MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

domingo, 23 de maio de 2010

RESPOSTA 2 : BASTA DE ENROLATION !!


Para quem ainda acredita que os grevistas é que estão radicalizando, leia a reportagem abaixo do chefe de gabinete do prefeito.
Infelizmente para o poder público municipal -- "contra fatos não há argumentos". A opinião pública não se convence mais com  pronunciamentos oficiais que não condizem com a verdade.
Portanto, distorcer os fatos não impressiona mais. Tanto os servidores como nossa população estão bastante esclarecidos sobre o movimento de greve dos servidores municipais petropolitanos, que reivindica direitos básicos e inalienáveis de todo e qualquer trabalhador - reajustes salariais anuais e direito de greve!! 
E isso o senhor prefeito, que se elegeu pelo PT , apesar de não termos certeza se ainda continua filiado diante de sua postura antidemocrática e desrespeitosa com os trabalhadores, já deveria saber de cor. 
Não acreditamos que o senhor chefe de gabinete tenha convicção ao afirmar que a desfaçatez da apresentação aos servidores de um famigerado calendário de discussão após quase dois anos sem reajuste salarial  possa parecer algo legítimo, honesto e que demonstre respeito aos trabalhadores.
Talvez este senhor e toda a equipe de secretários que compõem  a equipe de negociação do governo, recebendo bons cargos comissionados, não saibam  realmente o que é ganhar um parco salário ao final de cada mês. Até porque a maioria do secretariado não deve ser de servidor público municipal e não deve ter passado por um concurso público que os habilitasse para tal. Com certeza isso faz a diferença, demonstrando total insensibilidade com  a causa dos servidores.
Afirmar que estão abertos ao diálogo beira ao deboche e ao desrespeito, conforme relatado também por membros do Comando Unificado  que participaram das pseudo reuniões de negociação em que membros do poder público municipal emitem risos debochados, irônicos e ainda não permitindo  a conclusão dos posicionamentos dos representantes dos servidores, interrompendo, falando ao mesmo tempo, demonstrando práticas autoritárias e estratégias de desarticulação das propostas. Pensam estes senhores que estão acima do bem e do mal, mas se esquecem que o voto popular como vem vai embora. Além do que ao final do mandato todos voltam a ser seres comuns como a quaisquer outros. E quatro anos passam muito rápido, é bom que não esqueçam.

Governo diz que grevistas radicalizaram

A acusação de que o desencadeamento e manutenção da greve dos professores, que paralisa as escolas municipais desde o dia 13 de maio, tenham sido provocados por uma suposta recusa do governo municipal de negociar com a categoria, foi rejeitada pelo chefe de Gabinete do Prefeito, Sérgio Abenza. Segundo ele, no próprio dia 13 de maio, uma comissão do comando de greve foi recebida por ele, no Palácio Koeler. Uma segunda reunião foi realizada no dia seguinte, quando os servidores recusaram, segundo Abenza, iniciar o trabalho em torno do novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Magistério (PCCS), dentro da Secretaria de Educação, a partir do dia 17, assim como outra reunião, no dia 20, quando seriam tratadas a incorporação dos abonos e a fixação de um índice de reajuste salarial.
Segundo Abenza, no dia 19 de maio, o comando de greve voltou a solicitar uma reunião com o governo. Durante quase duas horas, a comissão de servidores – desta vez mista e não apenas com representantes da educação – apresentou ao governo uma pauta de reivindicações única para os servidores da Prefeitura, com quatro pontos: incorporação dos abonos, reajuste salarial de 20%; Plano de Cargos, Carreiras e Salários do servidor municipal; e melhorias nas condições de trabalho. Neste encontro, foi agendada uma nova reunião entre o governo e o comando de greve para o dia 20 de maio.
Segundo Carlos Abenza, ao final da reunião, o governo apresentou um calendário de negociações ao comando da greve para a discussão da pauta de reivindicações e apresentação de propostas concretas para cada um de seus itens.
O calendário foi rejeitado por assembleia da categoria, o que, segundo Abenza, representou a radicalização da greve. “Enquanto não se tem um diálogo sobre as questões, estamos fazendo nosso trabalho, estudando as planilhas, discutindo ações com as secretarias de Administração, Fazenda, Educação, entre outras, para cumprir o que já estava estabelecido no acordo assinado com o Sisep. Vamos finalizar a minuta do PCCS do Magistério para que ele possa ser discutido pela categoria, para o enviarmos à Câmara.Além disso, a questão da incorporação dos abonos já estava sendo analisada pela Secretaria de Administração. A Procuradoria Geral, por sua vez, desde o início do ano está trabalhando em um projeto de lei para impedir que servidores ganhem menos que um salário mínimo, o que acontece toda vez que o mínimo nacional é reajustado. Estamos fazendo nossa parte. Estamos abertos ao diálogo, prontos para negociações. Mas também gostaríamos que o comando de greve estivesse com esta disposição”, declarou Carlos Abenza.

RESPOSTA 1: DESFILIAÇÃO JÁ!!!!


Aqueles que porventura ainda acreditavam que o SISEP poderia nos representar!!! Leia a reportagem da Tribuna abaixo.   SOCORRO!!!   DESFILIAÇÃO JÁ!!!
Respondendo às suas vergonhosas palavras. Inicialmente, quem está errado é ele, que não tem competência alguma para liderar um sindicato, pois é um dos principais responsáveis pela maneira indigna e desrespeitosa que o funcionalismo municipal vem sendo tratado pelo poder público municipal há anos. Errados foram os servidores que ainda lhes deram crédito para mais um mandato indecente de 8 anos!!! Mas  dá para consertar. Desfiliação já!!
Sua garantia de que os servidores em greve correm graves riscos é bizarra. Este senhor fala ainda em ilegalidade da greve! Onde ele estava mesmo? Na cidade do Rio de Janeiro ou no Japão?!?!?!
Avisem a ele que este capítulo já passou há muito tempo. Seus assessores precisam ficar mais espertos para não deixarem seu presidente passar mais esta vergonha, demonstrando mais uma vez sua total incapacidade de liderança e sua peleguice descarada. Nem com  o tempo que ficaram hibernando conseguiram produzir informações minimamente plausíveis. Tristes figuras!!!
Os servidores petropolitanos não merecem isso. Dizer que lutar por seus direitos significa cometer falhas ?! Em que país este senhor está???? Servidores que legitimamente optaram por trabalhar no serviço público, que fizeram concursos públicos para se habilitarem a atividades essenciais ao bem estar da nossa população, deveriam ter representantes a sua altura, não acham?
Continuando: até quando este senhor ficaria cobrando do poder público municipal alguma  resposta do suposto acordo de aumento salarial que disse ter feito com o prefeito? Até dezembro de 2012?? O que será que o faz ser tão paciente?? Será que os servidores do sindicato tiveram reajuste salarial e nós, pobres mortais, não??
Avisem que o sindicato não precisa se preocupar e nem tentar receber louros, como sempre faz ao final de alguma negociação com a prefeitura municipal, sobre as faltas dos grevistas que seriam abonadas  e o não desconto dos salários, pois isto o próprio prefeito já falou. Não pensem que acreditaremos que isto foi conseguido por este sindicato. Isto já é armação para depois pensarmos que foi devido à "árdua" luta desse sindicato pelego e ineficiente e não pela luta de todos os servidores em greve.
Está na hora de acordar, pessoal, e não acreditar mais em contos da carochinha. Portanto, só nos resta a desfiliação em massa, servidores! Amanhã é segunda-feira e dia de muita ação, além dos atos já marcados não nos esqueçamos de comparecer ao SISEP para nos desfiliarmos.

                                                                                   Algumas servidoras indignadas

Sisep acha que greve começou de forma errada



CARLA MAGNO
Redação Tribuna


O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sisep), Osvaldo Magalhães, depois de ficar em silêncio durante quase todo o decorrer da greve dos servidores da educação, disse ontem que a manifestação começou de forma errada, principalmente por ser guiada por interesses políticos. Garante que tanto os educadores quanto os profissionais da saúde, que estão com uma greve marcada para a próxima quarta-feira (26), correm grande risco de terminar com uma situação financeira ainda pior que a atual.
Osvaldo Magalhães diz ter certeza que o Tribunal de Justiça irá considerar a greve ilegal. Segundo o Sisep, o correto seria debater, negociar e só depois entrar em greve. E garante que o grupo que comanda o movimento está mentindo para os servidores e induzindo-os ao erro. “Eles estão esticando o leque de atuação partidária para todas as categorias e agora quem está correndo o risco é a área de saúde. No caso deles a ilegalidade pode levar não só ao desconto dos dias trabalhados, como também, na pior das hipóteses, considerar que o servidor está cometendo crime de omissão de socorro.”, explicou. Disse ainda que o silêncio foi mantido com a intenção de que, nesse tempo, os próprios servidores pudessem perceber as falhas cometidas. Agora seria então o momento para o sindicato se manifestar e alertar para o perigo.
Embora ainda existam alegações de que o Sisep não estaria defendendo os direitos do funcionalismo, Osvaldo Magalhães afirma que desde outubro do ano passado, quando foi assinado um acordo coletivo com o município, o Sisep cobra do atual governo o cumprimento do que ficou estabelecido. Osvaldo declarou que pretende negociar com o governo as decisões tomadas em relação à mobilização para que os servidores não sejam penalizados ainda mais. Segundo ele, o município poderia cortar o ponto dos grevistas, suspender-lhes o pagamento ou descontar os dias parados, bem como impor-lhes qualquer retaliação pelo mesmo motivo”, diz o documento referente à greve realizada pelo Sepe naquele ano.