MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

domingo, 16 de maio de 2010

Greve dos professores continua amanhã

MARIANNY MESQUITA
Redação Tribuna



Reunião no Sepe: profissionais de Educação receberam ontem apoio de servidores públicos da área de Saúde e de associações comunitárias. / ALEXANDRE CARIUSalexandre cariusalexandre cariusalexandre cariusalexandre carius



A greve dos profissionais de Educação ganhou apoio dos servidores públicos de Saúde. Também reivindicando reajuste salarial e melhores condições de trabalho, representantes de seis associações de agentes da Saúde e de moradores, junto com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/RJ), se reuniram durante a tarde de ontem na sede do Sepe, no Centro, com o objetivo de ampliar o movimento e unificar as reclamações.
Segundo o membro da Federação da Associação de Moradores e do Conselho de Saúde, Thiago Pires, o objetivo é unir os servidores municipais com o apoio das associações de moradores de todas as áreas que sofrem da mesma carência, para ganhar mais força. “As associações são os usuários dos sistemas de Saúde e Educação públicos porque estamos dentro da comunidade que recebe o serviço, por isso somos os mais atingidos e queremos unir forças”, afirmou Thiago. Estiveram presentes ainda representantes do Fórum da Associação de Moradores, Sindicato dos Empregados dos Estabelecimentos de Saúde, Associação de Moradores do Capitão Paladine e Associação Petropolitana dos Agentes da Educação Infantil e Pessoal de Apoio.
Integrantes do Sepe rebateram declarações do prefeito Paulo Mustrangi, feitas durante a coletiva de imprensa concedida na última sexta-feira, em Carangola. A agente de apoio à educação e integrante do Sepe-Petrópolis, Patrícia Araújo, disse que a população não é prejudicada pelo movimento, como disse Mustrangi, mas por problemas no governo. Ela acusou o município de oferecer aos alunos da rede municipal merenda estragada e de deixar as crianças de algumas creches sem café da manhã, há mais de seis meses. “Já cheguei a levar para a escola onde eu trabalho óleo, biscoito e açúcar. Há também salas de aulas superlotadas e falta de professores e funcionários. Se estamos nesta área é porque amamos e queremos fazer um trabalho de qualidade”, contou Patrícia Araújo.
Um dos argumentos do prefeito para a não negociação com os servidores enquanto estiverem em greve é o de que a greve é ilegal, por não cumprir recomendação do Superior Tribunal Federal do aviso prévio de 48 horas. “Isto não serve para a nossa categoria, que nem data base tem. Além disso, tentamos sem sucesso o diálogo com a secretária de Educação desde 2008. No dia 30 de abril deste ano, a secretária de Educação, Sandra La Cava, nos recebeu, quando apresentamos a pauta com todas as reivindicações e avisamos que na assembleia do dia 13 de maio precisaríamos de uma posição”, contou a coordenadora do Sepe Petrópolis, Patrícia Mafra. 

http://www.e-tribuna.com.br/16/05/2010

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