MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sem receber qualquer proposta, os professores decidem manter greve



Centenas de profissionais da Educação aguardaram, sob chuva, na praça da Câmara, o resultado da reunião entre secretários e líderes do movimento sindical. / ROQUE NAVARRO


MARIANNY MESQUITA
Redação Tribuna de Petrópolis 21/05/2010


A comissão de secretariado do governo municipal não apresentou contraproposta às reivindicações apresentadas pelo Comando Unificado dos Servidores Municipais, durante as três horas de reunião fechada no Palácio Sérgio Fadel, sede da prefeitura. Os profissionais da Educação mantêm a paralisação e as secretarias de Saúde, Obras, Trabalho, Assistência Social e Cidadania, Habitação, Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis e Guarda Municipal continuam em estado de greve. Hoje, os servidores da Saúde farão assembleia para votar pelo início ou não da paralisação, às 18h no Sindicato dos Metalúrgicos, na Rua Floriano Peixoto, no Centro.
                Com o frio e chuva de ontem, a manifestação na Praça Visconde de Mauá, em frente à Câmara Municipal, contou com cerca de 500 servidores. O grupo, que aguardava a contraproposta do governo, ficou desapontado ao receber apenas um calendário de pautas dos assuntos que serão discutidos nas próximas semanas. “A reunião não foi satisfatória porque esperávamos poder negociar e, sem contraproposta, não foi possível. Os secretários ficaram falando da dívida de mais de R$ 200 milhões deixada pelo governo passado e alegaram que, por isso, não tinham condições de atender aos nossos pedidos. No ano passado, enrolaram durante todo o ano e não houve reajuste salarial na data base. Agora, fixaram um calendário de reuniões. Querem fazer o mesmo! O governo não acredita em nosso movimento, por isso temos que mostrar ainda mais força”, afirmou o diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/RJ), Jorge Cézar Gomes.


           Em estado de greve desde a última quarta-feira, uma comissão de servidores municipais da saúde fará visitas nos hospitais e postos de saúde da cidade para mobilizar os demais funcionários da área. “Os profissionais não aguentam mais trabalhar com o teto caindo em suas cabeças. Esperamos melhorias nas condições de trabalho há mais de um ano. Hoje, percebemos que o governo não quer negociar. Por isso temos que votar pela paralisação das atividades na assembleia de amanhã”, disse a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio de Janeiro, Mônica Maia.
            De acordo com a diretor do Sepe, as reivindicações por reajuste salarial de 20%, incorporação dos abonos, Plano de Cargos, Carreira e Salários e melhoria nas condições de trabalho são as pautas para o início das negociações. Além disso, o grupo quer garantias de que não haverá punição para quem aderiu à greve. “Estes pedidos são de todo o funcionalismo, e não apenas dos profissionais da Educação. Nos próximos dias, cada categoria vai fazer a sua assembleia e apresentar pontos mais específicos a serem negociados com o governo.
             Queríamos que o governo fizesse sua contraproposta para podermos, então, dar início a uma negociação. Não queremos marcar novas reuniões. Não é o que esperamos”, completou o diretor do Sepe.

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