MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

terça-feira, 25 de maio de 2010

Nota do Sepe: Prefeito anuncia que não negociará mais com o Sepe

Data: 25/05/2010

O núcleo do Sepe de Petrópolis acaba de receber a informação de que o prefeito Paulo Mustrangi (PT) está realizando uma coletiva na prefeitura e anunciou para a Imprensa que não irá mais negociar com o Sepe. Numa clara demonstração de falta de democracia e arbitrariedade, o prefeito dá mais uma mostra de intransigência, ao se negar a negociar com o sindicato, legítimo representante da categoria dos profissionais de educação, conforme a carta sindical, recebida pelo sindicato das mãos do ministro do Trabalho Carlos Lupi, no mês de abril. Na carta, o Ministério do Trabalho reconhece o direito de representação do sindicato para que ele atue junto aos profissionais de educação das redes estadual e municipais do Rio de Janeiro.
Desde o início da greve, no dia 13 de maio, a prefeitura de Petrópolis deu mostra da falta de disposição de abrir negociações e apresentar uma contraproposta para as reivindicações dos profissionais de educação das escolas municipais. Mustrangi chegou a confirmar uma audiência com uma comissão de negociação formada pela direção do Sepe Petrópolis e por representantes da categoria, mas voltou atrás e enviou assessores para a reunião. Não satisfeito com isto, disse que só receberia a categoria se esta suspendesse a greve imediatamente. 

Tribuna de Petrópolis 25/05/2010

Le Partisans

Votos de silêncio I
E a gente que não sabia que o presidente do Sisep, Oswaldo Magalhães, havia se tornado monge. Só pode ser. Ele disse, aqui mesmo na Tribuna, que seu silêncio (durante esta primeira semana de greve dos professores) foi mantido para que os próprios servidores pudessem perceber as falhas cometidas.


Votos de silêncio II
E Magalhães quebra seu voto de silêncio para alertar o perigo que os servidores estão correndo deflagrando uma greve que pode ser considerada ilegal e estará sujeita a penalidades. Onze dias depois? Ele não poderia ter dado este alerta no início da mobilização? E será que a omissão do Sindicato não pode prejudicar o próprio Sisep, judicialmente, inclusive?

Isso é Best-seller, com certeza!



FÚRIA DE TITÃS
          Naqueles tempos, Petrus, cidade legendária a oeste da África, centenas de milhas após cruzar-se o Atlântico, vivia momentos de grande turbilhão social. Após grande calmaria que durara mais de uma década, a cidade sob a hegemonia de Taulus Mustrengus era assolada por movimentos revoltosos de alguns de seus habitantes.
            Taulus, afilhado de Leandreus Papayas, havia sido entronado no palácio de Osujo – construído nos moldes do Olimpo, mas que tinha sérios problemas de saneamento básico. A entronização de Taulus ocorreu no ano 2008 a.d.q.c. (antes de qualquer coisa).
            Sua meteórica ascensão causou espanto em boa parte da população. Taulus era primo de Prometeus e Nãofazeus, dois conhecidíssimos habitantes de Petrus que tinham sido deportados para a cidade de Brasillebas. Por causa desse parentesco, muitos habitantes não confiavam em Mustrengus. Mesmo assim ele foi colocado no trono de Osujo.
            Estranhamente, após sua ascensão, Taulus, que era uma pessoa faladora, com certa oratória e retórica, se tornou gago. Laudos médicos apontaram que Mustrengus fora contaminado com o mesmo vírus de Prometeus e Nãofazeus, portadores de uma doença desconhecida e sem cura na época e que, tinha como um de seus sintomas a gagueira. Outro sintoma era a “síndrome de escondidela”, que fazia com que as vítimas da doença se escondessem sem motivos aparentes.
            Nos anos de 2009 e 2010 a.d.q.c. Taulus teve uma série de contratempos, incluindo a perda da identidade. Naqueles tempos a segunda via era algo quase impossível de se obter, mesmo para aqueles que estivessem numa posição de destaque na sociedade. Nesse período a cidade de Petrus foi assolada por um furacão que tomou a cidade de assalto, trazendo graves conseqüências. O furacão “Ikopetencilles” invadiu a cidade em todo o seu perímetro. A população assustada, durante o tempo em que o furacão ficou ativo, para onde olhava via os estragos de “Ikopetencilles”. Em pouco tempo a cidade estava suja, as pessoas não podiam se locomover de um lugar a outro, e em alguns meses a cidade mergulhou num grande marasmo. Parecia que depois da chegada de “Ikopetencilles” a cidade estava parada.
            Com esse cataclisma muitas pessoas tiveram problemas de saúde e Taulus, seguindo um plano traçado por seus primos, pensou em nomear uma pessoa que cuidasse da saúde dos habitantes, a quem ele denominou de “perfeito de saúde”. Para auxiliar o alcaide, Taulus Mustrengus buscou uma pessoa que tivesse uma saúde exemplar; com isso ele também nomeou a “parecida de saúde”, mulher de fibra e poucas palavras que tentou trabalhar com o “perfeito de saúde”. Mas os tempos eram conflituosos, e como Prometeus e Nãofazeus, os dois foram banidos da cidade.
            O tempo passou e parte da população ficou apreensiva, pois nada acontecia na cidade, além da incessante ventania causada pelo furacão “Ikopetencilles”.
Uma das auxiliares de Taulus era Kazzandra Lakhrayaz. Era a contadora de histórias. Kazzandra tinha uma imperfeição no rosto. Seu nariz era em pé. Por causa dessa deficiência ela não enxergava ninguém a sua frente, além de ter grandes dificuldades de comunicação. Muitas das histórias de Kazzandra trouxeram problemas para Taulus. E uma delas fez com que muitas pessoas se revoltassem e começassem um movimento de contestação das histórias de Kazzandra.
Diz-se que Kazzandra criou um plano. E nesse plano somente ela e um grupo a quem ela compartilhou seus poderes de contadora de histórias, poderiam se destacar. Esse grupo ficou conhecido como “Karrera”. E o plano que Kazzandra criou denominou-se “plano de Karrera”. Diz-se que o plano favorecia apenas um conjunto de pessoas e isso trouxe grande descontentamento, principalmente para um segmento organizado daquela cidade; esse grupo revoltoso era formado, entre outros, pelos professas, euducáceres, inspeciores e cocíneres.
Esses fatos todos conjugados fizeram com que surgisse uma gigantesca criatura que começou a tomar conta da cidade. A esta criatura foi dado o nome de “Istraike”. Com o tempo a criatura foi se dividindo e passou a ter proporções maiores, carregando com ela outros setores da sociedade de Petrus. O grande temor era que “Istraike” trouxesse um efeito tão devastador como o do furacão “Ikopetencilles” e novamente a cidade ficasse estagnada. Mas o destino de Petrus não foi benevolente, e com Taulus Mustrengus à frente, a cidade foi devastada por uma febre. E junto com a febre vieram o mal-estar, a tosse, a gripe.
O que se sabe é que antes da queda de Mustrengus a população de Petrus, vitimada pelo vírus da gripe não parava de espirrar. E ninguém sabe porquê, mas os sons dos espirros evocavam uma palavra até então desconhecida daquela população: “Impeachment”! Impeachment!”.

Piada, que vem a calhar...

Piada para (des)animar os Grandes Profissionais de nosso Brasil:
EMPREGUINHO
Um sujeito vai visitar um amigo deputado federal e aproveita para lhe pedir um emprego para o seu filho que tinha acabado de completar o supletivo do 1º grau. 
- Eu tenho uma vaga de assessor, só que o salário não é muito bom... 
- Quanto doutor? 
- Pouco mais de 10 mil reais! 
- Dez Mil!!!!???? Mas é muito dinheiro para o garoto! Ele não vai saber o que fazer com tudo isso não, doutor!!!! Não tem uma vaguinha mais modesta? 
- Só se for para trabalhar na assembléia. Meio período e eles estão pagando só 7 mil! 
- Ainda é muito doutor! Isso vai acabar estragando o menino! 
- Bom, então tenho uma de consultor. Estão pagando 5 mil reais por mês, serve? 
- Isso tudo é muito ainda, doutor. O Senhor não tem um emprego que pagasse uns mil e quinhentos ou até dois mil reais??? 
- Ter até tenho, mas aí é só por concurso e é para quem tem curso superior, pós-graduação ou mestrado, bons conhecimentos em informática, domínio da língua portuguesa e conhecimentos gerais. Além do mais ele terá que comparecer ao trabalho todos os dias...

NOTA DO SEPE: AÇÃO NA JUSTIÇA CAUSA MAIS INDIGNAÇÃO NA CATEGORIA

Informativo do Sepe aos profissionais de educação de Petrópolis   25/05/2010

Ontem, dia 24 de maio, cerca de 2.000 profissionais da educação participaram do ato “Calendário não enche panela vazia”. Munidos de panelas e colheres de pau, merendeiras, zeladores, professores, inspetores, auxiliares de serviços gerais, todos juntos, fizeram bastante barulho para fazer o prefeito “acordar” para a nossa maior urgência: o reajuste em nossos salários, já tão defasados pela inflação. Durante o ato, soubemos da notícia que a Justiça havia determinado a volta dos profissionais de educação ao trabalho. Com tristeza constatamos que, em vez de atender às justas reivindicações dos servidores, o prefeito decidiu trilhar pelo labirinto do sistema judiciário para tentar nos desmobilizar.

A ação questiona a representatividade do Sepe. Apesar de a categoria ter mostrado nas ruas por diversas vezes o seu repúdio ao Sisep, seja gritando palavras de ordem como “Ih, fora!”, ou cantando a tradicional
palavra de ordem do Sepe “O Sepe somos nós, nossa força e nossa voz!”, ou apoiando por unanimidade a moção de repúdio que propusemos na assembléia do dia 19 de maio, o prefeito ainda tem dúvidas sobre a
representatividade sindical da categoria. É importante esclarecer que a decisão ainda não foi publicada, portanto o Sepe ainda não foi intimado. O setor jurídico já está se preparando para recorrer dessa decisão.

Mas essa notícia não fez baixar os ânimos dos educadores, ao contrário, aumentou ainda mais a sua indignação. Em assembleia, votaram pela continuidade da greve. E depois saíram em passeata de cabeça erguida. Ao longo do seu trajeto, receberam o apoio da população, que mais uma vez aplaudia o exemplo de luta justa em que esses trabalhadores estão empenhados.

É claro que sabemos o que o prefeito quer. Primeiro, nos enrolar, a partir de ações judiciais que gerarão recursos e novas ações. Segundo, que o Sisep represente os servidores municipais. Nada como ter ao lado
um sindicato que aceita um acordo de 0% de reajuste para sua categoria, não é mesmo? Mas quem decide quem os representa não é o prefeito, mas os trabalhadores. Por isso, a categoria vai continuar dizendo, nas ruas, nas desfiliações, nas assinaturas em moções e abaixo-assinados: O Sisep não nos representa!

A nossa luta continua! E agora com os companheiros da saúde juntos conosco!
QUEREMOS PROPOSTAS CONCRETAS, E NÃO ENROLAÇÃO!

Calendário de luta:
Terça-feira: Durante o dia, cerca de 30 educadores irão ao Rio de Janeiro para pressionar os deputados a intervirem junto ao prefeito para que ele apresente propostas concretas. Participarão também do ato dos profissionais de educação do Estado.
17 horas: Concentração na Praça da Águia para ato unificado. Com a presença da Comdep!
18 horas: Reunião com os representantes de escola para prepararmos uma grande assembleia na quarta-feira.
Quarta-feira: 10 h: Assembleia dos profissionais de educação na praça atrás do C.E. Pedro II
17 horas: Grande Ato Unificado para marcar a ingresso da saúde na greve.

Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro – Núcleo Petrópolis
Rua do Imperador, 866 – sala 202 – Centro – Petrópolis – RJ – CEP 25620-003
Telefone: (24) 2231-4575 – e-mail: sepepetropolis@gmail.com