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Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

sábado, 22 de maio de 2010

Agora, o caldo vai entornar de vez...

Servidores da saúde em greve a partir de quarta




MARIANNY MESQUITA
Redação Tribuna


Cerca de 400 servidores da Secretaria Municipal de Saúde, ainda em estado de greve, votaram em assembleia pela paralisação da categoria a partir da próxima quarta-feira. A decisão foi tomada durante reunião no Sindicato dos Metalúrgicos, ontem. Cerca de 1,2 mil funcionários vão interromper as atividades. Trabalhadores do Serviço Social Autônomo do Hospital Alcides Carneiro (Sehac) anunciaram que não vão aderir ao movimento.
Os profissionais da Educação também aprovaram ontem, em ato na Praça da Inconfidência, a permanência da paralisação por tempo indeterminado. Os funcionários das secretarias de Obras, Trabalho, Assistência Social e Cidadania, Habitação, da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis e da Guarda Municipal continuam em estado de greve, o que significa que todos mantêm as atividades normalmente, mas podem decidir entrar em greve a partir da próxima reunião. Na segunda-feira, os servidores da Comdep realizam assembleia às 17h, na Praça da Inconfidência, e depois saem em passeata pelo Centro Histórico, independente do resultado da votação.
Segundo a Constituição Federal, para que a greve dos funcionários da saúde seja considerada legítima judicialmente é preciso cumprir determinações legais. São elas: aprovar em assembleia a greve, avisar o patrão (neste caso a Prefeitura) com 72 horas de antecedência da paralisação e, como a saúde é um serviço essencial para a população, manter o setor de urgência e emergência com pelo menos 30% dos empregados trabalhando. Por isso, só haverá greve a partir de quarta-feira, após a decisão da maioria dos servidores ser comunicada oficialmente na Prefeitura. “A primeira coisa que os servidores precisavam era eleger um representante, neste caso o comando unificado. Agora tudo será protocolado para agirmos dentro da lei. Apesar de sermos de uma instituição que defende o direito dos funcionários privados da saúde, apoiamos a causa dos servidores públicos e colocamos à sua disposição nosso departamento jurídico”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde, Osmar Ferreira.
Para o servidor Walter, que trabalha há 13 anos na Secretaria de Saúde, a decisão pela greve era necessária para mostrar a seriedade do movimento. “O prefeito não quer discutir as nossas reivindicações. As nossas condições de trabalho e salário são vergonhosos, por isso temos quer votar pela greve”, falou.

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