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Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Servidores municipais em estado de greve




Em assembleia realizada em frente à Câmara Municipal, servidores de cinco secretarias anunciaram apoio ao movimento iniciado pelos professores. / ROQUE NAVARRO


MARIANNY MESQUITA
Redação Tribuna


Mais de dois mil servidores se manifestaram em assembleia geral, às 18h de ontem, na Praça Visconde de Mauá, em frente à Câmara Municipal, formando o Movimento Unificado dos Trabalhadores Municipais. Os profissionais do município, de cinco secretarias presentes, abriram votação em que a maioria decidiu pelo estado de greve de todo o funcionalismo público. A paralisação dos profissionais da educação foi mantida sem previsão de término.
Com a reivindicação por reajuste salarial, plano de cargos e carreiras e incorporação ao abono, representantes das secretarias de Educação, Saúde, Habitação, Obras, de Trabalho, Assistência Social e Cidadania e Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis unificaram a luta do funcionalismo municipal. “Os problemas são os mesmos, são todos os servidores como uma força só. Queremos que o prefeito melhore as condições de trabalho e nos respeite, com um serviço público de qualidade”, falou a coordenadora geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/RJ), Vera Nepomuceno.
Durante a assembleia, alguns vereadores discursaram, entre eles Wagner Silva, líder do governo na Câmara. “Parabenizo a todos os servidores pelo ato. Tenho que dizer que a secretária de Educação, Sandra La Cava, é sem educação por nunca ter comparecido a um dia de negociação. Hoje, os vereadores Bernardo Rossi, Roberto Naval e eu estivemos no gabinete do prefeito Paulo Mustrangi e cobramos uma posição”, discursou Wagner.
A confirmação da legalidade da greve, deferida na última segunda-feira pela juíza Christianne Ferrari, fez com que novas escolas paralisassem o funcionamento. “Agora já conseguimos 95% de adesão das escolas à greve. Estamos indo às instituições que permaneceram abertas e mostrando toda a legalidade do nosso ato, por isso mantemos a postura de só dar fim à greve quando o prefeito negociar. Sem isso, estamos parados, sem previsão de normalização”, disse a professora grevista Gelza dos Santos.Hoje será feita uma reunião entre os representantes de cada secretaria, às 10h, na sede do Sepe, no Centro, para fazer uma pauta unificada de reivindicações. Às 14h, os servidores públicos municipais farão uma assembleia na Praça Dom Pedro e depois seguem em passeata para a Prefeitura Municipal. 

Tribuna de Petropólis 19 / 05 / 2010

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