetor de disciplina Ricardo Lima, com o salário de R$ 456,71 ele chega a passar necessidades para criar os filhos. “Nós não aguentamos mais, não temos dinheiro para dar o que nossos filhos precisam. A prefeitura não nos trata com dignidade, não há valorização do profissional da Educação”, desabafou.
A greve deve ser mantida, amanhã. Uma nova assembleia acontecerá no mesmo dia, às 14h na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, na Rua Floriano Peixoto, no Centro, para a categoria decidir se continuará em greve nos próximos dias. Haverá ainda uma aula pública de cidadania na Praça Dom Pedro, às 10h. “Queremos explicar para a população porque estamos tomando estas medidas. Os pais dos alunos já têm manifestado apoio à causa e, apesar de ter sua rotina prejudicada, entendem que lutamos por melhores condições de trabalho e educação”, complementou Patrícia Araújo.

http://www.e-tribuna.com.br/16/05/2010

A intransigência marcou o segundo dia de greve


Mustrangi sobe o tom, diz que greve é “covarde” e não aceita negociar com professores
by Philippe Fernandes on 15/05/2010

A intransigência marcou o segundo dia de greve dos professores em Petrópolis. O prefeito Paulo Mustrangi (PT) afirmou, no Carangola, que a Prefeitura não reconhece a greve. Informa a matéria de Janaína do Carmo, da Tribuna de Petrópolis:

Em assembleia realizada na tarde de ontem, em plena Praça Visconde de Mauá (em frente à Câmara Municipal), dois mil profissionais da área da Educação decidiram pela greve por tempo indeterminado. A assembleia aconteceu após a reunião entre uma comissão da Educação, representantes do governo e a secretária de Educação, Sandra La Cava, no prédio do Centro de Capacitação em Educação Frei Memória. O encontro foi marcado na quinta-feira, quando os profissionais decidiram pelo estado de greve. A esperança dos manifestantes era de que o governo apresentasse uma contraproposta em relação às 20 reivindicações entregues pelos profissionais, entre elas o aumento de 20% no salário e cumprimento do Plano de Cargos e Carreiras. Segundo a assessora de imprensa da Prefeitura Municipal, Andréia Constâncio, em nenhum momento o governo se recusou a negociar, apenas propôs que as aulas fossem retomadas a partir de segunda-feira. “Precisamos que a situação se normalize para então começarmos a discutir o assunto. A proposta era realizar uma nova reunião na segunda e outra na quinta-feira, quando todas as reivindicações seriam estudadas, mas precisamos que a greve acabe primeiro”, disse.
O governo entrará na Justiça contra a paralisação, por considerar o ato ilegal. “Não reconhecemos a greve. Eles foram radicais e assim impossibilita qualquer tentativa de negociação”, comentou Andréia. De acordo com a assessora, a categoria deveria ter comunicado com 48 horas de antecedência a primeira paralisação. Para o diretor do Sepe, o movimento é legal e a PMP foi comunicada da situação. “Entregamos um ofício à prefeitura e realizamos uma reunião com a categoria, quando ficou decidida a primeira manifestação. Tudo foi comunicado ao governo, eles não podem alegar que não sabiam”, contou Gualberto.

E qual a justificativa de Mustrangi para a greve? Ter servidores recebendo menos que o salário mínimo? A secretária, no ano passado, não ter recebido os professores? Não. Segundo Mustrangi, muitos que estavam na manifestação eram “ligados ao ex-prefeito” (Bomtempo, obviamente). Diz a reportagem de Jaqueline Ribeiro, também na Tribuna, que cobriu a entrevista coletiva. Seguem as declarações do prefeito:

“Eles não nos deram chance de dialogar, partiram logo para o confronto, não deram à Prefeitura a oportunidade de se manifestar. Em nenhum momento fomos procurados pelos líderes desse movimento para discutir a pauta de reivindicações”.

“Sob o ponto de vista legal, essa greve é questionável, porque os trâmites necessários antes de uma greve, pelo que sabemos, não foram respeitados. Por isso estamos entrando na Justiça para questionar a legalidade da greve. Como sindicalista, eu reconheço que a categoria tem todo o direito de se manifestar, essa é uma atitude legítima, as pessoas tem direito à greve, mas isso pressupõe que antes tenha havido uma negociação exaustiva, o que não aconteceu neste caso, pois os líderes desse movimento não conversaram com a Prefeitura. É um movimento estreito, político e radical, em que profissionais de boa fé estão sendo envolvidos e usados”.

“Isso é uma falta de compromisso com a população, pois os maiores prejudicados são as famílias que têm suas crianças nas escolas e muitas vezes dependem do funcionamento delas para trabalhar. Muitas crianças dependem da alimentação da escola. Respeitamos os profissionais, mas esse está sendo um movimento covarde com a população, que depende desse serviço”.

O grande problema do posicionamento do prefeito é que não questionam os motivos da greve – os baixos salários e falta de aumento (que não ocorre há três anos). E, como não rebateu os motivos da greve, pressupõe-se que eles têm sentido. Que as reinvidicações são justas. Diz que o movimento é político, que há muitas pessoas ligadas a Bomtempo, mas, ao que me parece, tenta desviar o foco pelas falhas da própria Prefeitura - como a secretária de educação não ter recebido os profissionais da educação, no ano passado. O ambiente criado foi hostil, e Mustrangi, ao invés de tentar o diálogo e o reestabelecimento dos serviços, joga gasolina no incêndio.

Enfim, o que se espera da população é que Mustrangi acerte os ponteiros e que os alunos não tenham essas férias forçadass.

http://phfernandes.wordpress.com/2010/05/15/mustrangi-sobe-o-tom-diz-que-greve-e-covarde-e-nao-aceita-negociar-com-professores/