O movimento unificado dos servidores públicos petropolitanos recuou da greve e, alguns, acham que isso é uma derrota. Mas, enganam-se. A revogação temporária da greve, no dia 02/6/2010, foi um movimento estratégico dos servidores, para reposicionar as peças no tabuleiro.
A greve é uma peça valiosa demais para sofrer desgaste. Precisa ser preservada; como a Rainha no jogo de xadrez. Uma parcela tendenciosa da imprensa, já tentava minar o pleno apoio que estamos recebendo da população. Além disso, a interrupção da greve atende a um pedido do desembargador Luis Felipe Haddad, que poderá julgar nossa mobilização futuramente.
Com um único movimento, atingimos vários objetivos: preservamos a greve da imprensa manipulável pelo poder econômico da prefeitura; demonstramos a população que somos flexíveis, e não os “radicais” que querem nos fazer parecer; respeitamos a proposta do desembargador, demonstrando boa fé; ao retornar as escolas, conseguimos dialogar mais de perto com a comunidade e fortalecemos nosso apoio popular.
O movimento cresceu em maturidade e conteúdo. Não somos apenas os inconformados em greve. Nos tornamos mais conscientes da disputa política que envolve uma tomada de decisão administrativa. E, estamos dispostos a participar desses embates, defendendo nossa opinião e exigindo respeito por ela.
O governo municipal foi posto em xeque pelo movimento dos servidores. Todos os argumentos ridículos que a prefeitura criava para não negociar, foram, um a um, sendo derrubados pelos servidores e seu legítimo sindicato – o SEPE.
Neste instante, os servidores hastearam a bandeira branca. O prefeito tem a chance única de negociar com a categoria trabalhando, como queria no início. Mas, se ele errar na proposta, que deverá apresentar amanhã (9/6), os servidores irão retomar a greve. E o prefeito só poderá reclamar da própria incompetência.
Cabe a nós, servidores que lutam por condições dignas de vida e trabalho, mantermos-nos alertas e comparecermos em massa na assembléia de manhã (9/6).
Até lá!
Até lá!