Qualquer cidadão que se envolva em discussões políticas, é político!
Todo cidadão tem garantido na constituição o direito a livre manifestação da opinião. Ao fazer isso, torna-se um agente político. Pois, a política não é um ato praticado pelos detentores do poder. Todo cidadão é político, ainda que não seja profissional da política.
Toda manifestação de opinião e julgamento; toda escolha ou ação é um ato político. Escolher entrar em greve á um ato político. Escolher não entrar em greve, também é um ato político. Qualquer uma dessas escolhas, deve ser o resultante de reflexões profundas sobre a realidade. A natureza dessa reflexão, depende da visão de mundo que cada cidadão possui.
Mas, não existe escolha neutra: ou se é a favor das reivindicações e se adere à greve; ou, avaliando que a greve é injusta, não participa-se dela. Ambos os posicionamentos devem ser respeitados, quando se quer ser democrático.
O governo municipal insiste em afirmar que o movimento grevista é organizado por políticos da oposição. Pois bem, então: somos a oposição! Estamos nos opondo ao salário que ganhamos. Estamos nos opondo às péssimas condições de trabalho. Somos opostos a postura intransigente e desrespeitosa do prefeito tratar o servidor.
Nossa greve é um movimento de oposição; não, da “oposição”.
Recebemos apoio oficial de vários outros sindicados da cidade, como Sindicato dos Médicos, Sindsprev, Sindicato dos Gráficos e até o presidente do Sindicato dos Bancários - "companheiro" do prefeito. Estão todos a favor da nossa luta!
Ontem, na audiência pública na Câmara de Vereadores, a ausência do prefeito Paulo Mustrangi e da secretária Sandra La Cava, inflamou o plenário e os vereadores, por unanimidade, decidiram:
- Se colocar favor da luta, considerada justa por eles;
- Se comprometer a votar o Plano de Cargos e Salários de forma democrática, ouvindo os profissionais de educação;
- Aprovar o pedido de uma CPI da merenda;
- Exigir do prefeito que negocie com a categoria.
Será que Bernardo Rossi, Wagner Silva, Roberto Naval e todos os outros vereadores estão sendo manipulados pela oposição?
Será que o prefeito acha que até a Justiça do Trabalho está sendo manipulada? Cuidado, quem afirmar isso pode ser processado pela Juíza Christianne Maria Ferrari Diniz, que negou o pedido de ilegalidade da nossa greve. Portanto, a nossa greve é legal e o prefeito não poderá cortar nosso ponto.
Fazer greve é LEGAL, pra caramba!
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