MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Imprensa repete texto do império - Tribuna de Petrópolis 19 / 05 / 2010

 
Prefeito critica isolamento da secretária de Educação
O prefeito Paulo Mustrangi fez na manhã de ontem o que havia anunciado aos professores: iniciar o diálogo sobre as reivindicações da categoria com os profissionais que voltassem ao trabalho. O prefeito visitou algumas das escolas e creches em funcionamento, conversou com diretoras, professores, merendeiras, assistentes de creches, falou sobre os projetos do governo na área e ouviu sobre as dificuldades encontradas pelos profissionais. Paulo Mustrangi afirmou que a falta de diálogo entre a categoria e a Secretaria de Educação foi a principal causa da falta de informação dos servidores, principalmente em relação à minuta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do Magistério, que está praticamente pronta e deverá começar a ser discutida, a partir de julho. “Esta é uma questão importante para os servidores, rsolve grande parte das reivindicações da categoria. Contratamos um instituto para elaboração da minuta, que está quase pronta. Mas, pelo que constatei com praticamente todas as professoras com quem conversei hoje, essa informação não foi repassada ao magistério. Falha da secretaria, das diretoras, que são cargos comissionados e deveriam fazer esta ponte com os servidores, e do pessoal responsável pelo fluxo das informações no setor de educação”, explicou o prefeito.
Outro assunto abordado pelo prefeito foi o problema dos servidores de toda a Prefeitura que recebem menos de um salário mínimo. “Este assunto já estava sendo analisado pela Procuradoria Geral, antes da intervenção nas empresas de ônibus. A idéia é enviar à Câmara Municipal um projeto de lei acabando com essa distorção que sempre acaba acontecendo quando o governo federal determina um novo mínimo nacional”, explicou Mustrangi.
Depois de visitar várias escolas, um grupo de profissionais da Educação ficou de levar para a assembléia da categoria a proposta de se tirar uma nova comissão de servidores da Educação para o restabelecimento do diálogo com o governo. “Nós queremos é resolver nosso problema, não queremos ficar em greve. Se a Prefeitura está aberta ao diálogo, não podemos radicalizar. Queremos uma reunião com o prefeito, a secretária de Educação e a comissão de servidores”, disse a professora Maria Inês.
O prefeito Paulo Mustrangi explicou ao servidores que, apesar da juíza da 4ª Vara ter declarado que o exercício do direito à greve é assegurado constitucionalmente, a Secretaria de Educação tem o direito de cortar o ponto dos grevistas. Mustrangi, no entanto, não se furtou de discutir a possibilidade de revisão destes cortes, caso seja estabelecido um diálogo com os funcionários da Educação.
“A questão do corte do ponto pode e deve entrar na pauta de negociação. Não vejo problema em relação a isso. Também terá que ser discutida a reposição das aulas, por exemplo. Estamos abertos ao diálogo, mas apenas com os servidores interessados no debate, na necessidade de melhorias para os setor e também na própria Secretaria de Educação. Não converso com os radicais que se negaram a abrir esta negociação no encontro realizado na última sexta-feira no Frei Memória”, frisou o prefeito.



Sindicatos pedem que Mustrangi negocie

Representantes de 13 sindicatos do município, entre eles dos bancários, metalúrgicos, alimentação, saúde, construção civil e gráficos, entregaram ontem ofício ao prefeito Paulo Mustrangi solicitando uma negociação com os servidores da Educação. Durante mais de uma hora de reunião com o prefeito, o secretário de Governo, Wilson Franca, o secretário de Fazenda, Hélio Volgari, e o presidente da Comdep, Anderson Juliano, os sindicalistas discutiram questões como o uso político da manifestação dos servidores; a intervenção do Sepe sem qualquer posicionamento do Sisep; os problemas que estão sendo enfrentados pela população, principalmente pelos pais de alunos; e a falta de informações por parte dos servidores em relação às ações e realizações da Prefeitura. Durante a reunião, o prefeito explicou aos sindicalistas que nas duas reuniões realizadas com a comissão da Educação, na última semana, o governo se mostrou aberto ao diálogo e chegou a sugerir que a comissão discutisse o PCCS da categoria e formas de incorporação do abono na própria Secretaria de Educação, já a partir da segunda-feira (dia 17), desde que os profissionais retornassem ao trabalho.
“ Se a Prefeitura estava abrindo o diálogo com a categoria, por que continuar com greve, prejudicando os profissionais, os alunos e estudantes? O Sepe disse que não havia garantias para o sindicato de que a pauta começaria a ser discutida e que a categoria conquistaria ganhos. Isso é um absurdo. Se não negociar, dialogar, como conquistar algo? Fui sindicalista e sei que um sindicato só alcança seu objetivo quando consegue dialogar e promover avanços na pauta de negociação. Isso é radicalismo e prejudica os servidores”, declarou o prefeito. Mustrangi também explicou aos sindicalistas as providências que estão sendo tomadas pela Prefeitura em relação a todos os servidores; apresentou a pauta de negociação assinada com o Sisep, no ano passado, com datas para a discussão do PCCS da categoria; a concessão de cestas básicas; entre outros.

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