MANIFESTO DA EDUCAÇÃO:


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Paulo Freire

sábado, 29 de maio de 2010

Paralisação até quarta

MARIANNY MESQUITA
Redação Tribuna


Em mais um dia de assembleia, cerca de 800 profissionais da Educação votaram pela permanência da greve da categoria, às 14h de ontem, na Praça Dom Pedro. A paralisação continua na rede municipal de ensino até o próxima encontro dos servidores, na próxima quarta-feira, às 14h, no Clube Monte Líbano, no Centro. Em resposta aos 3% de reajuste salarial, apresentado pelo prefeito Paulo Mustrangi durante a coletiva de imprensa, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe/RJ), representante do movimento eleito pelos servidores, ainda não foi notificado oficialmente, mas informou que continuará pressionando o governo para que toda a pauta de reivindicações seja negociada.
“Até o momento, o prefeito disse que não tinha dinheiro nenhum para negociar qualquer aumento. A partir de agora, pelo menos, já fala em números. Vamos continuar pressionando para que uma nova proposta, com reajuste maior e atenção a outros pedidos dos servidores, seja aprovada”, disse o coordenadora do Sepe, Patrícia Mafra.
O zelador José Luiz Vieira, tem um salário de R$ 418, e com o reajuste proposto pelo governo passará a receber R$ 510. “Após duas semanas em greve, o movimento dos profissionais da Educação não enfraquece e deve terminar apenas quando a pauta apresentada pelo governo for compatível com as necessidades de melhorias do funcionário público municipal. Preciso de um reajuste que melhore realmente a minha qualidade de vida”, contou. Durante a assembleia, o vereador Dudu revelou que seguiu a secretária de Educação, Sandra La Cava, após sair de ambulância da secretaria, na última quarta-feira. “La Cava não foi para o Hospital Santa Teresa como falou a prefeitura. Gostaria ainda de pedir o apoio e a presença na Câmara para que a gente consiga abrir a CPI da saúde”, discursou Dudu.
Na próxima terça-feira, os servidores se concentram às 10h na Praça Visconde de Mauá, em frente à Câmara dos Vereadores, onde vão embarcar para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Às 13h30, haverá a audiência especial de conciliação convocada pelo desembargador Luiz Felipe Haddad, com os representantes da Procuradoria do Município, do Sepe e do Sindicato dos Servidores Públicos de Petrópolis (Sisep). “Temos 85% de adesão das escolas à greve. Na terça-feira, o objetivo é parar completamente, chegar aos 100%, para mostrar a força do movimento para o desembargador. A ida ao tribunal é algo inédito na história de luta dos servidores de Petrópolis e precisamos unir forças e fazer muito barulho para garantir a legalidade do nosso ato”, falou a coordenadora geral do Sepe, Vera Nepomuceno.

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