MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

terça-feira, 18 de maio de 2010

Todos envolvidos em manifestação são, necessariamente, políticos.



         Qualquer cidadão que se envolva em discussões políticas, é político!
         Todo cidadão tem garantido na constituição o direito a livre manifestação da opinião. Ao fazer isso, torna-se um agente político.  Pois, a política não é um ato praticado pelos detentores do poder.  Todo cidadão é político, ainda que não seja profissional da política.
         Toda manifestação de opinião e julgamento; toda escolha ou ação é um ato político.  Escolher entrar em greve á um ato político.  Escolher não entrar em greve, também é um ato político.  Qualquer uma dessas escolhas,  deve ser o resultante de reflexões profundas sobre a realidade.  A natureza dessa reflexão, depende da visão de mundo que cada cidadão possui.
         Mas, não existe escolha neutra: ou se é a favor das reivindicações e se adere à greve; ou, avaliando que a greve é injusta, não participa-se dela.  Ambos os posicionamentos devem ser respeitados, quando se quer ser democrático.
         O governo municipal insiste em afirmar que o movimento grevista é organizado por políticos da oposição.  Pois bem, então: somos a oposição!  Estamos nos opondo ao salário que ganhamos.  Estamos nos opondo às péssimas condições de trabalho.  Somos opostos a postura intransigente e desrespeitosa do prefeito tratar o servidor.
         Nossa greve é um movimento de oposição; não, da “oposição”.
         Recebemos apoio oficial de vários outros sindicados da cidade, como Sindicato dos Médicos, Sindsprev, Sindicato dos Gráficos e até o presidente do Sindicato dos Bancários - "companheiro" do prefeito.  Estão todos a favor da nossa luta!
         Ontem, na audiência pública na Câmara de Vereadores, a ausência do prefeito Paulo Mustrangi e da secretária Sandra La Cava, inflamou o plenário e os vereadores, por unanimidade, decidiram:
         - Se colocar favor da luta, considerada justa por eles;
         - Se comprometer a votar o Plano de Cargos e Salários de forma democrática, ouvindo os profissionais de educação;
         - Aprovar o pedido de uma CPI da merenda;
         - Exigir do prefeito que negocie com a categoria.
         Será que Bernardo Rossi, Wagner Silva, Roberto Naval e todos os outros vereadores estão sendo manipulados pela oposição?
         Será que o prefeito acha que até a Justiça do Trabalho está sendo manipulada?  Cuidado, quem afirmar isso pode ser processado pela Juíza Christianne Maria Ferrari Diniz, que negou o pedido de ilegalidade da nossa greve.  Portanto, a nossa greve é legal e o prefeito não poderá cortar nosso ponto.
Fazer greve é LEGAL, pra caramba!

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