MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Prefeito propõe reajuste de 5% aos servidores

Mesmo após seis horas de reunião com representantes de sindicatos de servidores municipais, o governo municipal não conseguiu apresentar uma proposta que atenda as necessidades dos servidores. O grupo, que chegou a paralisar as atividades por 21 dias, retomou a rotina de trabalho na semana passada, depois de audiência de conciliação no Tribunal de Justiça do Rio, mas continua em estado de greve.
A primeira reunião após a suspensão da greve teve início às 13h30 e foi encerrada pouco depois de 19h30, com uma proposta que não agradou aos servidores. Após duas interrupções para avaliação, o secretário de Fazenda, Helio Volgari, sugeriu 5% de reajuste sobre o salário atual dos servidores e incorporação de um abono, de R$ 100, aos salários. No caso de agentes comunitários de saúde, que não recebem abonos, a proposta é de incorporação da gratificação por produtividade, no valor de R$ 150. “Essa proposta será apresentada agora aos servidores, que irão avaliar se aceitam ou não. Na sexta-feira, às 10h, teremos uma nova reunião na prefeitura para continuar as negociações”, explicou o advogado do Sindicato dos Professores do Estado do Rio de Janeiro, José Eduardo Figueiredo.
Em uma assembléia que reuniu cerca de mil servidores em frente à Câmara de Vereadores, a proposta do governo foi apresentada aos servidores, que, por unanimidade, demonstraram insatisfação. “Não é uma proposta que agrade a categoria. Temos outros elemento que precisam ser trabalhados. As negociações estão apenas no início. Partimos de reajuste zero e conseguimos chegar a 5% mais incorporação do abono. Acredito que temos espaço para avançar mais. Amanhã vamos fazer uma nova assembléia para definir uma contraproposta, que será apresentada ao governo na reunião de sexta-feira”, disse o diretor do Sepe-RJ, Jorge Gomes.

Negociações começaram com proposta de reajuste de 4%
O prefeito Paulo Mustrangi abriu a reunião, mas participou apenas do início das discussões. Na mesa de negociações se reuniram o secretário de Fazenda, Helio Volgari; o procurador do município, Henry Grazinolli; o secretário de Administração, Leônidas Samapaio; o presidente da Comdep, Anderson Juliano; e representantes do Inpas. Defendendo os interesses dos servidores, além de integrantes do Movimento Unificado, estavam representantes do Sepe, do Sindsprev, da Associação de Agentes Comunitários de Saúde, do Sindicato dos Enfermeiros e da Comdep.
De acordo com integrantes do Movimento Unificado, a reunião foi realizada em três etapas. “O prefeito abriu a reunião, disse que a proposta de reajuste de 3%, que havia sido enviada à Câmara, foi retirada e pediu que o movimento apresentasse as suas propostas. Todos os representantes apresentaram suas reivindicações e eles pediram um intervalo para apresentar uma contraproposta”, contou o advogado.
Depois de meia-hora, a reunião foi retomada e, sem a presença do prefeito, o secretário de Fazenda apresentou proposta de 4% de reajuste para todos os servidores, incorporação, em julho, de um abono (R$ 100) para servidores com vencimento de até R$ 1 mil e incorporação em três vezes do abono para aqueles com salário acima de R$ 1 mil. “A primeira proposta era de que servidores que ganham mais de R$ 1 mil tivessem o abono incorporado somente a partir do ano que vem: 50% em janeiro; 25% em julho e 25% em dezembro. Essa proposta não foi aceita pelo movimento, pois está muito aquém do que a categoria reivindica”, explica José Eduardo Figueiredo.
Já no início da noite, por volta de 18h, a reunião foi interrompida mais uma vez para que os representantes do município estudassem uma outra contraproposta. Depois de 1h40 de espera, o governo sugeriu reajuste de 5% e incorporação imediata de abono (a partir de julho) para todos os servidores.
Desde o início da reunião, servidores permaneceram em vigília em frente à sede da Prefeitura. À noite, já cansados e enfrentando o frio, cerca de 200 servidores se mantinham firmes e manifestavam sua insatisfação com palavras de ordem, canções e apitaço. Ao fim da reunião, o grupo de servidores ainda teve disposição de caminhar até a Câmara para participar da assembléia, que se estendeu até depois das 21h.


Grevistas farão nova assembleia hoje para discutir pontos da negociação

Hoje as aulas da rede pública e as atividades dos postos, centros e ambulatórios municipais de Saúde continuam normais. Cerca de mil servidores da Educação e Saúde votaram em assembleia, às 21h de ontem, pela permanência do estado de greve e suspensão temporária da paralisação até a próxima reunião com o governo, que acontecerá amanhã, às 10h, no Palácio Koeler. Hoje haverá nova assembleia unificada, às 18h, na Praça Visconde de Mauá, em frente à Câmara dos Vereadores. O objetivo é a discussão de uma contraproposta em repúdio aos 5% de reajuste e a incorporação de um abono, apresentados ontem pelo prefeito Paulo Mustrangi.
O Movimento Unificado dos Servidores Municipais, que participou da negociação com o governo, defendeu manter o estado de greve durante a assembleia. A representante da Saúde no movimento e presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio de Janeiro, Mônica Maia, defendeu a continuação do estado de greve. “Vamos continuar com a suspensão da paralisação, mas avisamos ao prefeito durante a negociação que, se no encontro da próxima sexta-feira não for apresentada uma proposta melhor, pode ser que a categoria volte para a greve, e isso significa que não haverá funcionários para trabalhar na campanha de vacinação contra a poliomielite, no sábado. Temos um grande trunfo nas mãos”, afirmou.
De acordo com diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), Jorge Cézar Gomes, a proposta apresentada pelo prefeito não agradou a categoria, mas o funcionalismo sabe que o processo de negociação será difícil e a retomada da paralisação poderia ser entendida como intransigência pelo prefeito e a população. “Não esperávamos que depois de 21 dias de luta o governo chegasse com uma proposta que se aproximasse do que pedimos em nossa pauta de reivindicações. Estamos no início das negociações e sabemos que há espaço no orçamento para avançar com uma proposta mais justa. Mas não podemos mostrar intransigência ao pedido de trégua feito pelo desembargador na semana passada. Queremos mostrar à sociedade que nossa intenção é trabalhar com salário decente”, explicou Jorge Cézar.
O discurso do diretor do Sepe, entretanto, foi interrompido pelos gritos de “greve” iniciados por servidores que ganham abaixo de um salário mínimo. Este é o caso do auxiliar de serviços externos Márcio José Teixeira, que em 2002, quando o mínimo era de R$ 200, recebia R$ 272. Hoje seu vencimento está defasado em R$ 92. “Quando prestei o concurso recebia R$ 72 acima do salário mínimo. Agora, em 2010, recebo R$ 92 abaixo. Ou seja, nesses oito anos, o salário foi reajustado em R$ 310 e meu aumento em apenas R$ 146”, disse.

Tribuna de Petrópolis 10/6/2010

FALA SÉRIO, SR. PREFEITO !!!!

Pois é meus amigos, parece até piada. Pelo visto este governo continua a nos tratar como ignorantes desinformados e o que é pior, sem o mínimo respeito e consideração.
Publica nota de sua ridícula proposta no site da prefeitura como se estivesse fazendo grande coisa em oferecer 5% de reajuste salarial e incorporação de um mísero abono.
Vamos analisar juntos:
"Com a proposta, o servidor que ganhava o menor salário na Prefeitura (R$ 418,00), passará a ganhar R$ 438,90 (nossa!!!! Que coisa heim!), mais a incorporação de R$ 100, que resultará no vencimento de R$ 538,90.( Ahhh sim esqueci que tinha a imcorporação do abono tb. Piada né gente!!! Dá pra imaginar depois de tanta luta os servidores que ficam nestas condições satisfeitos??) Vale ressaltar que a proposta de equiparar os salários dos servidores ao mínimo nacional R$ 510, 00, feita anteriormente pelo governo, não foi aceita pelos servidores presentes à reunião." (E deveria ter sido??? Ridículo!!!)
Já no caso dos professores P1, que hoje recebem R$ 780,00, mais três abonos de R$ 100,00, os salários passam para R$ 819,10, mais a incorporação de um abono, resultando em R$ 919,10, com a continuidade do pagamento dos outros dois abonos. No final, o vencimento do professor P1 passará para R$ 1.019,10.
No caso do professor P2, que ganha hoje R$ 1.035,48, com o reajuste de 5% e a incorporação de um abono, o salário passará para R$ 1.187,25, com mais o pagamento de dois abonos de R$ 100, resultando no vencimento de R$ 1.387,25. (Grande coisa! E continuamos em muitos casos ganhando menos do que nós mesmas no caso de duas matriculas,  desempenhando a mesma função. E onde está aqui a proposta de implementação do PCCS??? Alguém viu???)
Vale ressaltar também que os 5% incidem sobre as RTIs, regências, triênios e demais benefícios do magistério (Deveria ser diferente disto??). Além disso, as diretoras de escola recebem entre 30% e 180% sobre seus salários, como forma de gratificação, de acordo com o tamanho da escola que dirige. (Acaso a resposabilidade do exercício da direção de uma escola não deveria ser gratificada de acordo com a complexidade da escola da qual se é responsavel pela direção?? Parece que esqueceram de mencionar que quando nomeada diretora, a professora deixa sua sala de aula. Logo, não recebe mais regência de classe. No caso de direção adjunta, passa a receber gratificação de 30%, ou seja, o equivalente a regência de classe de Ed.Infantil, 1º ano e EJA. Como podemos ver, dependendo da turma na qual atuava seu salário não muda, permanece o mesmo. Ahh sim...claro, se atuasse de 2º ao 9º sua regência de classe seria 20%. Logo, passando a diretora adjunta seu salário passaria a ter um ganho efetivo de 10%. Puxa....representa muito no final do mês heim..... No caso de direção geral, realmente, as gratificações chegam até 180%, detalhe para 40 horas de dedicação à direção da escola. Claro que varia de acordo com o comprometimento da diretora.)
Segundo o prefeito Paulo Mustrangi, a proposta apresentada aos servidores é o máximo que a Prefeitura conseguiu oferecer, dentro de suas limitações orçamentárias.(Ele acha realmente que somos desinformados gente!!! Basta consultar as planilhas do próprio governo e verificar que a coisa não é bem assim...)
“Teremos que fazer um esforço enorme para manter a folha de pagamento em dia e dar continuidade aos serviços que temos que prestar a toda população. Além disso, teremos que fazer várias economias dentro da Prefeitura para arcar com este compromisso com os servidores. (Coitadinhos, estou até com peninha deles...tão empenhados né???) Estamos oferecendo o que todos os municípios estão oferecendo a seus servidores, nem mais e nem menos.(Quanta mentirinha, hein?..."A política de recuperação das perdas salariais dos funcionários da Prefeitura de Teresópolis teve início em abril, com a concessão de um reajuste salarial de 6%, percentual acima da inflação. No ano passado, o Prefeito Jorge Mario já havia concedido um aumento de 7%, o que representa, no acumulado da atual gestão municipal, um acréscimo de mais de 13% no salário dos servidores municipais." (fonte: http://teresopolis.rj.web.br.com/noticias/indexfull.php?sec_not_id=510) / Os 17.400 servidores municipais de Duque de Caxias vão receber um aumento salarial de 6,17% a partir do pagamento relativo a este mês, que sai nos dias 4, 7 ou 8 de junho, dependendo do final da matrícula. (Detalhe importante, reajuste referente ao período de 2009/2010).
Na área da Educação, os 5.992 professores e os 337 servidores de apoio terão incorporados a seus salários, a partir de setembro, 25% da gratificação que recebem do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).” (fonte: http://extra.globo.com/blogs/servidor/posts/2010/05/25/os-novos-salarios-dos-professores-de-caxias-94645.asp)
(Isto para não gastar tempo buscando outras fontes.)
  Espero que o funcionalismo reflita sobre esta proposta, que na verdade é um índice bem parecido com o que também está sendo oferecido na iniciativa privada em todo o país”, frisou o prefeito. (Sinto informar Sr. Prefeito, mais um lapso grave. Esqueceu de informar que em 2009 o servidor público em Petrópolis não teve reajuste. E notem, estou falando em reajuste e não em aumento. A diferença, o mínimo que podemos aceitar é a perda da inflação acumulada de julho de 2008 à junho de 2010, e sabe qual o índice?? De acordo com fontes do IBGE/FGV e DIEESE, 9,7089%. Isto mesmo, 9,7089%. Logo, 5% é ridículo. Inaceitável!!)
É pessoal, diante da reflexão acima, não podemos nos calar e tão pouco desanimar. CHEGA de sermos tratados como ignorantes! CHEGA de tanto desrespeito! CHEGA de tanto “EMBROMETION”. CHEGA!!!
Precisamos nos manter firmes na luta e gritar isto em alto e bom tom em nossas manifestações. Não vamos deixar a peteca cair. É agora ou nunca!!!
                                                                              Servidores da Educação Indignados

NOTA DA PREFEITURA NA ÍNTEGRA
 Prefeitura oferece 5% de reajuste salarial, mais a incorporação de um abono de R$ 100
em 10/06/2010 10:32:21 (85 leituras)
Depois de quase cinco horas de negociação com os servidores públicos municipais, a Prefeitura de Petrópolis fez a seguinte proposta para o reajuste salarial da categoria: 5% de reajuste salarial para todo o funcionalismo e mais a incorporação de um abono de R$ 100 a partir de 1º de julho. A proposta representa uma injeção de R$ 1,4 milhões por mês na economia do município ou R$ 16,8 milhões por ano.

Com a proposta, o servidor que ganhava o menor salário na Prefeitura (R$ 418,00), passará a ganhar R$ 438,90, mais a incorporação de R$ 100, que resultará no vencimento de R$ 538,90. Vale ressaltar que a proposta de equiparar os salários dos servidores ao mínimo nacional R$ 510, 00, feita anteriormente pelo governo, não foi aceita pelos servidores presentes à reunião.

Já no caso dos professores P1, que hoje recebem R$ 780,00, mais três abonos de R$ 100,00, os salários passam para R$ 819,10, mais a incorporação de um abono, resultando em R$ 919,10, com a continuidade do pagamento dos outros dois abonos. No final, o vencimento do professor P1 passará para R$ 1.019,10.

No caso do professor P2, que ganha hoje R$ 1.035,48, com o reajuste de 5% e a incorporação de um abono, o salário passará para R$ 1.187,25, com mais o pagamento de dois abonos de R$ 100, resultando no vencimento de R$ 1.387,25.

Vale ressaltar também que os 5% incidem sobre as RTIs, regências, triênios e demais benefícios do magistério. Além disso, as diretoras de escola recebem entre 30% e 180% sobre seus salários, como forma de gratificação, de acordo com o tamanho da escola que dirige.

Se o mesmo percentual de 5% e a incorporação de um abono for aplicado no salário dos Guardas Municipais, pegando como exemplo o salário de um GM iniciante, hoje em R$ 456,71, o vencimento final deste guarda ficará em R$ R$ 1.015,23 ( R$ 479, 54 + R$ 335,68, correspondente a 70% de gratificação especial de trabalho, mais a incorporação de R$ 100 de um abono, e mais o pagamento de um abono de R$ 100 por atividade operacional).

Segundo o prefeito Paulo Mustrangi, a proposta apresentada aos servidores é o máximo que a Prefeitura conseguiu oferecer, dentro de suas limitações orçamentárias.

“Teremos que fazer um esforço enorme para manter a folha de pagamento em dia e dar continuidade aos serviços que temos que prestar a toda população. Além disso, teremos que fazer várias economias dentro da Prefeitura para arcar com este compromisso com os servidores. Estamos oferecendo o que todos os municípios estão oferecendo a seus servidores, nem mais e nem menos. Espero que o funcionalismo reflita sobre esta proposta, que na verdade é um índice bem parecido com o que também está sendo oferecido na iniciativa privada em todo o país”, frisou o prefeito.  -  Fonte: ascom

"Se o sistema Público não serve para mim, não serve para ninguém." - Florestan Fernandes

Sou de uma corrente de pensamento engrossada pelo saudoso Florestan Fernandes, saudoso professor, pensador, filosofo, político e socialista, o tipo de ser humano com um caráter forjado no mais alto grau de pensamento coletivo, porque a sociedade só tem sentido quando dirigimos nossos esforços para vivermos em paz, mas para vivermos em paz precisamos diminuir as desigualdades e aproximar os abismos que afastam ricos e pobres.

Florestan sempre praticou o que pregava, foi um exemplo quando adoeceu, ele fez questão de ser tratado no pelo sistema público de saúde, pois ele como Deputado Constituinte, poderia ter escolhido qualquer hospital, mas não o fez, porque o seu carater e suas convicções se resume a seguinte declaração desse homem: " Se o sistema Público não serve para mim, não serve para ninguém."

O servidor tem que se orgulhar do seu trabalho e desempenha-lo como uma oportunidade de servir ao próximo e a si mesmo, o servidor tem que descobrir que pode e deve ajudar no controle social do estado, como agente ficalizador das politcas públicas, pois ao mesmo tempo que prestamos serviços, também somos usuários.

O servidor precisa se aprofundar mais nas questões de orçamento, formas de diminuir o custeio da máquina pública, melhoria da qualidade do serviço com um menor custo e consequentemente consiguir melhores salários, pois os aumentos dos servidores depende de planejamento e muito olho vivo nos gastos do governo, pois disto depende nosso pão.

Número é chato, mas pior é sermos ludibriados por não sabermos interpretar ou não termos estrutura para decifrar os relatórios de gestão e orçamento.