MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Escolas, creches e postos de saúde em greve




O prefeito Paulo Mustrangi cancelou uma entrevista coletiva que estava marcada para a manhã de hoje, no Palácio Sérgio Fadel. Como informou a assessoria de imprensa da prefeitura, o prefeito foi chamado para um encontro no Rio. A exemplo do anúncio feito pelo governo no dia 28 de maio, quando o prefeito anunciou o reajuste de 3% para o funcionalismo municipal, uma nova proposta deverá ser divulgada. Está marcada para as 16h, também na sede da prefeitura, a terceira reunião para negociação com o Movimento Unificado dos Servidores Municipais.
Hoje, cerca de 4,5 mil servidores municipais da Educação e Saúde fazem uma paralisação de 24h. Mais de 48 mil alunos terão as aulas interrompidas nas 182 escolas e 32 Centros de Educação Infantil. Os 47 postos, centros e ambulatórios municipais de saúde também não funcionarão. Às 15h, os grevistas se concentrarão na Praça da Inconfidência e em seguida saem em passeata pelas ruas do Centro Histórico até a sede da prefeitura, onde farão vigília aguardando o resultado da reunião. A assembleia para decidir se a a suspensão da greve será mantida acontecerá apenas na quinta-feira, às 18h, no Clube Petropolitano, na Avenida Roberto Silveira.
A representante da Educação no comando unificado, Patrícia Araújo, demonstrou preocupação e disse não acreditar que esta será a última reunião para negociação. As reivindicações apresentadas pelos servidores são 15% de reajuste salarial, a partir do piso de R$ 510, incorporação de dois abonos e Planos de Cargos, Carreiras e Salários, unificados para os profissionais da educação. “Estamos apreensivos porque esperamos que o governo faça uma contraproposta justa e resolva a questão com os servidores. Vamos fazer passeata e vigília para pressionar um posicionamento do prefeito que agrade a categoria. Não sabemos o que vai acontecer, mas acredito que nada será totalmente resolvido hoje e que seja marcada uma nova reunião na próxima sexta-feira, como o prefeito fez na semana passada”, afrmou Patrícia.
No último dia 1º, o desembargador Luiz Felipe Haddad propôs a suspensão temporária por 20 dias da greve dos servidores municipais e do processo judicial entre a prefeitura e Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/RJ), na audiência especial de conciliação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Os servidores aceitaram o pedido do jurista e entraram em estado de greve, mas o prazo para a negociação acabará no próximo dia 27. “A expectativa para o encontro de hoje é a melhor possível porque o tempo que o desembargador determinou para a negociação entre o prefeito e a categoria está terminando. Esperamos que o governo reponha a perda dos servidores durante esses anos sem reajuste salarial. Sabemos que a prefeitura tem verba para conceder um aumento decente, mas se isso não acontecer estamos organizados sindicalmente e poderemos votar pela greve”, contou o membro da Saúde no comando, Ester Mendonça.
A secretária de Saúde ressaltou, através da assessoria de imprensa, que acredita que haverá entendimento entre a categoria e o governo municipal, sem a necessidade de uma paralisação por parte do funcionalismo. 

MARIANNY MESQUITA
Tribuna de Petrópolis de Petrópolis 16/06/2010

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