MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

sábado, 22 de maio de 2010

Convocação aos Servidores Petropolitanos!


Nossa luta está muito bonita!


Há muito tempo (dizem, há 14 anos), que nossa classe não se mobilizava com tanto empenho!

O (des)governo municipal está aterrorizado e por isso tenta nos enfraquecer com o terrorismo da boataria.  Não acredite naquilo que os covardes divulgam.  Acredite na força da participação cidadã.
Nossa união é nossa força!  

Nesta segunda-feira (24/05), às 15 horas, todos devemos nos reunir em frente a Câmara de Vereadores.  Neste dia, faremos uma mega-passeata - com panelaço, pelo centro da cidade.  Tragam seus amigos, seus companheiros de trabalho, seus vizinhos.  Vamos marchar pela cidade a procura do prefeito (a letra minúscila é proposital).

Depois de 8 dias de greve (que se completaram ontem, 21/05), percebemos que não há mais nada para negociar com os secretários.  A partir de agora, só devemos aceitar audiência, diretamente, com o prefeito "escondidinho".  Chega de intermediários que não resolvem nada!

Se o governo pensa que vamos desistir, está muito enganado!  Essa "enrolação" só nos faz perceber o quanto o prefeito é covarde.  Enquanto ele se esconde, nós estamos mostrando a cara todo dia, nas ruas.  E, mais uma vez,
vamos encher as ruas do centro histórico com nossa garra, com nossa determinação e com nossa vontade de conquistar a dignidade do servidor público municipal.

Tribuna de Petrópolis 21/05/2010

Le Partisans

Calendário I
Peraí! Deixa ver se entendi direito: os professores, em greve, aguardavam na quinta-feira uma contraproposta da prefeitura ao pedido de 20% de reajuste. Eis que cinco – isso, mesmo, cinco – secretários municipais (de Fazenda, Hélio Volgari; de Administração, Leônidas Sampaio, e de segurança, Hélio Moura, além dos presidentes da Comdep, Anderson Juliano, e do Inpas, Claudinei Portugal) se reuniram por quatro horas com o comando de greve. E, no fim, apresentaram um calendário? Se ainda fosse um daqueles calendários de oficina mecânica...

Calendário II

Ah, fala sério, né? Podiam ter mandado um boy levar esse calendário. E o calendário é supimpa: dia 25 de maio – data para discussão sobre melhorias das condições de trabalho; dia 27 de maio – discussão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários; dia 1º de junho – incorporação dos abonos; 3 de junho – proposta de reajuste salarial; e dia 8 de junho – fechamento das propostas.

Calendário III

Dia 08 de junho? Fechamento das propostas? A três dias do início da Copa do Mundo? Sei...

Calendário IV

Talvez pudessem usar como calendário a Folhinha do Sagrado, né? Afinal, depois dessa, só botando Jesus na causa.

Calendário V
Partisans mataram a charada sobre estas negociações longas. A prefeitura não usa o calendário gregoriano e sim o mustraniano. Pelo mustraniano, 2010 deve terminar lá por meados de 2014.

Substituto
Lá nos bastidores do Palácio Sérgio Fadel, sede da prefeitura, a gente ouve pelos corredores falar no nome do ex-secretário de Educação do governo Leandro Sampaio, Otávio Leal, para assumir a pasta no lugar de Sandra la Cava.

Agora, o caldo vai entornar de vez...

Servidores da saúde em greve a partir de quarta




MARIANNY MESQUITA
Redação Tribuna


Cerca de 400 servidores da Secretaria Municipal de Saúde, ainda em estado de greve, votaram em assembleia pela paralisação da categoria a partir da próxima quarta-feira. A decisão foi tomada durante reunião no Sindicato dos Metalúrgicos, ontem. Cerca de 1,2 mil funcionários vão interromper as atividades. Trabalhadores do Serviço Social Autônomo do Hospital Alcides Carneiro (Sehac) anunciaram que não vão aderir ao movimento.
Os profissionais da Educação também aprovaram ontem, em ato na Praça da Inconfidência, a permanência da paralisação por tempo indeterminado. Os funcionários das secretarias de Obras, Trabalho, Assistência Social e Cidadania, Habitação, da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis e da Guarda Municipal continuam em estado de greve, o que significa que todos mantêm as atividades normalmente, mas podem decidir entrar em greve a partir da próxima reunião. Na segunda-feira, os servidores da Comdep realizam assembleia às 17h, na Praça da Inconfidência, e depois saem em passeata pelo Centro Histórico, independente do resultado da votação.
Segundo a Constituição Federal, para que a greve dos funcionários da saúde seja considerada legítima judicialmente é preciso cumprir determinações legais. São elas: aprovar em assembleia a greve, avisar o patrão (neste caso a Prefeitura) com 72 horas de antecedência da paralisação e, como a saúde é um serviço essencial para a população, manter o setor de urgência e emergência com pelo menos 30% dos empregados trabalhando. Por isso, só haverá greve a partir de quarta-feira, após a decisão da maioria dos servidores ser comunicada oficialmente na Prefeitura. “A primeira coisa que os servidores precisavam era eleger um representante, neste caso o comando unificado. Agora tudo será protocolado para agirmos dentro da lei. Apesar de sermos de uma instituição que defende o direito dos funcionários privados da saúde, apoiamos a causa dos servidores públicos e colocamos à sua disposição nosso departamento jurídico”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde, Osmar Ferreira.
Para o servidor Walter, que trabalha há 13 anos na Secretaria de Saúde, a decisão pela greve era necessária para mostrar a seriedade do movimento. “O prefeito não quer discutir as nossas reivindicações. As nossas condições de trabalho e salário são vergonhosos, por isso temos quer votar pela greve”, falou.

Sisep anuncia que Oswaldo está viajando. Até que enfim, uma fala honesta!

Comando Unificado substitui Sisep como representante dos grevistas



Funcionários municipais reconheceram ontem o Comando Unificado dos Servidores como representante oficial do grupo no lugar do Sindicato dos Servidores Públicos de Petrópolis (Sisep). Em reunião realizada ontem, eles também aprovaram aprovaram a pauta de reivindicações do funcionalismo público em geral, proposta pelo comando. De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio de Janeiro, Mônica Maia, representante dos servidores da Saúde no comando unificado, a proposta apresentada pela comissão de secretariado do governo municipal, na última quinta-feira, não foi satisfatória, por isso a indicação de paralisação para a categoria. “Precisamos que as nossas principais reivindicações sejam ouvidas pelo governo. São elas: reajuste salarial de 20%, incorporação dos abonos, Plano de Cargos, Carreira e Salários e melhoria nas condições de trabalho. Além de garantias de que não haverá punição para quem aderiu à greve”, disse.
Monica ressaltou ainda que o presidente do Sisep não se manifestou sobre o movimento. “Nunca fomos ouvidos e nem representados por aquele que deveria brigar pelos nossos direitos, por isso aprovamos este comando para nos representar no lugar do Sisep, porque se tivéssemos deixado por conta do Sisep o governo nos enrolaria com este calendário, como fez no ano passado”, completou. Procurado pela reportagem, o presidente do Sisep, Oswaldo Magalhães, não foi encontrado. Funcionários informaram que ele estará no Rio de Janeiro até a próxima quarta-feira.

Leandro Sampaio apoiou Paulo Mustrangi durante eleição, agora diz que não é com ele...

Para deputado, falta de diálogo provocou greve



A demora em encontrar uma solução para a greve dos professores em Petrópolis está preocupando o deputado federal Leandro Sampaio (PPS). Na sua avaliação, faltou diálogo entre professores e governo municipal, por isso a situação chegou no ponto em que está, com os profissionais da Educação em greve e os demais servidores municipais em estado de greve. O deputado disse que está à disposição para ajudar na busca de solução, lembrando que no seu governo foram realizados grandes investimentos na área de Educação, como a contratação de 500 profissionais de apoio. “Tenho sido procurado por professoras e merendeiras amigas que falam do problema, e acompanhado tudo pela imprensa, pois estou em Brasília”. Sobre os profissionais de Educação, o deputado disse que são comprometidos com a educação no município e acredita que tomaram esta atitude – greve – por falta de diálogo. Leandro Sampaio acredita que o governo e os grevistas vão achar uma solução, e torce para que seja rápido, para que os alunos não sejam penalizados.
O deputado falou também sobre a coligação DEM, PSDB, PV e PPS, que neste domingo vai lançar oficialmente a candidatura do deputado federal Fernando Gabeira ao governo do estado. Leandro Sampaio afirma que os quatro partidos têm lideranças importantes, e ressaltou que Gabeira terá dois palanques presidenciáveis: Marina Silva, pelo PV, e José Serra, pelo PSDB.

ACEITAMOS TAMBÉM NEGOCIAR UM CALENDÁRIO...



Não somos intransigentes. Aceitamos também negociar um calendário, mas um calendário de percentuais de aumento salarial e de incorporação de abonos.
O poder público poderia nos oferecer escalonadamente TODAS as nossas reivindicações, pois assim entenderíamos que está havendo respeito e boa vontade com os servidores públicos petropolitanos.
Os servidores e a população entendem as dificuldades financeiras da prefeitura, mas também sabem que isto não é um privilégio de nosso município. A grande maioria dos municípios passam por dificuldades financeiras sempre, mas nem por isso todos desrespeitam seu funcionalismo. Ou será que o prefeito pretende não deixar nenhuma dívida para o seu sucessor às custas do estrangulamento salarial de seus servidores até 2012?
É preciso que o prefeito eleja prioridades e ofereça salários dignos como o então presidente da república Lula, que é do seu partido, vem fazendo ao longo do seu mandato com os salários dos servidores federais, ou seja, dando-lhes dignidade e respeito no exercício das atividades públicas.
Portanto, senhor prefeito, siga os passos de seu presidente, que deveria estar tendo seu governo como um dos principais cabos eleitorais em nossa cidade para as eleições de outubro.  E se ele souber o que está acontecendo tenho certeza que será uma grande decepção. E se ainda não sabe, com certeza saberá com o panelaço da próxima 2ª feira – dia 24/05 que será realizado por todos os servidores petropolitanos insatisfeitos e desrespeitados com tanto deboche e intransigência do poder público municipal.  

...Verás que o filho teu , não foge à luta!

          
Estamos em greve há nove dias. Dias cansativos, estressantes, frustrantes. Desde o início do movimento, já passamos por diversas fases. A primeira: empolgação, dúvida, "receio". A segunda: certeza, revolta,indignação, ansiedade. A terceira (a que estamos agora) : a ficha caiu. Cansaço e a certeza de que o governo está "jogando" conosco. Querem nos vencer pelo cansaço e, consequentemente, ganhar tempo. Acredito ser o momento mais difícil. Mais do que nunca precisamos de força , obstinação e inteligência. Temos que ser tenazes, pois nesse momento a queda de braço deixa de ser "física" e passa a ser estratégica. Eles estão nos extenuando mas, também, estão pagando um preço alto. Estão expostos negativamente à população petropolitana e na mídia, em nível nacional. Talvez, seja a hora de insistirmos na apresentação dos números que comprovam a falta de dinheiro que tanto falam. Devemos começar a próxima semana com garra e bastante conscientes de que nós somos muito, muito mais fortes do que eles. Boa semana para todos nós.

Teses jurídicas

1º Ministério Publico deve ser informado dos atos da Secretária de
Educação que está mandando capatazes às U.E. para recolhimento do ponto e
verificação de abertura (manhã, tarde e noite) das U. E.. Este ato da
Secretária atenta contra a legalidade da greve, pois há previsão legal
do direito a greve (Lei 7783/89). Ademais, constitui flagrante
imoralidade coagir moralmente os funcionários. Diante destas condutas a
Secretaria também deve responder por Improbidade Administrativa com
conduta prevista na lei 8429/92 art. 11-Lei de Improbidade
Administrativa.

2º É preciso que o SEPE entre no TJ com Mandado de Injunção Coletivo
(art. 5º, LXX, alínea b da Constituição do Brasil/88) em face do governo
municipal visando a supressão da omissão do poder público municipal em
face da Lei 11494/2007 que regulamentou o FUNDEB, que por sua vez está
previsto constitucionalmente na Emenda Constitucional nº53 de 19 de
dezembro de 2006. O art. 40 Lei 11494/2007 é taxativo:
Art. 40. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão
implantar Planos de Carreira e remuneração dos profissionais da educação
básica, de modo a assegurar:
I - a remuneração condigna dos profissionais na educação básica da rede
pública;
II - integração entre o trabalho individual e a proposta pedagógica da
escola;
III - a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.
Parágrafo único. Os Planos de Carreira deverão contemplar capacitação
profissional especialmente voltada à formação continuada com vistas na
melhoria da qualidade do ensino.
O município está inviabilizando um direito constitucional dos
profissionais de educação (art. 206 , inciso V da Constituição do
Brasil/88).
Fazendo isto, o Judiciário, numa forma de controle externo do poder
público, reconhecerá formalmente a inércia do município e determinará
providências até que haja a regulamentação municipal do Plano de
Carreiras.

3º O prefeito diz que não há verba para conceder aumento, então é preciso
que ele esclareça para onde está indo a verba (art. 31 da Lei
11494/2007) que compõe o Fundo do município de Petrópolis:

Art. 31. Os Fundos serão implantados progressivamente nos primeiros 3
(três) anos de vigência, conforme o disposto neste artigo.
§ 1o A porcentagem de recursos de que trata o art. 3o desta Lei será
alcançada conforme a seguinte progressão:
I - para os impostos e transferências constantes do inciso II do caput
do art. 155, do inciso IV do caput do art. 158, das alíneas a e b do
inciso I e do inciso II do caput do art. 159 da Constituição Federal,
bem como para a receita a que se refere o § 1o do art. 3o desta Lei:
a) 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis centésimos por cento),
no 1o (primeiro) ano;
b) 18,33% (dezoito inteiros e trinta e três centésimos por cento), no 2o
(segundo) ano; e
c) 20% (vinte por cento), a partir do 3o (terceiro) ano, inclusive;
II - para os impostos e transferências constantes dos incisos I e III do
caput do art. 155, inciso II do caput do art. 157, incisos II e III do
caput do art. 158 da Constituição Federal:
a) 6,66% (seis inteiros e sessenta e seis centésimos por cento), no 1o
(primeiro) ano;
b) 13,33% (treze inteiros e trinta e três centésimos por cento), no 2o
(segundo) ano; e
c) 20% (vinte por cento), a partir do 3o (terceiro) ano, inclusive.

Para se ter uma idéia inicial, o governo municipal recebe com base neste
art. porcentagem DE 20%, ATUALMENTE dos seguintes impostos (ARRECADADOS
EM PETRÓPOLIS): ICMS, IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO,  IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÕES, IPVA.

Tem que esclarecer. Veja, 60% do fundo tem que ser para pagar os profissionais
da Educação (art. 22 da Lei 11494/2007)

Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais
dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos
profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na
rede pública.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput deste artigo,
considera-se:
I - remuneração: o total de pagamentos devidos aos profissionais do
magistério da educação, em decorrência do efetivo exercício em cargo,
emprego ou função, integrantes da estrutura, quadro ou tabela de
servidores do Estado, Distrito Federal ou Município, conforme o caso,
inclusive os encargos sociais incidentes;
II - profissionais do magistério da educação: docentes, profissionais
que oferecem suporte pedagógico direto ao exercício da docência: direção
ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação
educacional e coordenação pedagógica;
III - efetivo exercício: atuação efetiva no desempenho das atividades de
magistério previstas no inciso II deste parágrafo associada à sua
regular vinculação contratual, temporária ou estatutária, com o ente
governamental que o remunera, não sendo descaracterizado por eventuais
afastamentos temporários previstos em lei, com ônus para o empregador,
que não impliquem rompimento da relação jurídica existente.

4º Existe implicitamente na Administração Pública o princípio
Continuidade do Serviço Público. Diante destas informações, quem está
atentando contra este princípio? Os profissionais da Educação ou a atual
Administração Pública? Assim, cabe representação do SEPE ao Ministério
Público contra o prefeito por falta de lealdade às instituições
municipais (art. 11 da Lei 8429/92 - Lei de Improbidade Administrativa).

5º Por fim, a população de Petrópolis, frente à crise que se instalou no
município, deve pensar na necessidade de Intervenção Estadual (não pode
ser federal porque esta só cabe no Estado todo- como estava se querendo no
DF com o problema do governador no início deste ano). Agora com a adesão
da Saúde, é mais um motivo para os residentes em Petrópolis exercerem
sua cidadania com base no art. 35, III da Constituição do Brasil/88.