MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

domingo, 6 de junho de 2010

Depoimento de professora sobre o SISEP

   Boa tarde, meu nome é Taís Colombo, sou professora do município há completar 14 anos, e durante todos esses anos não me senti, nem por um momento, representada pelo SISEP, tanto que nunca fui filiada. 
     Na penúltima eleição do SISEP, em 2002, se não me engano, o Sr. Osvaldo visitou nossa Unidade escolar pela primeira vez, em anos, com o único intuito de pedir votos, foi quando alguns dos profissionais, inclusive eu, nos recusamos a ouvi-lo, afirmando que um representante de sindicato não pode procurar os servidores somente em época de campanha. Dito e feito, após sua reeleição, nunca mais se fez presente na Unidade Escolar.
     Ano passado, 2009, ao não recebermos reajuste salarial na database, organizamos uma comissão composta por 16 profissionais de educação, buscando auxílio para solucionar nossos problemas, nossa primeira medida foi procurar o Sr. Osvaldo, que nos recebeu demonstrando bastante contrariedade e agitação, disse não estar disposto a negociar com a Prefeitura em nosso nome, utilizou vocábulos de baixo calão para se referir à secretária de Educação do município Sra. Sandra La Cava, e culminou seu discurso dizendo, quando questionado quanto à legalidade do dissídio garantido em lei, que a justiça não tem qualquer poder e que pegássemos nossas constituições, rasgássemos e jogássemos no lixo. Nosso movimento não foi adiante, falamos com alguns vereadores, nos juntamos a outros professores que também estavam manifestando e tudo terminou em uma passeata, 15 de outubro, dia dos professores, sem qualquer apoio do sindicato.
     Se bem me informo, de acordo com o estatuto do SISEP, artigo 2,que trata dos objetivos do mesmo, item d, Lê-se: “d) estudar os problemas dos Servidores e Trabalhadores nas Entidades Paraestatais Municipais, pugnando por medidas acauteladoras dos seus direitos, necessidades e reivindicações, proporcionando-lhes ampla assistência jurídica e administrativa;” Então, me pergunto, quando o Sr. Osvaldo estudou os problemas dos servidores, se por atitude individualizada, sem conhecimento da categoria aprovou dissídio de 0% para os mesmos?
     O Sindicato, hoje, novamente, representado pelo Sr. Osvaldo, continuou sendo procurado por diversas vezes, por vários grupos de professores, merendeiras e agentes de apoio e em momento algum ofereceu segurança ou apoio aos servidores, sempre confiou que o oferecimento de um cartão de crédito iria garantir apoio incondicional.
     Chegamos a esta greve, este movimento pacífico e legítimo baseado em reivindicações justas, pautadas em situações cotidianas reais, que impossibilitam nossa justa colocação social, profissional e familiar dignamente e o que observamos? Um sindicato que se manteve omisso, distante e ao se manifestar após dias, afirmou estar aguardando que observássemos nossas falhas, ou seja, nos julgando incapaz de tomar decisões acertadas, por estarmos sendo enganados por manobras políticas, assim como publicado no jornal tribuna de Petrópolis, em 23/05 de 2010.
     Em nova manobra, o Sr. Osvaldo vem a publico dizer como vinculado em diversos meios de comunicação da cidade, nesta semana, que só está interessado no bem estar do servidor e protocolou um pedido para que nosso ponto não seja cortado, sendo que esta decisão não cabe a ele, envolvendo inclusive decisões legais, pois, O Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento de Agravo Regimental em Suspensão de Segurança nº. 2.061/DF, em despacho do Exmo Sr. Ministro MARCO AURÉLIO DE MELLO, publicado no DJ em 08/11/01 abraçou esse entendimento:  “Além de grave violação ao direito, descontar dos trabalhadores os dias em que estiveram lutando por melhores condições de trabalho e remuneração é profunda injustiça que merece o repúdio do Poder Judiciário, em todas as instâncias.”, tentando sair como colaborador de uma causa que nunca foi sua, e por justiça, esperamos que não seja nunca, enquanto o sindicato for dirigido pelo mesmo corpo que o compõe agora, pois precisamos de pessoas sérias nos representando, pois somos pessoas sérias e, estamos cansados da política governamental e sindicalista em Petrópolis que mal finge estar exercendo seu papel dignamente em relação ao funcionalismo da cidade.
Petrópolis, 29 de maio de 2010
Taís de Souza Colombo

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